Capítulo Dois

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Ariella Marin.

Depois daquela noite eu fiquei um tempo sem te ver. Eu até perdi a esperança de que um dia eu te encontraria novamente, mas uma semana depois, você apareceu na minha escola. Eu não sei se era um acaso do destino, mas você estava lá, com suas roupas estranhas e o jeito badboy que só você conseguia ter. Você tirou um cigarro do bolso e o fumou da forma mais sexy que eu já vira. Você transformou algo tão banal quanto fumar um cigarro na obra de arte mais bonita que alguém poderia pintar.

Ao longo da minha vida eu conheci diversos homens com o seu mesmo estilo: cafajestes, tatuados, bonitos e os quais levavam qualquer garota para a cama, mas nenhum deles chegava aos seus pés. Nenhum deles tinham o jeito galanteador e perigoso de ser. Você me atraiu no momento em que eu pus meus olhos em você e ninguém mais conseguiu fazer isso.

Eu não sabia o real motivo de você estar ali, era o último dia do ano, e eu fui pegar meu histórico escolar para levar na faculdade. Passei por você, mas novamente você não me viu. Eu me perguntava se eu era invisível aos seus olhos, mas quando eu estava saindo da sala da diretora, vocês me provou que eu não era.

Eu te encarei, Andrew, com tamanha intensidade que fez com que você me retribuísse o olhar. Meu mundo parou por alguns segundos, senti todo o meu corpo enrijecer e parecia que não havia mais ninguém a nossa volta. Até hoje eu não sei explicar o que aconteceu aquele dia.

Você veio até mim e eu segui os passos até você, como se fôssemos um imã. Parei em sua frente, mas estávamos sem palavras. Não sei se aquele dia você sentiu por mim a mesma coisa que eu senti por você, mas eu queria descobrir. Aliás, eu queria descobrir tudo sobre você.

— Andrew Ackles. — você estendeu sua mão e eu no impulso, a peguei. Meu corpo se eletrizou por completo ao sentir seu toque.

O que você estava fazendo comigo, Ackles? Eu mal te conhecia, mas queria aprender tudo sobre você. Queria saber até o que você havia almoçado aquele dia.

Eu queria te dizer meu nome, mas nada saía da minha boca, até que eu disse a frase mais ridícula que eu encontrei naquele momento:

— Suas roupas são estranhas. — você me lançou um sorriso divertido e eu podia jurar que meu mundo havia caído e se levantado de uma vez só quando vi você sorrir.

Mas como uma chuva em dia de verão, o seu sorriso se foi rapidamente. Você não costumava sorrir muito, Andrew. Aliás, as únicas pessoas que te faziam dar uma risada sincera éramos eu e seus amigos, dos quais eu fiquei muito amiga depois que começamos a nos relacionar.

Eu pensei em te dizer mais alguma coisa e sei que você também pensou, mas não tivemos tempo. Uma loira se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido. Nós dois saímos do transe que nos mantinham olhando um para o outro piscando raras vezes e você se foi. Eu acho que você não queria ir, Andrew.

Você quis relutar e ficar, mas ela começou a andar e te puxar junto e você cedeu. Você cedeu e foi para qualquer lugar em que ela estivesse te levando.

E naquele momento eu encarei os fatos: não iria dar certo.

E não deu.

A Teoria do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora