Capítulo 08

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Gênero: Fanfic

Esperamos anoitecer para fazer as compras, é bem melhor. Fui de carro com s/n para o supermercado.
"Chegamos...", estaciono o carro e s/n sorri, ela ficou a viagem inteira quietinha no banco de trás. Pego a cadeira de rodas dela no porta malas e a coloco sobre a mesma - adoro pegar s/n no colo, e adoro o jeito como ela se apoia no meu pescoço.
Entramos no supermercado e começamos com as compras - eu pego só besteiras, mas s/n compra alguns alimentos que o médico receitou para ela. Depois das compras, coloco ela no carro, mas me lembro de que esqueci de comprar o cereal.
"Fica aí, eu vou comprar o cereal e já volto.", falo com ela pela janela do carro.
"Tá bom, não demora tá..." S/n fica sozinha no carro com a porta aberta, está distraída e nem percebe um cara se aproximando, ele a vê sozinha no carro e vai para perto.
"O que uma Lindinha como você faz sozinha aqui?", diz entrando aos poucos no automóvel.
"Quem é você? Sai daqui!!!", grita desesperada, mas não consegue sair do lugar e acaba caindo deitada no banco de trás do carro, o cara babaca vai pra cima da s/n, da minha s/n!
"Me solta...", diz chorando muito e fazendo todo o esforço que pode para se livrar das mãos do idiota. Ele a puxa para fora do carro, eu vejo e vou correndo para salvá-la.
"O que você quer seu babaca!?", empurro ele e seguro o corpo de s/n, sustentando ela nos braços para não cair. Ela chora muito, a minha princesa está assustada com o que está acontecendo, seu corpo está fraquinho com a perca dos movimentos das pernas, que ela mal consegue mover.
"Você é maluco?", grito. "Como tem coragem de fazer uma coisas dessas com uma garota, seu filho da p***!? Olha para o estado dela!", empurro o cara.
"Ela estava sozinha no carro e eu achei que..."
"Achou o quê? Que ela fosse uma dessas garotas que não tem vergonha na cara?", fico muito bravo.
"Se você gosta tanto dela não devia ter deixado ela sozinha.", ele provoca.
"Eu deixei ela no carro porque ela estava cansada de andar na droga da cadeira de rodas!"
"O quê? Ela é paraplégica?", esboça uma reação de espanto. Por que ele achou que ela era como as outras meninas? Por que ele queria fazer uma maldade com o corpo da minha princesa?
"E daí se ela é? Eu vou te denunciar seu merda!"
"Tudo bem Tae, vamos embora agora...", s/n diz, triste.
"Me desculpa, eu não devia ter te deixado sozinha...", me sinto culpado só de imaginar o que aquele idiota poderia ter feito. "Eu prometi te proteger s/n, estou fazendo tudo errado."
"A culpa não é sua Tae, a culpa é minha... se eu não tivesse com as drogas das minhas pernas paralisadas, talvez eu teria conseguido fugir...", diz, ainda chorando.
"Não fala isso, a culpa não chega nem perto de ser sua."
"Vamos embora."

{...}

Chegamos na minha casa, o clima está sério, s/n está quieta.
"Precisa de alguma coisa?", pergunto quase chorando por causa da minha incapacidade.
"Não quero nada.", s/n parece estar se sentindo inútil, e eu mais ainda, deixo ela sozinha no quarto e saio. A imagem daquele babaca agarrando ela não sai da minha cabeça; s/n estava tão assustada, não conseguia se defender, estava muito fraca.
"Que droga!", grito da sala e dou um soco na parede, s/n escuta.
"Tae?", ouço ela me chamar. Vou até o quarto e ela está sentada na cama.
"Estou com sede...", me olha com uma carinha fofa.
"Vou trazer um copo de água pra você."
"Não precisa, eu mesma vou lá, é só você me levar.", diz levantando os braços para eu pegá-la.
"Você não existe.", pego s/n no colo e a levo até a cozinha. E no meio do caminho, paro com ela ainda no meu colo.
"O que foi Tae?" Fico olhando para o rosto de s/n e dou um beijo bem rápido nos seus lábios, ela fica assustada.
"Quê isso Tae? Seu idiota, me solta!", diz brava me dando tapas.
"Que foi s/n? Só te dei um beijinho... pra você esquecer o que aconteceu."
"Eu não pedi um beijinho... se voltar à fazer isso eu te deixo pra sempre."
"Teria coragem de me deixar para sempre?", encosto o rosto no de s/n, que ainda está no meu colo.
"Por que isso agora?"
"Só estou demonstrando que te amo...", respondo sem entender a reação dela.
"Eu não estou te reconhecendo Taehyung, você nunca agiu dessa forma comigo..."
Bom, o clima ficou bem tenso, s/n foi dormir brava comigo. Mas hoje já está tudo bem. Saí para passear com ela. Ficamos andando e agora paramos em um parque para tomar sorvete.
"Eu pensei que seria normal pra mim, que eu me adaptaria fácil a esse estilo de vida... mas não está sendo fácil...", ela diz.
"Tive uma ideia, vou te levar no estúdio."
"O que eu vou fazer lá? Nem consigo dançar mais." Eu não ligo para o que ela diz, levo ela até lá mesmo assim.
Chegamos e eu tiro o pano que estava sobre o piano, colocando s/n perto do instrumento.
"O que foi Tae?", pergunta sem entender o que eu quero.
"Eu te ensinei a tocar não foi? Então toca." Ela me olha e sorri, põe os dedos sobre o piano e começa a tocá-lo lentamente. Eu danço no lugar dela, já que agora ela que está ocupando o meu lugar.
















Kim Taehyung: "As folhas do Diário" [Concluída] Onde histórias criam vida. Descubra agora