You'll Be Alright

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(Rapariga é utilizada neste cap.
Não é um insulto.
Em Pt-pt, rapariga é a mesma coisa que moça.)

Jihyo

Y/N pov.

O dia de hoje começou normal, as minhas duas horas que eu tive de manhã antes de ir para a faculdade, foi normal. O resto do dia na faculdade também foi normal, entediante e com os mesmos acontecimentos que nos outros dias.
Só que agora neste preciso momento às 17 horas e 56 minutos algo estava estranho.
Tudo parecia demasiado lento, especialmente por causa da forma lenta e melancólica que a pessoa na minha frente estava a caminhar.
Por alguma razão, obviamente desconhecida por mim, eu não conseguia tirar os meus olhos dela. A maneira como ela estava a caminhar na beira do passeio estava a deixar me anxiosa.
Decidi aproximar me dela justo quando um carro aparece no início da estrada.
Ela pôs os pés na estrada e a caminhava na direcção do carro. Já próximo de nós.
Sem perceber como, eu só dei por mim após a ter puxado da estrada para o passeio e ouvir o carro travar uns metros depois de onde nós estávamos.
Lentamente tirei os meus braços de volta da cabeça e das costas dela e olhei para a cara. Provavelmente para perceber se ela estava bem.
— Estás bem? - Não obtive resposta, ela simplesmente olhou-me, algumas lágrimas a escorrer lhe pela cara abaixo, e agarrou a minha t-shirt com uma certa força.
Eu tentei abracei a levemente, e olhei para a/o condutor, percebi que ele/ela deveria estar a comunicar a situação para alguém da lei.
Eu pacei a minha mão livre nas costas dela, enquanto dizia que ia ficar tudo bem.
Ficámos assim até chegar uma ambulância.
— Eu vou te levar a casa. - Ela olhou me com uma cara triste e começou a chorar novamente. Acho que disse porcaria.
— Desculpa.
— Eu não tenho para onde ir.
Ela finalmente falou alguma coisa, mesmo que quase nem tinha ouvido nada.
— Hm. Então... Enquanto tiveres a resolver os teus problemas, vens para a minha casa. - Ela olhou-me nos olhos um pouco espantada. Ela ainda tinha algumas lágrimas a escorrer lhe pela cara. Eu peguei na manga do meu casaco e limpei, com calma, a cara dela.
— M-mas nós não nos conhecemos.
— Tudo bem, podemos nos conhecer durante o jantar. Falamos de coisas que tu estejas confortável de partilhar comigo.

(Some moths later)

—Jihyo, acabei de fazer o jantar. Vamos comer?
Já se passaram 3 meses desde que eu slavei aquela rapariga de cometer um possível suicídio.
Ela ainda continua a viver na minha casa, pelo menos nós conseguimos criar uma amizade saudável.
Mas pelo o que parece eu comecei a sentir outras coisas por ela. Eu não conseguia parar de pensar nela durante o meu dia escolar. Falar com ela, vê-la sorrir e ouvir o riso dela sempre fazia o meu dia ficar muito melhor.
Sentei me no meu lugar na mesa e bebi um pouco de água que eu tinha no meu copo enquanto esperava por ela.
Após ter passado quase 10 minutos eu levantei me da mesa e caminhei na direção do quarto dela.
"Será que ela não me ouviu?" - Pensei.
Bati na porta dela e esperei que ela dissesse alguma coisa. Sem ter algum tipo de resposta eu abri a porta lentamente.
—Jihyo, vamos ja... Porque estás a chorar?
Eu entrei no quarto rapidamente e sentei me ao pé dela na cama. Quando ela deu por mim ela pôs as mãos dela nos meus ombros e empurrou me sem fazer muita força. Logo após isso peguei numa das mãos dela e plantei um pequeno beijo e fui me embora do quarto.
Fiquei um pouco magoada com os gesto dela, decidi ignorar e pensei que não foi por má intenção.
Acabei por ir dar uma volta à rua e dar lhe espaço para ela poder respirar.
Passado, mais ou menos, 3 horas voltei para o apartamento, após tirar o meu calçado e casaco vou ver como ela estava.
Eu entrei no quarto dela sem fazer muito barulho e deparei me com uma bolinha dorminhoca. Ajoelhei-me à frente da cama dela e comecei a fazer carinho nos belos cabelos dela.
—Infelizmente ela é a única que tu vês. E eu sou uma completa cobarde que nem sequer consigo dizer o quanto eu gosto de ti...
Eu beijei a testa dela, levantei-me e caminhei para a porta, antes de sair eu virei me na direção dela, simplesmente para ver se ela estava bem uma última vez, e assustei-me por a ver com os olhos abertos.
—Não vás, por favor... - Eu soltei um pequeno suspiro e voltei para o lado dela.
—Deita-te comigo. - Eu sorri ao ver o sorriso e os olhos pidões dela.
—Não consigo resistir a essa carinha fofinha. - Ela afostou se um bocado para me dar espaço na cama e eu deitei me do lado dela. A Jihyo começou a arrastar-se mais para o meu lado até que ficamos cara a cara.
Eu não consegui resistir e peguei nuns poucos de cabelos que ela tinha cara e pôs los atrás da orelha dela. Ela aconchegou-se mais, até ter a cabeça dela deitada no meu peito.
Eu comecei a fechar os olhos enquanto ouvia as nossas respirações calmas.
—Infelizmente nunca vou conseguir esquecer, mas não é ela que eu vejo... - Ela beijou a minha mandíbula e com isso eu beijei a testa dela. Senti ela tremer um bocadinho e afastar se para olhar me nos olhos.
—Ainda bem.
—E-eu pensei que já estivesses a dormir... - As bochechas dela estavam um pouco vermelhas por causa da súbita vergonha.
Eu não aguentei e colei os nossos lábios.
Separei-me dela e ficámos em silêncio durante algum tempo
—Y/N? - Eu fiz um som nasal para lhe informar que eu estava ao ouvir.
—Obrigada... - Ela aconchegou-se, novamente, no meu peito. E colei o meu corpo ao dela com um pequeno esforço dos meus braços e pernas.
—Tudo bem, está tudo bem. Tu vais ficar bem.

(Hey. Espero que gostem deste pequeno arranjo.)

Imagines TwiceOnde histórias criam vida. Descubra agora