royal→ jikook

→ Capítulo 28

n/a: leiam medicine e strange feeling ((((jikook)))) da lu (@lalisapm)
leiam going crazy ((((chanbaek)))) no meu perfil

obrigada pela paciência anjinhos

até mais

luh

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Jimin estava na cozinha do palácio observando seu hyung reclamar, normal.

Se não estivesse reclamando, não seria Kim Seokjin. O mais velho falava de como o mais velho dos irmãos Kim o visitava constantemente na cozinha, o que o irritava, fazendo perguntas idiotas e pedindo sempre alguma coisa nova.

Seokjin sempre reclama de Kim Namjoon, e isso era suspeito aos olhos de Park.

Na verdade agora tudo era suspeito aos seus olhos. Desde sua última conversa descendente com Jungkook, ele não entendia mais nada, apenas se fazia de desentendido e fugia de seus próprios pensamentos.

Porém, não podemos nos esconder de nós mesmos.

Park saiu de seus devaneios sentiu um puxão leve na sua mão direita, era um toque sutil e delicado. Jimin olhou para baixo e viu uma menininha dos fios claros lhe encarando pidona.

- Olá Jiwoo, deseja algo? - Jimin deu um dos seus melhores sorrisos, não de uma maneira forçada, não mesmo, a pequena fazia Jimin sorrir abobado. Igual uma certa pessoa.

- Ahjussi, estou com fome - fez bico e passou a mão na barriga de uma maneira extremamente fofa.

- Tudo bem, vamos ver o que o ahjussi tem pra você criança. - levantou a cabeça e olhou para Jin, que estava concentrado em cortar seus legumes.
- Hyung, ainda tem as frutas de mais cedo?

Seokjin acentiu positivamente e deixou uma vasilha com várias frutas, uvas, maçãs, bananas e outras mais na frente da pequena. Sorriu e voltou a se concentrar em cozinhar.

- Aqui estão - montou um pratinho com as frutas para a menor e a deixou comer. - Por que estava andando pelo palácio sozinha, pequena?

- Eu disse pro tio Kookie que estava como fome e ele disse: "Vai na cozinha então pirralha", e eu vim. - Jimin a olhou espantado. - Está tudo bem ahjussi, eu sei que o tio Kookie me chama assim de brincadeira. Ele é todo bobinho comigo, parece uma criança. - falou Jiwoo revirando os olhos, Jimin ria da situação.

- Você estava com seu tio? - A menina acentiu.

- Sim, estávamos brincando de bonecas - Jiwoo respondeu dando de ombros e voltando a comer suas futas, Jimin caiu na risada só de imaginar Jungkook brincando de boneca, seria cômico de se ver.

Só de imaginar Jungkook forçando uma voz mais fina para que ela ficasse mais parecida com a de uma mulher, só isso, já fazia com que Jimin sorrisse.

Após a menina terminar de comer seu lanche, Jimin a guiou até o quarto de Jungkook para que a menina não se perdesse no caminho. Como sua mãe disse: "Ela ainda precisa se habituar".

Andou com Jiwoo pelos diversos corredores do palácio até achar seu destino. Bateu na porta e esperou a ordem para entrar.

Na cabeça de Jimin passavam-se milhares de piadas que ele poderia fazer com Jungkook, mas tinha medo de perder seus emprego, então deixou as piadas apenas para si.

Jimin adentrou o cômodo com a menor em seus braços, ela estava cansada e quase cochilando no colo de Jimin.

- Aish! Essa menina ainda me mata de preocupação! - Jungkook logo se levantou tentou pegar a menina nos braços, mas o aperto dela era forte e ela não queria soltar Park por nada.

Jiwoo segurava o pescoço de Jimin, ela podia estar quase dormindo, mas estava confortável demais no colo de seu novo ahjussi, que ela havia amado por sinal, ou seja, não largaria por nada.

Jimin foi sem premiação até a cama de Jungkook e fingiu que ia se deitar nela, a menina foi soltando aos poucos do pescoço de Park e foi se embolado pelas cobertas do tio até cair no sono.

Jungkook assistia a tudo boquiaberto, Park tinha jeito com crianças.

- Quando precisar de ajuda com ela pode me chamar, eu estou sempre disponível para voc- para prestar-lhe meus serviços, senhor - corou e fez uma breve reverencia, saindo do quarto sem permissão.

Jungkook encarava a porta meio boquiaberto.

Desde sua última conversa com Park, sua cabeça ficava cheia de pensamentos de todos os tipos, do mais puro até o mais errado. Isso o deixava em um conflito interno perturbador, pois diferente de Taehyung, esses pensamentos são difíceis para ele lidar, principalmente quando a pessoa para quem esses pensamentos são dedicados, está o evitando o máximo possível.

Parabéns, Jungkook. Pensou no meio de seus devaneios, Eu não sei o que faço.

- Kookie. - uma voz chorosa despertou o sucessor de seus pensamentos. - Estou com frio.

Jeon foi até sua cama e acariciou levemente o rosto de sua sobrinha.

- Frio, huh? - indagou suavemente, a expressão serena. - Você está febril, Jiwoo. Andou pegando chuva, foi?

A mais nova riu, sendo seguida pela risada calorosa de Jeon.

Jiwoo soltou um leve muxuxo, tossindo, sua expressão tornando-se triste de repente.

- O ajuhssi irá preparar um chá para você, certo? - Jungkook, que estava ajoelhado ao lado da menina, levantou-se, cobrindo-na com o cobertor fino que tinha em sua cama, vendo a mesma se encolher e fechar os olhinhos.

- Eca... - Jiwoo fez uma careta, o outro riu baixinho. - Certo.

Jeon deixou o quarto e acelerou os passos até chegar na cozinha aos berros.

- Park! - Jimin, que estava sentado descansando, deu um solavanco por conta do susto,  massageando seu próprio peito. - Prepare um chá para Jiwoo, ela está febril!

Park deu um sorriso ladino ao perceber a preocupação tanto na expressão quanto na voz do mais novo.

- Tenha calma, senhor Jeon.. ela é apenas uma criança, irá de recuperar rapidamente.  - o baixinho falou, pegando a chaleira e esquentando a água. - Irei preparar um chá, levarei até seu quarto...Não há necessidade de sua espera aqui.

A expressão do mais novo era uma mistura intensa agora, preocupação, decepção, aflição, tudo rondava sua mente.

- Obrigado, Park.

Ah, mais uma vez.

O prazer que Park Jimin sentia ao ouvir aquela voz dizendo-lhe 'obrigado', era enorme. Então o mais velho sorriu, feliz.

- Não há de quê.

Os dois ficaram em um silêncio confortável, cada um em seus próprios pensamentos, tentando, minuciosamente descobrir em que momento passaram a sentir coisas estranhas, em que momento, tudo se tornou tão intenso.

Nenhum tinha a resposta.

Mas a pressa de obtê-la, não era tão grande quanto a vontade de não causar situações estranhas.

Então estava tudo bem.

E eles esperavam que tudo permanecesse assim.

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