Capítulo 3

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As vezes você tem que escolher entre fugir da guerra sã e salva ou ajudar alguém que ficou ferido na batalha.

Lorena

Eu estava triste de ter perdido o emprego. Depois que meus pais morreram as coisas se complicaram e eu tive que trabalhar dobrado. O problema era que  nem todos aceitavam que eu levasse Eva comigo e eu jurei a mim mesma jamais me afastar dela.

Ao chegar na casa conheci Seu Luís que era um velhinho fofo e adorável, do qual Eva amou de cara. A casa do tal Rafael, suposto chefe, era imensa e me vi surpresa ao constatar que a sua sala era o tamanho de minha casa.

Eu precisava passar naquela entrevista. Estava com aluguel atrasado e os medicamentos de minha irmã  precisavam ser repostos. Então eu o conheci e no mesmo momento o odiei.

Ele despertava o pior de mim e por isso acabamos discutindo um pouco.

Mas então fizemos um trato e alí estava eu, sentada calmante até dar de cara com um pinscher.

O cachorro era pequeno mas estava zangado e eu levantei assustava.

- Socorro! ~Falo ao ver Rafael parado no topo da escada.

Estava de braços cruzados e com um rosto divertido.

-A casa é sua. Sinta-se a vontade garotinha.~Fala e meu coração acelera ao ver aquele cachorro se aproximar.

-Sai! SAI! ~Grito jogando uma almofada mas o mesmo não se intimida.

-Senhor Rafael tira esse cachorro daqui pelo amor de Deus!~Peço com meu peito  subindo e descendo pela respiração acelerada.

Ele parece perceber meu conflito  e desce para finalmente ajudar.

Prende o animal na corrente perto da janela e agradeço mentalmente.

-De nada !~Fala e eu reviro os olhos.

-Não te agradeçi. Era sua obrigação. ~Retruquei.

Ele pega o celular e começa a mecher enquanto o mesmo apita parecendo ter várias mensagens.

Não conseguia identificar a cor dos seus olhos.
Seria verde ? Azul?
Era uma cor calma e serena. Um tom céu. Seu corpo era másculo e eu lhe daria uns 28 anos. Então como se percebesse que eu estava olhando seu olhar se fixa com o meu.

-Perdeu algo?~Pergunta e eu me recomponho.

-Acabei de achar.~Falo pegando minha bolsa no chão.
-Pode chamar minha irmã? ~Questiono e ele sai em busca da mesma que volta com um sorriso maior que o rosto.

-LOREE a Anne me deu uma boneca, olha. Amanhã a gente vai voltar? ~Pergunta e eu sorrio em sua direção.

-Claro meu amor. Amanhã.~Respondo e vou empurrando sua cadeira mas nesse momento vejo um tiro atravessar a parede quase acertando Rafael.

Um grito agudo sai de meus lábios e sinto Rafael me joga no chão e puxar minha irmã também.

- Fiquem abaixadas.~Pede e vejo que mais tiros tentam nos acertar.

Desastres (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora