Um último poema

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Tem sido dias difíceis

Exatamente como você prometeu

Exatamente como você afirmou

Mas o mal não sou eu

E sim a verdade que me magoou


Você não me deu a chance de falar

Simplesmente desapareceu

Não me permitiu explicar

E agora, o fardo é todo meu

Fardo que ninguém me pode tirar


Eu tentei te enviar a luz

Mas você é um ser da escuridão

O teu falar que seduz

Partiu em pedaços o meu coração


A paz que existia em mim

Hoje são memórias de uma mente bagunçada

Por que tudo tem que ser assim?

Essas são as perguntas de uma alma cansada

Uma alma abalada

Frustada e revoltada

Te desejando o inferno


O fogo arde em meu peito

De meus olhos saem faícas

Os demônios que se encondem em meu leito

São possuidores de meu espírito agora


Engraçado, como o mundo dá voltas

Me tornei aquilo que eu abominava ser

E aquilo que amei

Não era o que eu esperava ter


Minha mente é morada e abrigo

Das mais macabras paranóias

Acha que consegue conviver comigo

Mesmo sabendo que esse sangue nas minhas mãos é meu?

O Poeta SuicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora