Eu vi um cadáver essa noite
Olhando para o espelho
Ele piscava e me fitava
E de seus pulsos escorregavam
Um líquido vermelho
Era assustador
Senti um frio em minha espinha
Mas com aquilo eu já estava acostumado
Apesar de ser desesperador
O meu choro eu continha
Sinto-me completamente oco
Quem diria que o vazio
É por ironia, ou coincidência
Tão frio?
Você era uma bola de fogo reluzente
Que se dizia capaz de me aquecer
Suas palavras eram como navalhas
Complicadas, afiadas
E difíceis de esquecer
Eu já tive mais disposição
Já fui mais valente
Agora sou um covarde
Que esconde no peito
Os demônios existentes em meu coração
Eu vejo um cadáver essa noite
Se olhando no espelho
Piscando, fitando
A si mesmo
Às cicatrizes por seu corpo
Agora ele está no chão
Com os pulsos chorando
Seus olhos abertos estão
Fraca está sua respiração
E os batimentos de seu coração
Vejo a morte se curvar sobre mim
E me observar
Com um olhar
De desprezo
Justamente o olhar
No qual queria me livrar
Quando estava vivo
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O Poeta Suicida
Poetry"Um poema é isso: uma lição de vida, um desabafo feito com requinte. A poesia é o fascínio pela escrita" (Rodrigo Gonçalves) Poemas bostas de minha autoria escritos sabe-se lá com que objetivo ou razão Plágio é crime de acordo com a lei n° 9.610, 1...