À Procura Da Verdade (Pausada)

É Bom Ouvir Isso...

Capítulo novo... Boa leitura!!!!

Narração Camila

Faço minha rotina matinal de sempre : acordo, tomo banho, me visto e desço para tomar café.
- Bom dia tia! - grito
- Que susto menina! - ela ri - O Fernando pediu, para você, ir na farmácia ajudar ele, agora.
- Ok! Já estou indo lá! - falo e vou até a farmácia. Ela fica bem perto de casa, então é só uma caminhada básica. Logo chego.
- Oi Mila! - Fernando sorri para mim
- Oi! - sorrio de volta - O que tenho que fazer?
- Chegaram alguns medicamentos e você pode ir ajudar a Cintia, a organiza - los no estoque?
- Claro! - falo e vou até lá.
- Oi Mila! - Cintia me cumprimenta
- Oi Ci - digo - Vim te ajudar hoje.
- Ótimo! - ela ri - Me conta, quem é o cara que trouxe você, roda suja de tinta?
- Ué? Quem te contou? - pergunto confusa
- Fernando contou tudo! E aí, quem era?
- É um garoto, que trabalha na empresa, daquele bairro. Ele é um fofo, me ajudou e me levou até a minha casa.
- Rolou beijo?
- Cintia! É só um amigo! Nem veio na cabeça, beijar... - digo
- Não é todo dia que um garoto é super cavalheiro!
- Pois é! - respondo e continuamos a arrumar o estoque

[...]

- E então? - Fernando me olha
- "E então" o que? - pergunto. Estamos a caminho de casa para almoçar
- Você e aquele...
- Fernando! Somos amigos! E talvez nem isso, porque, nos conhecemos ontem.
- Ata, ok! - ele ri e nós chegamos
- Até que enfim, hein? - minha tia nos olha rindo - Vamos almoçar - nos sentamos a mesa e começamos a conversar.
- Até, que a Mila serve para ajudar,mãe. - Fernando diz rindo e eu dou um tapinha de leve em seu braço.
- Ah, para vai! - falo rindo - Eu organizei as coisas direitinho com a Cinthia.
- Eu acredito na Mila - minha tia fala
- Bem, tenho que voltar ao trabalho. - Fernando fala - Tchau mãe, tchau Mila!
- Tchau Fernando! - me despeço dele - Tia, o posso de perguntar uma coisa?
- Pode, é claro - ela me olha
- Como a minha mãe morreu? Você não fala muito sobre isso...
- Mila, nós já falamos sobre isso. Eu não falo muito sobre esse assunto, porque não te ver triste - acariciameu rosto.
- Ok... - falo um pouco triste. Subo para o quarto e pego a foto da minha mãe... Minha tia, não me leva para o cemitério, para ver onde minha mãe está enterrada. Já pensei várias vezes em ir lá escondida, mas não sei, nem mesmo onde é... Sem perceber, lágrimas escorrem pelo meu rosto. Limpo elas e desço para a sala e ouço batidas na porta.
- Eu atendo! - falo e abro a porta - Pedro? - me surpreendo ao ver ele, com uma sacola de loja em uma das mãos.
- Oi, posso entrar? - ele pergunta
- Claro, pode... - dou espaço e ele entra - Tia, esse é o Pedro. Foi ele que me ajudou ontem.
- Oi, prazer - minha tia se vira e o olha. Percebo que ela fica pálida - Obrigada por ajudar a minha sobrinha.
- Não, foi problema - ele fala - Eu fiz o que gostariam de fizessem comigo. E Mila, - ele me olha - isso é pra você - me entrega a sacola
- Não precisa, Pedro... - digo e olho o presente. É uma camiseta e um short iguais aos que, eu havia perdido no dia anterior... - Eu não sei o que dizer...
- Só aceita... - ele me olha sorrindo - Eu vim aqui, também para te pedir um favor...
- Pode falar! - digo
- Eu queria conhecer melhor afavela, e te conhecer melhor.
- Conheço um lugar perfeito, para isso - falo - Tia, vou dar uma saída e já volto, ok?
- Ok! - ela grita de volta e eu o puxo pela mão. Levo ele, para a parte mais alta, que é em cima de um telhado de uma casa abandonada
- Daqui de cima, dá para ter uma boa visão.
- É muito lindo! - ele suspira - Aquela moça, que mora com você...
- É minha tia... Minha mãe morreu quando eu tinha onze meses... - falo de cabeça baixa
- Eu sinto muito... - ele pega a minha mão
- Mas, o que me deixa mais triste, é o fato da minha tia, querer esconder fatos, sobre a morte da minha mãe...
- Como assim?
- Eu tinha um irmão gêmeo. Só que, ele morreu junto com a minha mãe no acidente... Minha tia me contou essa história, mas sinto que não é verdade e que meu irmão ainda está vivo... - suspiro profundamente - E você? Qual a sua história?
- Minha mãe também morreu... Desde então, eu moro com o meu pai e a minha madrasta. É estranho que, meu pai não me deixa ver nenhuma foto da minha mãe...
- Pedro, eu não sei o que dizer... - falo - Comigo, também acontece a mesma coisa, mas as fotos que eu nunca vi são do meu pai... Sempreprémeme falam que ele me abandonou...
- Parece que temos as vidas um pouco parecidas, né? - ele ri fraco
- Eu fico preocupada com a minha tia. Ela e meu primo trabalham muito. E eu não consigo, um emprego de jeito nenhum...
- Eu posso de ajudar! Lá na empresa, do meu pai, estão contratando e eu estou precisando de uma secretária... O salário é muito bom! E eu adoraria que você trabalhasse comigo.
- Pedro, eu nem sei o que te dizer! - o abraço - Eu aceito, mas não tenho nenhuma experiência.
- Eu te ajudo, no que precisar - ele me fala e me abraça novamente -Quando nos soltamos, olhofixamente nos seus olhos - O que foi?
- É que os seus olhos... Quando eu olho pra eles, lembro da minha mãe... Você me passa uma sensação tão boa.
- É bom ouvir isso - nos abraçamos novamente e ficamos assim.

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Espero que tenham gostado 😍