→ Capítulo 18

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Após Jimin deixar o quarto de Jungkook, foi  diretamente até a cozinha, queria ocupar sua mente de todas as formas possíveis, cozinhando, limpando, conversado, mas lembrou-se que seu melhor amigo estava bravo consigo.

O garoto deu meia volta no exato momento, seguindo até a grande área verde que existia perto do palácio, aonde, geralmente, ninguém estava. Jimin precisava deste momento sozinho, por mais que trabalhasse para aqueles que governam o palácio, ele ainda era humano, as vezes, o menino era egoísta o suficiente para se preocupar com os seus próprios sentimentos.

Park sentou-se na grama e levou seus joelhos até sua barriga, abraçando os mesmos e enterrando sua cabeça no espaço vazio.

Seu estômago estava revirado, seu coração doía e sua cabeça latejava.

- Isso é tão errado... - murmurou o garoto consigo mesmo, sentindo seus olhos marejarem. - Eles não podem fazer isso.

- Jimin? - o corpo do menor deu um solavanco, com o susto que levara. - O que aconteceu, pequeno?

Era Hoseok.

- Hyung... - começou o mais novo, até sentir seu corpo ser abraçado pelo cavaleiro.

- Vai ficar tudo bem, garoto. - disse o mais velho, docemente. - Não sei o que está lhe importunando, mas vai dar tudo certo.

Park permitiu-se chorar mais uma vez.

As vezes, se perguntava o por quê chorava tanto, sentia-se tão fraco quando seu rosto era lavado pelas lágrimas que caíam de seus olhos. Sentia-se indefeso.

Mas, em momentos de dor, lembrava-se das palavras que sua adoecida mãe, um dia, lhe disse:

- _As vezes, meu pequeno, chorar mostra o quão forte você é. Forte é aquele que, de vez em quando, se permite sentir alegria ou dor, se permite ser humano. Jimin, você é o garoto mais bravo que eu conheço, pois mesmo quando sua mente está mergulhando no breu, você não deixa todos esses pensamentos ruins tomarem conta de ti. Você é surpreendentemente, forte._

Jimin, no mesmo segundo, se recompõe, e toma mais uma grande decisão:

Ele não irá fraquejar, não mais.

O menor limpa suas lágrimas com as costas das mãos e funga baixinho, ainda caído pelo peito de Hoseok

Ao ouvir aquele "Sim" de Jungkook, sentiu um imenso aperto no peito, um vazio. Como se algo tivesse se quebrado dentro dele, mas ele não sabia o que. Se convenceu que era e penas pelo choque, de que aquilo era apenas pelo fato de saber de um segredo tão íntimo de seu chefe.

"Só pode ser por isso", ele dizia pra si mesmo. "Tem que ser isso, não há outro motivo"

O coração à mil, se alguém visse ele e Hoseok juntos daquele jeito, com certeza, pensaria algo errado. Mas eles são apenas amigos, apenas bons amigos.

- Obrigado Hoseok - Jimin pronuncia entre soluços

- De nada Jiminie, mas... sem querer parecer metido nem nada... por que estava chorando? Me dói lhe ver assim. - A voz tão serena e preocupada de Hoseok se instalou nos ouvidos de Jimin, lhe causando arrepios, ele não queria mentir para Jung, mas, infelizmente, precisa.

- Só... só estou preocupado com minha mãe hyung - ele realmente estava, então não contaria como uma total mentira, contaria?

- Escute pequeno, ela vai melhorar. Só tens que esperar, hum? - Hoseok só podia ser enviado por Deus. - Que tal assim, você pede o resto do dia de folga e eu uso a minha e visitamos a Sra. Park, que tal? Isso ajudaria a te tranquilizar, eu presumo. - Céus, Hoseok! Como podes ser um amigo tão bom?

Jimin só acente com a cabeça e segue para dentro procurando por Somin, para pedir sua folga da tarde, ele sabe que ela entenderia seu lado.

O garoto entrou no grande cômodo que Somin passava as tardes, um lugar cheio de livros. Jimin admirava a mais velha, o quanto ela era inteligente.

- Senhora Somin, licença. - Park falou suavemente, chamando atenção da outra, que logo abriu um sorriso ao vê-lo.

- Sim? - perguntou docemente.

As mãos de Jimin estavam suadas, e ele tremia levemente, não sabia se podia fazer tal pedido para a mulher, mas, enfim, falou:

- Eu estou muito preocupado com a minha mãe, Senhora. Gostaria de.... receberaminhafolga. - o mais novo falou rapidamente, e um expressão de confusão tomou o rosto de Somin.

A mulher se levantou e andou até Jimin, percebendo o nervosismo do garoto.

Afagou suas madeixas e apertou levemente sua bochecha.

- O que aconteceu, Jimin? A sua mãe, como ela está? 

- S-senhora. - Droga, Jimin! Engula esse choro! Pensou consigo mesmo e respirou fundo. - Ela continua em um estado muito ruim, meu pai precisa de ajuda..Eu posso, por favor, visita-la?

Somin mostrou-se pensativa por um momento, mas logo assentiu.

- Jimin, tu sabes que não posso sempre te privilegiar e que as vezes, é difícil ficar sem um funcionário tão essencial no nosso palácio. - Disse a mulher, vendo a expressão do garoto murchar. - Mas, por conhecê-lo tão bem e conhecer tua família, deixarei-o ir, porém, mês que vem, sua folga, estará suspendida.

Park tinha os olhos arregalados em surpresa, Somin nunca havia feito isso com o garoto.

- Queres saber o por quê? - O mais novo mexeu a cabeça, sem ter certeza se deveria ou não, ouvir o que a mais velha tinha para falar. - Minha irmã virá nos visitar daqui para alguns meses, eu preciso que todos os meus funcionários estejam aqui, para ajudar a deixa-la o mais confortável o possível, já que ela passou por alguns momentos difíceis de alguns tempos para cá. Você entende, Jimin?

- Entendo, Senhora. - disse o garoto, curvando seu corpo brevemente. - Obrigado.

Então o garoto deixou o cômodo, sem saber se deveria estar arrependido ou não.

royal→ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora