33. Turbulências

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** Hey babies! Olha só quem está de volta!!! Por favor leiam a nota final depois do capítulo e não deixem de comentar. Boa leitura! ** 😽📖

Por Lauren

Miami, 22 de Junho de 2016

— Alexa, tem muitas coisas para resolver aqui! Será um péssimo momento agora. Realmente é necessário?!

Sim, Lauren. Eu não falaria se realmente não fosse. É necessário sua presença, tem certas coisas que eu não posso responder por você.

— Ok, vou ver como faço e te aviso.

Certo, não demore porque eu também estou sendo pressionada e você sabe o que acontece se não atendermos logo.

— Sim, eu sei. Até mais!

A ligação foi encerrada e eu quase destruí o aparelho celular o apertando com todas as forças que resumiam a minha raiva naquele momento. A manhã havia sido tranquila até dez minutos atrás antes de eu atender aquela ligação, era o mesmo assunto impertinente que teimava em querer tirar meu sossego. Mesmo tendo uma advogada que além de minha melhor amiga e extremamente competente, eu começava a me preocupar com aquilo e já detestava ver seu nome chamando em meu telefone, nossas últimas conversas não foram nada agradáveis.

Os últimos meses foram calmos, meu relacionamento com Camila só progredia a cada dia que passava, eu sentia que ela confiava cada mais em mim, e poder a ter em minha vida estava servindo neste momento como um bálsamo. Sua voz me acalmava, seu cheiro me enebriava e sua companhia me fazia sentir a pessoa mais sortuda e feliz já existente. O que eu sentia por ela era como uma espécie de efeito de droga que me deixava com abstinência se caso passássemos muito tempo longe uma da outra, era um sentimento terno mas também assustadoramente avassalador. O que Camila remetia no meu interior passava a léguas de distancia de qualquer outro sentimento que eu já houvera sentido por alguém.

"Será que é isso que chamam de amor?"

— Com licença, Sra Jauregui. – Fui tomada de surpresa por Penélope que entrava na sala quebrando meus devaneios. — Estou com uma moça lá na recepção querendo falar com a senhora, ela não marcou nenhuma reunião mas insiste em dizer que é sua amiga e não precisa de autorização para entrar, seu nome é Allyson Brooke.

— Ah sim, pode autorizar sua entrada. Ela vai querer me matar por ter esquecido de colocar o nome dela na lista de autorização. – A mulher a minha frente apenas me olhou curiosa e um pouco ruborizada censurando um sorriso. — Eu tenho mais algum compromisso pela manhã, Srta Michell?

— Não senhora, somente a tarde agora.

— Ok, muito obrigada.

Ela assentiu e retornou para sua mesa, para logo em seguida ligar para a portaria autorizando a subida de Allyson. Minha amiga havia chegado de Nova Iorque hoje mais cedo para uma reunião de negócios sobre um novo contrato de sua agência, a modelo era daqui de Miami e ela viria para conhecer sua família e conversar com eles. Tinha me mandado uma mensagem informando que passaria no jornal para me ver, e eu simplesmente havia me esquecido. Se eu fosse outra pessoa e nos conhecesse, com certeza estaria sentindo pena de mim neste momento.

Poucos minutos se passaram e antes que eu pensasse em fazer qualquer outra coisa, a porta a minha frente foi aberta dando passagem a minha secretária que possuía uma expressão de pânico no rosto e uma baixinha furiosa atrás dela quase sumindo. Eu senti tanta vontade de rir naquele momento, mas logo tive que me conter ao ser intimidada por Allyson passando por Penélope e caminhar em minha direção com uma feição nada amigável no rosto.

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