"A Estranha"

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Nayeon

S/N pov.

O dia parece estar agradável, o céu está bonito, o vento parece estar calmo, sim deve estar bom para esticar as pernas, e eu e o meu amigo bem que precisamos disso.
     ― Hugo, vamos à rua? Vamos passear? - o enorme animal começa a saltar de pura animação. Eu consigo, com muito dificuldade, colocar-lhe a coleira e a trela e só saímos do apartamento após eu encontrar a minha carteira e chaves.
Eu tinha totalmente razão, está um ótimo dia para ficar um bocado na rua, talvez para passear no parque. Bem, porque não? Vou poder deixar o Hugo correr à vontade enquanto eu caminho no meu passo.
Ao chegar-mos lá deu rapidamente para perceber que varias outras pessoas tiveram a mesma ideia do que eu, especialmente pessoal que têm animais de estimação. Bem assim o Hugo pode brincar com possíveis novos amigos.
Eu tirei a trela dele e deixei-o brincar à vontade, enquanto isso eu decidi começar a minha caminhada pelo parque.
Eu gosto de vir aqui, especialmente nesta altura do ano, porque há sempre flores em algum canto do parque e também porque é muito calmo e relaxante, as pessoas respeitam-se umas às outras, isso é bom.
Alguns minutos passaram-se e eu voltei para onde eu deixei o meu amigo de quatro patas, ele provavelmente reparou na minha presença e veio ter comigo. Eu fui procurar na minha mochila se tinha água, pois ele parece estar cansado e com sede, mas acabei por não encontrar nada.
     ― Esqueci me... Hugo, eu já volto. Fica aqui, amigo. - Dirigi-me para o café que fica no parque, mas no meio do meu percurso eu senti alguns olhares sobre mim, decidi não ligar a isso e continuei na direção do café.
Alguns minutos passaram-se quando eu finalmente consegui comprar a tal garrafa de água, mas desta vez antes de caminhar para onde o meu cão estava eu decidi olhar para os lados para ver se encontrava os tais olhares de há bocado, e bem não foi muito dificil. Estavam umas quatro raparigas, que pareciam pertencer a um grupo de nove, a olhar para mim. Eu olhei um bocado confusa para uma delas que estava a sussurrar algo para a rapariga que estava na ponta a olhar diretamente para mim.
Eu ri um bocado ao ver que ela estava em algum tipo de transe que até tinha um bocado de baba a escorrer lhe pelo queixo.
Eu acenei-lhe e ao conseguir a sua atenção, eu sorri e apontei para ela e depois esfreguei a minha mão no meu queixo, ela confusa pôs a mão dela no seu queixo e em meros segundos a cara dela ficou igual a um tomate. Eu simplesmente ri da reação dela e continuei o meu caminho.
     ― Hugo. Olha, água. - Eu dou-lhe a garrafa para perto da boca e deixo verter na minha mão, ele rapidamente começa a beber os bocados que a mão minha consegue "apanhar".
Após ele estar saciado eu olhei as horas no meu relógio, 19:47. Talvez devesse voltar para casa para começar a preparar o jantar. É melhor.
Finalmente em casa eu fui ver o que eu tinha para poder preparar o jantar e vi que não tinha lá grande coisa.
     ― Bem, é melhor eu ir passar em algum sítio... - Eu olho para o Hugo e depois para a tigela de ração dele.
     ― Pois, o mais certo é eu ir fazer algumas compras, não te posso deixar a passar fome. - Eu fiz festinhas na barriga felpuda do cachorro e novamente de saída.
Pouco depois de ter saído do prédio, voltei novamente, a ter uma impressão de alguém estar a olhar para mim. Pelo menos que seja aquela mesma rapariga do parque...
Como a curiosidade era grande eu olhei de relance para trás e bingo, eu tinha razão, era realmente a rapariga da baba que estava no parque.
Bem, que tal eu apresentar-me? Eu acho que é uma boa ideia. Olhei para os lados e depois para o chão, encontrei a minha forma de "apresentação".
Como as atacas das minhas botas estavam desatadas, porque não ata-las antes que eu tropece nelas? Sim, segurança primeiro.
Eu abaixei-me praticamente à frente da rapariga e comecei a atar as atacas, ela ficou alguns segundos a olhar para mim e quando deu conta de si mesma ela voltou a caminhar.
Quando a rapariga estava praticamente a passar por mim, eu levantei-me rapidamente o que acabou por assusta-la e perder o equilíbrio.
     ― Oh-oh... Então? Tudo bem? - Eu segurei-a para ela não cair no chão e fiquei um bom bocado a olhar-lhe nos olhos antes de a ajudar a recompor-se.
     ― Uh, peço desculpa... Eu não te quis assustar... - Mentira eu queria, só não estava à de ela ser muito bonita, meu cristo.
     ― Tudo bem, eu é que peço desculpa por ter caído em cima de ti, S/N... - Eu não me lembro de lhe ter dito o meu nome... E a expressão que ela fez também me diz que eu não fiz tal coisa. Eu queria dizer-lhe, mas pelo o que parece ela já sabe. A cena é, como? Como é que ela o sabe.
     ― Como é que sabes o meu nome...? - Eu obviamente que lhe tinha que perguntar isto.
     ― Nós estudamos na mesma faculdade... - Ela respondeu-me muito baixo... Ah, ok.... Faz sentido.
     ― Oh... eu não me lembro de te ver lá... - Ela ficou toda vermelha e começou a correr... Boa agora vou ter que ir atrás dela. Top.
Sorte que eu sou mais rápida do que ela, pois em alguns instantes eu apanhei-a e agarrei o braço dela, com um bocadinho de força. O nervosismo bateu... A coisa boa foi que o corpo dela bateu no meu, então eu coloquei a minha mão livre um pouco a cima da cintura dela.
     ― Pelo o que eu entendi, tu já sabes algumas coisas sobre mim e eu não sei nada sobre ti. Acho injusto. - Ela parecia um tomate de tão vermelha que estava. Eu deslizei a minha mão pelo braço dela até chegar à mão dela.
     ― Que tal nos conhecermos, bem conhecer-te é o mais correto.... Qual é o teu nome? - Eu sorri sem mostrar os dentes para a tentar deixar mais descontraída.
     ― Im Nayeon.... É o meu nome... - Eu aproximei-me um bocado e beijei a mão dela.
     ― Nayeon-ssi, gostarias de vir jantar comigo e com o meu amigo? - sorri e comecei a caminhar.
     ― Uh.... Ok, mas quando? - Ela também começa a caminhar.
     ― Hoje. Vamos, eu ainda tenho de ir comprar coisas para o jantar.

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