Um ruído todas as noites era ouvido debaixo de minha cama
Eu sempre me assustava com o ressoar
Começava a chorar, gritar e implorar socorro
Mamãe vinha me aquietar
Mas eu continuava a chorar
E a afirmar
Que existia um demônio debaixo de meu leito
Um ruído todas as noites era ouvido do lado de fora da janela
Eu me escondia debaixo das mantas
Começava a chorar, gritar e implorar socorro
Papai vinha me afagar
Mas eu continuava a recear
E a afirmar
Que existia um demônio do lado de fora da janela
Um ruído todas as noites era ouvido no canto de meu quarto
Eu ascendia as luzes e apanhava a arma
Começava a gritar, berrar, escandalizar
Vovó vinha me cativar
Mas eu continuava a jurar
E a afirmar
Que existia um demônio no canto do meu quarto
Um ruído todas as noites era ouvido dentro da minha cabeça
Eu tapava os ouvidos e começava a ofegar
Tentava gritar, tentava chorar, tentava implorar
Mas ninguém estava ali pra me escutar
Pra me salvar
Mas eu continuava a pensar
E a afirmar
Que o demônio não estava lá fora
Que o demônio não estava debaixo da cama
E nem no canto do meu quarto
Ele tinha possuído minha mãe, meu pai e minha avó também
Mas eu os libertei
Ele está me possuindo agora
Preciso dar fim nisso
Da mesma forma que dei com meus parentes
A única diferença é que ao invés de empurrar
Eu preciso saltar
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O Poeta Suicida
Poetry"Um poema é isso: uma lição de vida, um desabafo feito com requinte. A poesia é o fascínio pela escrita" (Rodrigo Gonçalves) Poemas bostas de minha autoria escritos sabe-se lá com que objetivo ou razão Plágio é crime de acordo com a lei n° 9.610, 1...