Capítulo 11: Um ticket para o Norte

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Aviso: A versão deste capítulo publicada no Wattpad possui cortes em relação ao original pretendido por mim (vulgo autor), mais especificamente a cena em que Diego e Nicole finalmente transam. Para a versão completa, aguarde o post no Nyah.

Nicole

Eu estava com medo. Muito medo. Desde que aqueles caras me sequestraram no calçadão. Foi tudo tão rápido, que olhando de fora, não pareceu um sequestro. Eu estava no calçadão, tomando meu milk shake, quando no vai e vem de veículos, um parou próximo de mim, e enquanto as pessoas caminhavam, uma porta se abriu, quatro homens com facas me abordaram por trás e ordenaram que eu entrasse no carro sem fazer alarde. As pessoas, sem perceber deram cobertura aos sequestradores.

Meu primeiro choque foi quando descobri quem era o sequestrador, afinal, no dia anterior, eu o vi tocando com os Magic Fires. Depois, o resto do dia, foi sentindo mãos pelo meu corpo e ameaças de morte e estupro. No meio desse terror todo, a situação estava pior porque eu não podia ver nada, ao menos até Diego chegar de noite. Daí, eu já sabia que Marcos pretendia matar a todos, mesmo se o plano dele desse certo.

Quando vi a expressão corporal de Diego enquanto ele conversava com Marcos, percebi o quão furioso o meu namorado estava. Eu conheço ele bem pra saber, o quanto ele tava se contendo pra não gritar, ou mesmo avançar pra cima de Marcos ou dos outros bandidos. Quando tudo acabou, eu tive que conter a vontade de deitar e chorar em posição fetal, porque o medo que eu ainda tinha era muito.

E sabia que uma hora, aquilo ia sair pra fora, só não sabia quando.

Diego

Felizmente o Uber até a unidade de pronto atendimento do centro de Rio Azul foi rápido, e com a emergência da minha mão sangrando (e o fato de que apenas algumas pessoas com problemas leves estavam sendo atendidas), não demorou até que o médico me atendesse. Na entrada da UPA, Sam e Nicholas se despediram da gente, eles provavelmente teriam muito o que discutir com Alex e Roberto.

Minha preocupação não era com essa questão, tampouco com minha mão cortada. Claro, ela estava doendo, mas já tive em situação pior. O problema é com a Nicole. Não sei como está o psicológico dela depois de toda essa situação, mas se fosse comigo... Bem, não sei como ela ainda não está chorando, chamando a mãe, porque é o que eu faria... Exceto pelo fato de que a minha mãe morreu há treze anos... E a minha vó, há quase três. Oh, Deus, preciso parar de tentar fazer analogias idiotas.

-Senhor Alves, você teve sorte... - O médico, pelo crachá, se chama Wilson, me diz, enquanto enrola minha mão direita numa atadura. - O corte foi superficial, e se não for muito, o que causou esse corte?

-Diego... - Nicole puxa a manga da minha camisa. Ela esteve estranhamente calada nos últimos minutos, quando olho para ela, o rosto dela está em lágrimas.

-Nicole... - Mal tenho tempo de registrar nada, até que ela enterra a cabeça no meu peito e volta a chorar.

-Eu quero ir embora daqui, Diego! - Ela desabafa, com a voz frágil, entre soluços. - Não quero mais ficar aqui, saber de férias, ou viagem! Eu quero ir pra casa, quero a minha mãe! Não aguento mais isso!

Meu coração está doendo a cada frase de Nicole, eu nem consigo pensar em uma resposta para ela, e pela cara do Médico, ele não esperava isso, afinal, ela era só a namorada que me acompanhava pro atendimento. Ele está absolutamente chocado.

-Senhor Alves, poderia me explicar o que... - Ele começa, mas ergo a mão, pedindo pra falar.

-Primeiro, por favor, traga um calmante. - Eu me senti esquisito dando ordens a um médico, mas felizmente ele não me socou a cara e nem me contestou.

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