Capítulo 25 - Monstro

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Na manhã seguinte acordei com a forte luz que invadia o quarto. Movi-me devagar, pois não queria acordar Liam. Que dormia igual ao um anjo de Michelangelo. O que falar da noite de ontem. Liam me fez sentir especial. Fazia tempo que eu não sabia o que era isso. Eu olhei em direção ao relógio em cima da cabeceira e vi que já iria dar 08h00min horas, e Liam podia acordar a qualquer momento. Numa tentativa de tirar seu braço forte em cima de minha barriga, ele despertou.

– Que foi! Que horas são! - ele levantou alarmado. E reparei na tatuagem de dragão que havia bem na sua cintura.

– Ei, calma. Ainda vai dar 08h00min horas. Descanse mais um pouco. - eu disse risonha. E ele se jogou de volta na cama. Pensei que eu sairia voando dela.

– Você dormiu bem? - Liam agora me observava com o seu braço pousado entre o seu rosto e o travesseiro.

– Dormi sim. Obrigada por ter ficado comigo. - eu disse sorrindo.

– E então, por que estava chorando ontem à noite?

– Eu vi uma coisa que eu não gostei muito de ver e pensei que nunca fosse ver.

– E o que era? - Liam começou a traçar beijos pelo meu braço.

– É melhor deixar pra lá. Isso agora não importa mais. - eu peguei o seu rosto e o beijei.

Agora Liam ia embora. Eu o acompanhava até a porta.

– Hoje de noite eu volto tudo bem pra você? - disse Liam.

– Vou ficar te esperando. - eu sorri para ele e então nos despedimos com um beijo. Assim que Liam foi embora eu fui tomar café. O tempo hoje estava nublado e parecia que iria chover. Percebi que esse mês de agosto demoraria a passar. No momento em que ia sair para o meu quarto. O telefone começou a tocar. Quem poderia ser?

– Alô? - eu disse quando atendi ao telefone.

– Olá, é da polícia. A Srta. Colleen Hilton se encontra? - disse uma voz grave do outro lado da linha.

           

– Olá! É ela que está falando. - eu disse um pouco nervosa. O que a polícia queria. Será que tinha algo a ver com Evan?

– Eu sou o delegado George. Lembra-se de mim? Eu estava com você na sua coletiva de imprensa. - eu pude sentir seu sorriso do outro lado da linha.

– Claro! Me lembro sim! - eu me recordei do homem gordinho que pareceu um pouco decepcionado com a minha coletiva. Até hoje não entendi por que ele ficou daquele jeito.

– Então, estou te ligando pra falar sobre o seu pai.

– Meu pai! O que ele quer? - eu disse com uma grande palpitação sobre meu peito.

– Ele gostaria de ver a Srta. Ele disse que tem algo de importante para te falar.

– A morte da minha mãe. - nesse momento acho que fiquei da cor do leite.

– Srta. Colleen, a senhora está bem?

– Sim. Estou. Eu vou me arrumar aqui e já estou indo pra delegacia. - eu desliguei o celular e fui me arrumar apressadamente. Quando já estava pra sair de casa. Kate apareceu toda animada pela porta.

– A aonde vai assim toda bonita Colleen – Kate parecia bêbada. Como ela conseguiu voltar pra casa.

– Eu vou até a delegacia. Meu pai vai confessar o porquê de ter assassinado minha mãe. - eu falei enquanto pegava as chaves do carro.

– Que legal Colleen! Espero que de tudo certo por lá. - ela tropeçava em suas palavras. Queria ficar aqui e cuidar de Kate, mas precisava saber da confissão de meu pai.

– Kate, por favor, tome um banho gelado e durma, por favor. - eu a encarei sério. Mas ela olhou pra mim e começou a rir. Estava bêbada. Virei os olhos e fui cuidar de Kate.

Fazia tempo que eu não via Kate nesse estado. Ou a noite foi boa demais ou ruim. Depois de muita conversa sem pé e cabeça e depois de um café forte e um comprimido para dor de cabeça. Ela dormiu. Quando olhei pro relógio já era 11h00min horas, resolvi me apressar. Cheguei à delegacia rápido demais. Quando entrei nela, já tinha conseguido avistar o delegado George. Ele também pareceu me avistar e fez seu caminho em minha direção.

– Srta. Colleen é um prazer revê-la novamente. - o delegado me cumprimentou.

– Igualmente senhor. E então meu pai confessou os crimes dele? - eu perguntei com curiosidade.

– Não, ele não confessou nenhum deles. E foi por esse motivo que chamamos a Srta.  Ele disse que só confessaria os crimes diante de sua presença.

– Eu não acredito! Todo mundo sabe que foi ele e agora ele fica fazendo todo esse drama. - eu balancei a cabeça desacreditada.

– Pois é Srta. Colleen. Isso acontece com mais frequência do que você imagina. Agora se importa se começarmos?

– Claro que não, esperei tempo demais por esse dia. - eu disse com um estranho nervoso. Eu na verdade esperava que a polícia me contasse a confissão de meu pai. Pois a última coisa que eu queria ver era ele.

– Antes de prosseguimos gostaria de alertar a senhora. Seu pai sofre de distúrbios de personalidade. Ou seja, ele muda de humor de uma hora pra outra. - alertou o delegado. Mas então caiu a ficha, era por isso que ele agia tão estranho quando ficou comigo no dia do sequestro. Foi por isso que ele me bateu contra a janela do nada. Me pergunto se ele poderia me matar naquela hora que estávamos saindo do City Hall. Claro que ele teria me matado se tivesse mudado de humor.

– Tudo bem, acho que já suspeitava disso. - eu falei.

Trilogia Fatal - Furacão ( Livro 02 - COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora