Imagine Jin

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Cada estrela é um sonho que foi realizado. 

Quando você tem entorno de sete anos de idade, é normal você querer ser uma princesa, veterinária, talvez uma cozinheira, ou até quem sabe, o próprio Batman. Com a pequena S/n não era diferente, mas, tinha um problema. Mesmo quando a menina completasse vinte anos, ela iria continuar tendo essa vontade de ser princesa, essa mentalidade de que o mundo é apenas uma brincadeira. 

S/n é portadora de uma rara condição psicológica, que faz com que ela aja e seja uma criança por toda a sua vida. 

Seokjin tinha cinco anos quando a amiga da sua mãe deu à luz a uma bela menininha. O pequeno ficou totalmente encantado quando viu o bebê pela primeira vez, ela era tão miudinha, a boquinha vermelhinha e pequena, as mãozinhas então, eram adoráveis. O menino insistiu tanto para a mulher deixar ele pegar a nenê que ela não teve escolha, a não ser ceder o desejo do menino. 

Quando Jin, como sua omma o chamava se sentou na cadeira de amamentação e segurou o pequeno ser em seus braços, jurou bem baixinho que iria cuidar dela, como se fosse a sua própria irmãzinha. 

Cinco anos haviam se passado, o Kim agora já estava com dez anos, e a sua pequena irmãzinha, como ele a chamava, já estava com cinco aninhos. Mesmo os dois sendo apenas inocentes crianças, Jin pediu para sua querida mãe deixar ele ir até o parquinho com S/n em uma noite. 

A mulher estava com medo de deixar os dois saírem sozinhos, mas vendo o biquinho totalmente amável do filho, concordou e disse que eles tinham uma hora para ficarem no parque. O pequeno logo se empolgou e foi correndo na casa da vizinha chamar a sua bebê, que abriu a porta do quarto vestido um pijama inteiramente rosa claro. Essa era a cor favorita dele, e depois que viu a menor usando, se tornou a sua cor da sorte. 

A mãe da menina não estava diferente, não queria deixar os dois saírem. Porém, depois que conversou com a mãe do menino, deixou que os dois ficassem um pouco sozinhos no parquinho que ficava apenas duas quadras dali. 

Seokjin andou as duas quadras inteiras com a sua mão segurando a da menor, que cantarolava uma música que tinha ouvido junto com a sua mãe. 

Como estava em pleno verão, a noite estava com uma brisa fresca, que se misturava com o calor que subia do asfalto, que fora aquecido o dia inteiro pelo sol. Os dois se deitaram na grama que ficava ao lado das balanças e começaram a encarar o céu. 

Naquela noite, não se podia ver se quer uma nuvem cinza do céu. A imensidão azul marinho tinha pequenos brilhos, que mais pareciam pingos de tinta branco que haviam caído no papel. A lua cheia deixava tudo ainda mais bonito, com aquele brilho único, que conseguiria facilmente iluminar toda a cidade. 

A menina não soltou a mão do maior, ao contrário, cruzou seus dedos com os dele, e com a mão que estava livre começou a contar algumas estrelas. 

As bochechas de Jin se encontravam mais rosas que o pijama da menina, ele sentia um carinho tão grande pela menina, será que era o seu primeiro amor ? "Não, isso é coisa de gente adulta", pensava o pequeno. 

Eles já tinham contado quinze estrelinhas seis vezes, mas, tinham se perdido na conta, e demoraria muito para contar tudo de novo, então os dois apenas deram uma gargalhada e ficaram mais perto. 

— Jin oppa, você vai fica comigo, pra' sempre ? — a pequena perguntou. 

— Para sempre — assegurou o maior e beijo a testa da menina. 

Já estava na hora dos dois voltarem para casa, então se levantaram e soltaram as mãozinhas apenas para limpar a roupa, depois já voltaram a segurar a mão um do outro e andaram até as suas casas. 

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