© Julia Di Mario 2017Dave Franco como Chris Wallace (imagem)
Capítulo Seis - Operação biscoitos com leite
- Isso não é justo! – James podia ouvir a voz irritante de Marci se aproximando.
A escola estava uma bagunça. Metade dos professores estavam ocupados demais correndo pelos corredores, procurando algo para fazer a respeito da pichação, para comparecerem as suas respectivas aulas.
Um deles era treinador Newt; que não estava ali para acompanhar o corpo estudantil masculino numa tão esperada e super divertida aula de educação física. Talvez aquela fosse a razão para que Srta. Nelly estivesse vindo ao encontro deles, apesar dos protestos de sua irritante prima.
- Não me importa se é justo ou não, Marci! Mandaram que eu fizesse e eu vou fazer.
Junto a ele, agora todos os outros na quadra prestavam atenção na mulher e todas as outras que seguiam atrás.
- Escutem bem, meninos! – James preferiu prestar atenção na loira familiar que vinha com o grupo. – Hoje todos vocês ficam comigo! O jogo é misto e eu não quero nenhuma gracinha! Façam Duplas e peguem uma bola.
O apito soou logo em seguida, como um sinal de largada para a corrida, procurando por um par. Obviamente, James faria par com Luna.
Ou talvez fizesse, em um futuro utópico e distante, porque naquele momento, a menina parecia satisfeita atrelada ao braço de Jerry Dawson, e aquilo sim era desconcertante.
O que ela fazia com ela?
Ambas vestidas em seus shorts de ginástica, cabelos presos e bola em mãos. Quando aquilo havia acontecido? Desde quando a menina mais perfeita que ele já havia visto em toda sua vida, tinha se tornado amiga de uma delinqüente excluída?
James franziu as sobrancelhas e tenteou aceitar o fato de que não tinha um par.
Molly com Marci.
Luna com... Jerry.
E ele com –
- Wallance! – A cabeça de James virou trezentos e sessenta graus para acompanhar o chamado de Srta. Nelly, que infelizmente havia sido direcionado para o único outro sem um par, Chris. – Você faz dupla com – Ela parou, seu olhar sobre ele, antes de franzir as sobrancelhas – o Wallace.
+
- Tio Luigi, o que exatamente nos estamos fazendo?
- Algo que você não deve contar para o seu pai. – Ele respondeu sem tirar os olhos do celular.
Quando Luigi fora buscá-la na escola, Luna esperava poder voltar pra casa, tomar um longo banho e tomar café descente do tipo que não sai de uma maquina velha no corredor da escola. Aparentemente não eram os planos para aquela tarde.
Luigi havia parado o carro em uma ruazinha suja e escondida no fundo da cidade, perto do píer. O cheiro dali não era muito agradável, principalmente perto da água.
Até o mar daqui é estragado. Ela pensou.
Eles estavam estacionados entre dois prédios de tijolinhos laranja que pareciam mais velhos do que os avós de Luna. Já faziam quinze minutos que haviam parado e Luigi não desgrudava o olho do celular.
- Que tipo de problema vai nos meter agora? – Ele perguntou. Luigi finalmente olhou para longe do celular, diretamente nos olhos dela.
- Considerando que ainda são quatro horas da tarde, eu vou tentar me conter.
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A Filha da Máfia
Teen FictionCinco. Luna havia sido expulsa de cinco escolas, só nesse ano. Talvez possa ser um mal sinal quando uma adolescente é expulsa por bater, xingar e machucar MUITO seus colegas, mas não quando essa violência é estimulada em casa. Luna Cornacchini nasce...