Capítulos Três

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Ariella Marin.

Depois daquele dia eu fui para casa. Eu entrei em meu pequeno apartamento, no qual eu morava com minha mãe e meu irmão mais novo e fui direto para meu quarto. Não conversei com ninguém, eu não tinha o que falar. Estava com vergonha de mim mesma pela pequena conversa que tivemos mais cedo.

"Suas roupas são estranhas." Que tipo de pessoa fala isso para  aquele que está tentando conquistar? Eu me odiei aquele dia, Andrew.

Inclusive, você fez com que eu me odiasse muitas vezes. Você fazia com que eu partisse do nível mais extremo do amor ao nível mais extremo do ódio e infelizmente esse era um dos motivos pelo o qual eu te amei.

Você era tudo ou nada. Ou me fazia extremamente feliz ou me deixava extremamente triste. Ou estávamos no paraíso ou em um inferno terrível. Nosso relacionamento foi como o dia mais lindo no céu e o mais dolorido no inferno.

Eu queria entender o que nós tínhamos, mas sempre foi em vão. Aliás, por mais que eu me esforçasse todos os dias para entender você, eu nunca consegui e infelizmente esse era um dos motivos pelo qual eu te odiei.

Naquele mesmo dia, minhas amigas foram me visitar. Havíamos combinado de fazer uma festa do pijama e eu estava animada. Nós passamos a noite inteira conversando sobre assuntos aleatórios, mas um especificamente surgiu, que não me deixou muito alegre.

— Você falou com o Andrew aquele dia? — Antonella perguntou.

— Não, Ella. Você se jogou no colo do amigo estranho dele e eu fiquei ali parada, igual uma pateta. Quando percebi que não iria dar em nada, eu fui embora. — dei de ombros.

— Você perdeu a oportunidade de ficar com Andrew Ackles? O homem mais gato da Seattle University? — Brígida disse e eu me engasguei com o salgadinho. Aquelas palavras me coagiram.

Eu quase morri engasgada por saber que você estudava na faculdade que eu iria cursar arquitetura. Eu não queria te ver mais, Ackles. Tampouco todos os dias.

— Ele estuda lá?! — minhas palavras saíram mais desesperadas do que eu queria demonstrar.

— Sim, Ariella. Algum problema? — Doralice se pronunciou.

— Não, nenhum.

Mas de fato havia um problema. Você.

Você sempre foi um problema em minha vida, Andrew. Aliás, desde que eu te conheci eu soube que você era encrenca, mas eu quis... eu quis ter aquela encrenca em minha vida. Você era o problema que eu fazia questão de ter, mesmo sem saber solucionar. E aos poucos você foi se tornando a corda bamba em que eu aprendi a andar.

A Teoria do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora