Averiguar o caso

246 14 4
                                    

• POV Melanie •

Assim que eu abri o envelope e li, queria gritar um palavrão bem alto e encher meu chefe de porrada.
Puta que pariu! – os meninos olharam pra minha cara sem entender muita coisa.
Leiam isso, olha essa porra! – entreguei o envelope nas mãos deles e os mesmos arregalaram os olhos.
Mas, Melanie, a gente não tem cacife pra se envolver com esse tipo de coisa. – Felipe me alertou, suspirando pesadamente.
E você acha que eu não sei, retardado? Se envolver com esse tipo de coisa é cavar a sua própria cova, mas isso eu te garanto: não sou eu que vou morrer no final. – Disse para eles, que deram risada e concordaram.
Nem a gente! – disseram rindo. Para ser mais exata, eu amava aqueles meninos, eram meus irmãos que eu nunca tive.
O trabalho nos chama, mariquinhas. Vamos averiguar o caso e tentar nos infiltrar para descobrirmos um pouco mais sobre esse império. – disse para os meninos, que concordaram. Eu sentia medo, eu era humana, sentia receio de entrar nesse caso extremamente perigoso e não sair ilesa, de perder um dos meus irmãos.
Vou ler a ficha pra vocês, entendido? – perguntei.
Entendido. Prossiga. – João e Felipe assentiram.
A ficha dele é muito estreita, não tem quase nada aqui. Mas, informando vocês, o nome dele é Chay Suede, dono de uma grande empresa que faz lavagem de dinheiro e dono de um grande império. Não descobriram sua face, nem quantos anos ele tem, mas sabemos que esse filho da puta está por trás de muitos assassinatos, por causa de dinheiro, óbvio. E, é só isso que informa aqui. – Falei para os meninos.
Caralho, é como querer pegar o vento. – João disse impressionado.
Vento? É como querer pegar um furacão das piores categorias. Esse homem é o Deus da máfia brasileira. – Felipe disse.
Então, prazer, eu sou o demônio! – Disse rindo.

POV Chay

Eu a vi entrando na sala, Lua, mas eu a chamava de Lulis, minha assistente e parceira fiel. Não tínhamos um relacionamento sério, mas sempre estávamos transando pela casa.
Más notícias! – ela adentrou na sala com uma cara de preocupação.
Quanta novidade. O que aconteceu? – perguntei já ficando irritado. Odiava esse clima de suspense.
Seu nome foi parar no departamento da polícia federal de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Paulo. – ela suspirou.
Foda, mais um problema! – ela terminou.
Que grande problema! – ironizei, soltando uma gargalhada. Mandem um beijo e um sincero vai tomar no cu pra todos eles. Nunca conseguirão me pegar, ou eu não me chamo Chay Suede. Agora, seja uma secretária boazinha e vá chamar o Arthur e o Micael pra mim, preciso conversar com eles. – pedi esse favor pra ela e a mesma saiu da minha sala.
Gostosa do caralho! – disse quando a porta se fechou.

Quando o poder sobe à menteOnde histórias criam vida. Descubra agora