Sabe quando você deseja fazer algo que queria muito mas logo se arrepende? Bem, nesse momento estou me sentindo assim. Por quê diabos eu não ignorei essa minha barriga irritante e voltei pra dentro do orfanato? Claro que não, eu tinha que ir atrás daquela maldita maçã que estava me chamando. E ainda por cima aquela formiga não me deixava em paz.
Eu mal dei uma mordida, e aquilo me aconteceu. Decidiram atacar o orfanato bem naquele momento, e sortudo como sou, o ataque foi bem em cima de mim. Merda, não podia ser em outro ponto? Tinha que ser justo onde estava?
Escutava vozes, mas acho que não estou mais nos limites do orfanato, onde estou? Estava tudo escuro, não conseguia ver nada. Logo depois de um tempo, retiraram aquilo que não me deixava enxergar, minha visão foi voltando e me acostumei com a luz.
Quando minha visão voltou totalmente e conseguia ver com mais clareira, bem na minha frente estava um gorila, não é brincadeira, tem um gorila de verdade, perto do rosto, perto até demais.
- A princesa acordou.
O gorila falou em um tom debochado.
- Que legal, o gorila fala.
- Mais respeito garoto, por acaso quer voltar a dormir?
- Se isso me ajudar a não ter que sentir mais o seu bafo...
- Seu moleque-
- É sério, vai mais pra lá, essa aproximação me deixa nervoso.
O " gorila respeitoso " logo ficou irritado, e quando foi me retrucar outra pessoa falou.
- Já chega Matthew, me deixe sozinho com meu irmaozinho.
Procurei pela aquela voz e quando achei não acreditei, eu estava olhando diretamente para meu reflexo, não exatamente meu reflexo, mas sim minha outra metade, meu irmão, Barton William.
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Isabella
Eu vi Matthew saindo daquela pequena sala resmungando, Barton tinha acabado de entrar, gostaria de ser uma mosca pra saber o que está acontecendo lá dentro. Mas não queria arriscar e acabar sendo punida por estar espiando atrás da porta.
Barton tinha sido criado pelo meu pai deste bebê, foi o que me falaram, nós somos como irmãos, mesmo eu tendo outros sentimentos por ele, não temos o mesmo sangue, mas sei que é impossível termos alguma coisa, já que, aos olhos dele sou apenas sua pequena irmãzinha, como ele sempre me chama.
Quando ele procurou eu e Matthew falando que precisávamos entrar naquele orfanato achamos que estava louco, ele me parecia meio agitado falando sem parar que seu irmão estava em perigo. Fiquei chocada, não sabia que ele tinha um irmão, fiquei mais ainda quando soube que era seu gêmeo. Então fizemos o que queria. Nos escondemos entre as árvores esperando o momento certo para atacar. Por esse tempo, meu querido irmão disse que seu nome era Dragon, eu ainda não acreditava, mas gostaria de saber, como ele soube que tinha um irmão? Pois o nosso pai disse que o tinha encontrado quando era apenas um recém nascido. Eu percebia, na mesa de jantar, o único momento que ficávamos todos, os olhares entre meu pai e Barton, principalmente quando meu pai não estava olhando, eu via nos olhos de Barton encarando - o com uma grande raiva.
Enquanto esperamos Dragon aparecer, ouvimos risadas e vozes de pessoas conversando, estavam se aproximando, logo percebi Barton ficando tenso e olhando para um ponto, e ouvi Matthew soltando um suspiro surpreso, olhei para um mesmo lugar e quase cai da árvore que nos escondemos, naquele momento Dragon vinha acompanhado de outra pessoa, não conseguia ver direito o rosto deste, mas acho que Barton conhece por que só ouvi - o bufando.
Depois de cinco minutos, o cara foi embora e Dragon ficou sozinho, já estava pronta para atacar mas Barton não falava nada, olhei para seu rosto e fiquei surpresa e encantada ao mesmo tempo, nunca na minha vida de convivência com ele consegui ver um sorriso tão sincero e feliz como aquele. Enquanto observávamos, vimos Dragon subindo em uma árvore para conseguir pegar uma maçã, logo quando ele desceu com um sorriso vitorioso e contente no rosto, começou a se mexer estranho, começou a enfiar as mãos nas costas com os braços tortos. Aquilo era bem esquisito, logo escutei uma risadinha, olhei novamente para o lado e vi Barton com os olhos brilhando e rindo, admirei aquilo, ele nunca agiu daquele jeito comigo, fiquei com ciúmes, mas me senti estúpida por me sentir daquele modo. Sou tão desprezível assim?
- Agora!
Barton sussurrou a ordem com um sorriso, logo jogamos as bombas de ar com sonífero sobre Dragon, por conta do barulho muitas pessoas e crianças lá perto correram e gritaram assustadas, grandes barulhos. Aproveitamos e pegamos Dragon.
No momento atual, enquanto relembrava aquilo, ouvi alguém tossindo, me sobressaltei e procurei pela pessoa, quando olhei para meu outro lado dei de cara com Matthew me olhando com a testa franzida.
- O-O q-que foi?
- Baton esta nos chamando.
- Por quê?
- Ele quer nos apresentar seu irmaozinho.
Me remexo incomodada, não queria vê - lo mas ao mesmo tempo queria. Fiquei com raiva de mim mesma, não é possível que eu esteja realmente com ciúmes? Ou é apenas meu instinto de irmã caçula que está agindo? Não sei o que pensar, só sei que aquele garoto me incomoda de alguma forma.
- Vamos logo.
- Esta bem.
Andamos em direção ao quarto que estavam, quando entramos vimos Dragon sentado na cama e Barton ao seu lado admirando seu rosto. Quando preceberam a nossa presença olharam para nós.
Barton deu um sorriso e falou.
- Dragon quero apresentar as pessoas mais importantes para mim depois de você. Dragon estes são Isabella Carter e Matthew Black, pessoal está é a pessoa que eu queria que conhecessem a muito tempo, Dragon William, meu irmão gêmeo.
Dragon olhou para nós, depois seus olhos criaram sobre mim, ele era como um clone de Barton, parecendo com meu irmão, me olhando tão intensamente não tinha como não corar.
- Hum, prazer em conhecer vocês.
Dragon olhou novamente para Barton e perguntou.
- Você não estava com a Pandora?
Olhamos surpresos para Dragon, como ele sabia sobre Pandora? Barton ficou sério.
- Do que está falando?
- Me contaram que estava sendo prisioneiro de Pandora e me falaram de nossos pais.
- Quem contou pra você algo sobre isso?
- Ah, foi minha tortu...responsável Margui de Reddolifes e um velho maluco Staffi.
Logo vi Barton ficando irritado e gritou se levantando.
- Aqueles filhos de uma puta!
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Atlântida ( Novo Mundo ) Em revisão
Ficção AdolescenteAtlântida, um mundo distante da realidade, mas ao mesmo tempo perto de nossa imaginação. Como seria viver em um lugar diferente do seu? Quem se aventuraria nesse momento cheio de perigos e fantasia? Essa história irá responder todas essas perguntas...