Do You Promise? - l.s.

Prólogo

Para uma criança de apenas 06 anos, promessas são a coisa mais séria do mundo, e devem ser mantidas a qualquer custo, não importando quanto tempo leve até que ela possa ser cumprida.

Foi basicamente em cima disso que a minha amizade com Louis Willian Tomlinson começou e se manteve até hoje. Promessas...

Quando tínhamos apenas 5 anos fomos apresentados um para o outro dentro de uma minúscula sala de aula do jardim da infância.

Minha mãe era professora na mesma escola onde estudávamos, mas quem nos apresentou foi Jay, a mãe dele.

Ela e meu atual melhor amigo eram recém chegados na cidade, e logo ela fez amizade com mamãe, por terem em comum a escola e esse lance de educadoras.

Mamãe provavelmente comentou com ela que tinha um filho e que tinha a mesma idade o seu filho. Então ela pensou "Já que meu pequeno menino está sozinho nessa cidade nova, por não apresentá-lo para um garotinho da mesma idade."

E Jay, caso você veja isso aqui um dia. Muito obrigado por essa decisão. Ela me causou os melhores anos da minha vida, assim como experiências e momentos.

Mas eu já estou perdendo o foco real disso tudo.

Ela era a minha nova professora. Katie, a antiga professora havia entrado em licença maternidade a algumas semanas. Na época eu não sabia o que era isso, apenas sabia que ela não voltaria pelo próximo ano.

Ela me chamou na frente da classe logo no primeiro dia de aula, pelo nome e tudo. Eu já estava com medo de ter pego um giz de cera de algo coleguinha sem querer.

E quando ela chamou um outro garotinho, eu tive certeza. Ele tinha bochechas gordinhas e a pele levemente bronzeada e o cabelo castanho claro, em um famoso corte de "tigelinha". Ele era fofo e eu quis apertar suas doces bochechas.

Mas lembrei rapidamente que provavelmente estava em apuros e tratei de ficar quieto.

Então ela nos fez ficar parados lado a lado em frente à sua mesa.

– Harry, prazer. Eu sou Jay, a sua nova professora. Como você está querido? – disse docemente estendendo sua mão para mim. Eu não sabia muito bem o que fazer, então apenas repeti seu ato e ela as sacudiu junto.

– Oi tia Jay! Eu estou bem sim... mas eu fiz alguma coisa errada? – pendi a cabeça para o lado.

– Não meu pequeno anjo. Eu acabei conhecendo a sua mãe nos corredores da escola e achei que seria uma boa ideia se você conhecesse o meu filho também. – apontou para o garotinho bochechudo. – Louis, diga oi para o Harry.

Ele negou com a cabeça, parecendo muito envergonhado para fazer tal ato. Mas sua mãe o lançou um olhar repreendedor e ele então fitou o chão.

– Oi. – disse rápido e simples, levantando a mão e me encarando por no máximo dois segundos.

Ao tentar voltar para sua antiga posição ele acabou tropeçando em seus pequenos pezinhos e quase caiu para trás.

– Oops! – peguei seu braço e o coloquei no lugar. Ele ainda não havia me olhado. – Oi, meu nome é Harry. Eu tenho 5 aninhos, e você? Ah e você tem uma bochecha bonitinha.

– O-obrigada. Eu sou Louis. Tenho 4 aninhos, assim oh. – disse levantando quatro dedinhos com certa dificuldade. – E você tem... um nariz fofinho. – disse pela primeira vez olhando nos meus olhos. – Eu posso tocar?

Eu concordei com a cabeça, e então deus pequenos dedinhos tocaram a ponta do meu nariz por no máximo meio segundo, e ele voltou a pose anterior.

Eu acabei ficando vesgo por ter alguém tão próximo do meu rosto. E quando ele reparou, colocou a mão sobre seu pequeno rostinho dando uma risadinha, fazendo o canto dos seus olhos enrugarem nos cantos.

– Bem crianças, agora que já se conheceram. Que tal se forem se sentar? Eu vou pegar alguns joguinhos e massinha de modelar. – em segundo elas já estava na porta e eu já caminhava para o meu lugar.

Olhei para trás e ele ainda estava parado no mesmo lugar. Voltei até ele e estendi minha mão em seu direção.

– Vem! A gente pode fazer um castelinho de lego, eu deixo até você colocar a bandeira no topo. – ele olhou para a minha mão por alguns segundos e então a pegou.

– Você promete? – disse com seus dentinhos brancos sorrindo para mim.

– Sim, eu prometo. E eu sempre cumpro as minhas promessas, porque Pinky Promise não se pode quebrar, não é novo amiguinho?

Ele concordou com a cabeça, e estendeu o dedo mindinho para mim.

Fiz o mesmo e dei um pequeno beijo sobre seu dedo. Assim como mamãe fazia comigo quando eu me machucava e ela tinha que passar remédio e falava que eu não iria sentir nada, porém apenas se prometesse não chorar.

Eu sempre mantive minhas promessas e nunca chorei, mesmo que doesse um pouco quando a água oxigenada tocava a minha pele.

Caminhei por entre as cadeiras e fomos para uma mesinha redonda que ficava no canto da sala.

Cinco minutos depois de um supervisor já estar na porta esperando pela professora ela voltou para a sala. Ela sorriu para nós dois ao nos ver brincando e dando pequenas risadinhas.

Aquele foi o meu "primeiro dia" de aula favorito. E sempre vai ser.

No recreio sentamos na mesma mesa, com maios alguns meninos da sala ao lado, mas eles não eram tão importantes assim como meu novo amigo de olhos azuis e bochechas bonitinhas.

Na hora da saída, nossas mães nos levaram até o parquinho da esquina e brincamos no balanço por mais meia hora antes de mamãe falar que precisávamos ir para casa.

Me despedi dos dois com um abraço e disse até logo e fui acenando até virar a rua e não poder mais os ver.

Fiz varias anotações mentais sobre quais brinquedos legais eu poderia levar para a escola no dia seguinte para podermos brincar.

Eu não tinha muitos amigos quando pequeno, então aquela foi a chance perdida de eu conversar e brincar com alguém da minha idade.

Éramos tão puros quando nos conhecemos. Na verdade, a nossa amizade continuou pura ao longo dos anos, mesmo que a nossa mente já não achasse o mesmo.

Fomos ligados por um simples castelinho de lego, e nada no mundo poderia desfazer aquele laço.

***

Oi oi, olhem se não é a pessoa que acabou de ter a maior obra retirada do wattpad!!!

Eu vou tentar postar essa fic e me animar, mesmo sabendo que ta tudo uma bagunça dentro de mim.

All the love, Sky.