Meu mundo

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Todos nós desde pequenos somos obrigados a seguir padrões, estes que são passados de geração em geração. Aprendemos que uma familia é constituída por um homem e uma mulher que se casam e teem seus filhos e por mais que isso tenha sido ensinado para mim eu nunca fui adepta a tais conclusões.
Inconscientemente, todos nós tendemos a reproduzir este ensinamento uma vez que em nossa própria casa temos o exemplo de pai e mãe como família ideal. Ao contrário de muitos eu não tive pai e mãe, fui criada pela minha vó que apesar de muita dificuldade ela nunca me deixou faltar nada.
Aos meus 7 anos de idade no meu primeiro dia de aula, eu me apaixonei, não foi por um rapaz, nem pelo meu professor e muito menos pelo diretor da escola até porque ele tinha maior pinta de gay, desculpa gente mas o meu gaydar nunca falha ( risos ), não foi nada disso, foi por uma garota, que louco né, as vezes a vida nos coloca em cada situação. Faziamos o 1° ano do ensino fundamental na mesma turma, ela era extremamente linda, bem branquinha, magra e baixa dos cabelos pretos; olhos castanhos bem claros e eu era apenas uma gordinha meia desengonçada e muito alta, sempre fui a mais alta da turma gente, isso era constrangedor algumas vezes e eu não sabia como lidar com aquela situação de estar apaixonada até porque eu nem tinha certeza dos meus próprios sentimentos, aliás qual a pessoa que tem certeza do que realmente gosta na idade em que eu estava?, nenhuma. Tentei de todas as formas me aproximar daquela menina eu era bem criativa até, semanas se passaram e eu só queria uma chance de ter a amizade dela, mas nem isso eu conseguia, ela apenas me esnobava, lembro que ganhei um brinquedo bem legal da minha vó, fiquei tão feliz e tive a ideia de levar para a escola, quando mostrei aos meus amigos a garota viu e se aproximou, mas ela só queria brincar com o objeto e eu a mesma boba de sempre e sem atitude pra nada, não troquei uma palavra se quer com ela.
A garota passou a estudar a tarde e eu continuei estudando pela manhã ( sempre achei que estudar a tarde era coisa de gente preguiçosa ) passou-se alguns anos e eu nem lembrava mais dela.
Quando cheguei ao 6° ano eu comecei estudar a tarde, " ah sintia não era você que dizia que estudar a tarde era coisa de preguiçoso ", opsss é eu disse, mas não tinha outro jeito, naquela escola não tinha minha série pelo turno matutino e por íncrivel que pareça eu fiquei na mesma sala que aquela garota e aquele mesmo sentimento que eu sentia voltou só que dessa vez ele veio diferente.
Novamente investi em sua amizade algo que era totalmente desnecessário pois ela só queria saber dos garotos, no entanto me conformei com o fato de que ela não era pra mim. Deixa eu dizer uma coisa pra vocês, se apaixonar por garotas heteros é o pior erro de uma lesbica.

Então gente esse foi o primeiro capítulo do meu livro, me desculpem pelos erros de português se houver rs, aguardem o próximo capítulo e compartilhem com suas amigas.

Beijos

Diário de uma lésbicaOnde histórias criam vida. Descubra agora