Capítulo Seis

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Ariella Marin.

— Você precisa me ouvir, Ariella. — você dizia, enquanto me perseguia pelo campus. E estava sendo assim desde que eu havia colocado meus pés naquela faculdade.

— Eu não preciso e não quero. — eu falei com certa frieza, deixando você frustrado.

— Por favor... — sua voz era de uma completa súplica.

Suspirei e parei de andar. Eu te encarei e você abriu um pequeno sorriso por saber que tinha me convencido e começou a se explicar.

— Eu estava observando vocês a muito tempo, e eu percebi o quanto ele parecia estar desesperado. Desespero leva à
imperfeição e eu sabia que a qualquer momento ele podia te fazer mal. Eu não podia deixar, Ariella. Eu simplesmente não podia deixar... — seus olhos demonstravam sua terna sinceridade.

— Por que não? — perguntei. Você olhou para o chão e depois para mim novamente. Parecia que estava pensando no que dizer. — Aliás, por que você está sempre atrás de mim, Bieber? Por quê?

— Porque eu te quero! Te quero inteira, sem marcas, sem arranhões... Eu não posso te ter sabendo que um dia deixei alguém te fazer mal.

— Você não pode me ter, Ackles. A sua frase deveria acabar nisso.

Você sorriu.

— Não tente negar que me quer, Marin.

— Eu não quero. — eu estava tentando provar aquilo mais para mim do que para você. E você sabia disso.

— Prove.

— Como assim? — eu estava confusa e ansiosa para saber o que você queria de mim.

— Saia comigo. Vamos jantar amanhã a noite. — eu dei um meio sorriso.

— O que isso tem a ver com eu te querer ou não? — arqueei uma de minhas sobrancelhas.

Você me encarou com um sorriso de lado. Colocou as mãos no bolso da calça e tirou seu maço de cigarros de lá. Tirou um, o colocando entre os dedos e acendendo o mesmo. Aquilo era tão sexy que eu quase te agarrei naquele mesmo momento.

— No final da noite, se nos beijarmos, é porque você me quer. Se não, eu vou saber que você realmente não quer nada comigo e te deixarei em paz. — era realmente uma boa proposta.

Mas como eu poderia provar que não te queria e, principalmente, como eu poderia passar uma noite inteira sem te beijar se eu estava a poucos minutos ao seu lado e queria sentir sua boca mais do que qualquer coisa no mundo?

— Não.

— Por que não? — você estava se divertindo com a situação e eu odiava isso. Eu queria tirar seu sorrisinho convencido na marra.

— Porque eu não tenho que te provar nada. — respondi, simplesmente.

— É por isso mesmo ou é por quê você tem medo de ceder aos meus encantos? — você me desafiou, e ninguém me desafia sem que eu possa provar que eu vou ganhar o jogo.

— Me pegue às oito. — você sorriu e eu me afastei.

— Como eu vou saber onde você mora? — eu te olhei novamente. Dei de ombros.

— Você não sabe tudo sobre todas as calouras? Então descubra. — pisquei para você.

E eu te deixei ali, com um sorriso vencedor no rosto.

E no outro dia você realmente me buscou às oito.

A Teoria do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora