Está tarde e parece que vai chover. O céu está nublado e anuncia uma grande tempestade. Aqui no meu quarto, rodeada dos meus livros velhos e canções indies que ninguém entende. E nunca vai entender, me recordo.
Fecho os meus olhos. Minha memória está cheia de lembranças. Posso sentir o cheiro e perfume de olhos fechados, como se estivesse presenciando a cena, como se estivesse dentro dela e fosse apenas um personagem guiado pelas mãos do escritor. Lembranças agudas que despertam os fantasmas em mim.
São sombras, momentos e laços que se foram, mas não vou me esquecer. Não, eu não me permito. Ao mesmo tempo, são cenas e frases que mexem com a parte que jurei estar congelada. Uma nostalgia que sinto justamente no lugar que menos deveria sentir, bem aqui dentro.
Que esse sentimento vá embora. Feche a porta, guarde as fotos e esqueça as memórias.
Então, meio que de repente, toca aquela música, vejo flashs de cenas daquela série e um livro que me marcou e sou inundada por reminiscências. Então me faço um monte de perguntas: por que as coisas têm que ser assim?
São tempos, idades e pensamentos que não voltam. Só vão ficar gravados na minha memória..."Oh, we set our dreams to carry us in the middle where we were one"
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PoetryCrônicas, contos e poemas da autoria de Juliana Skwara. [Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal]