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Depois da 'saideira', nos concentramos na casa da Gaby, vimos alguns filmes e dormimos lá.

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Acordo com barulho de alguma coisa quebrando.

Olho para o relógio, onde marca 05:46. Só tinha passado 1 hora desde que dormimos.

Resolvi ir até a cozinha, de onde vinha o barulho.

— Oi? – falo baixo.

Sem resposta.

— Tem alguém aí? – falo aumentando o tom da minha voz.

— Oi. – Matthew sussurra.

— O que você está fazendo aqui? – falo um pouco alto demais.

— Shh, fala baixo. – ele diz colocando o indicador na minha boca. – Eu não tava conseguindo pegar no sono, então eu vim aqui pegar água, só que como está escuro, como você pode ver, eu acabei deixando o copo cair.

— Entendi. Fecha a porta pra gente poder acender a luz.

— Beleza. – ele vai até a porta e fecha a mesma. — Você tá descalça.

— O que tem?

— Vai se cortar. – olho para ele.

— Você também tá.

— Não me importo. – ele dá de ombros.

— Também não.

— Mas eu não vou deixar você limpar esses cacos descalça.

— Você manda em mim?

Nós estávamos nos olhando fixamente.

— Não, mas não quero que se machuque. – ele desvia o olhar. – Que pijama é esse?

— O meu, ué.

— Muito curto. – sorrio.

— Mas ninguém vai ver.

— Eu tô vendo.

— Você não conta.

— Por que não?

— Você tá sem camisa. – digo ignorando a sua pergunta.

— Você não me respondeu.

— Em que?

— Por que eu não conto? – ele se aproxima.

— Han? – sorrio e ele retribui o sorriso.

Ele me pega no colo e me põe sentada no balcão.

Quando percebo nossos lábios já estão colados.

Ele passa a mão pelas minhas costas e eu acaricio sua nuca.

O seu beijo era calmo, mas cheio de desejo, como se desejasse aquilo a tempo, sabe!?

Enquanto ele segura na minha cintura eu entrelaço meus dedos em seu cabelo e o envolvo com minhas pernas ao redor de seu quadril.

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— Bom dia, flor do dia.

Acordo com Gaby me dizendo esse lindo 'bom dia'.

— Bom dia. – falo com sonolência na voz. – São que horas?

— 10:37. – Matthew responde. – Já está na hora de levantar.

Cubro meu rosto com o edredom.

— Nem vem. – Gaby pula em cima de mim. – A gente vai pra piscina. Vai ficar deitada aí?

— Vou. – respondo.

— Ok. Qualquer coisa só pegar o biquíni no meu armário. – ela diz.

— Beleza. – me viro para tentar voltar a dormir.

Logo que eles saem eu fico 5min pensando em paranoias e decido levantar.

Subo, faço minhas higienes e coloco um dos biquínis da Gaby. Mais especificamente um que pareça ser o mais novo, pego um short e desço.

— Olha quem chegou. – falo em um tom mais alto que o normal.

— FINALMENTE. – Gaby grita e sai da piscina. – Tenho que te contar umas coisas. – ela me puxa para um canto.

— Diga.

— Então... Ontem, ou hoje, sei lá, enquanto dormíamos, Rafael começou a me agarrar e passar a mão na minha bunda...

— E?

— Deixa eu falar, cacete. – apenas assinto. – Então.. Eu deixei no início, mas depois eu percebi que ele queria coisas a mais e com vocês ali do lado jamais que eu transaria com o garoto. – rio mas logo paro quando vejo uma expressão séria em seu rosto. – Você acha que ele quer algo sério ou é só curtição?

— Olha, Gaby, sinceramente eu não sei.

— Que ajuda.

— Ei, calma. Pensa comigo. Que tal você esperar mais um pouco? Ver o que ele realmente quer. Ver o que você realmente quer. Você já sabe se quer já se comprometer?

Os meninos nos chamam e vamos até eles, os mesmos disseram que querem uma coisa mais abrasileirada. Churrasco. Então os pais da Gaby se ofereceram para comprar carne e nós aceitamos. Eles não deixaram nós bebermos então compraram apenas alguns Ice's.

Os meninos ficaram tomando conta da churrasqueira e depois voltamos a piscina.

— Já percebeu o sem noção que não para de te olhar? – Gaby sussurra.

— Han? Matthew?

— Ele mesmo.

Sorrio.

be alright ❀ m. espinosaOnde histórias criam vida. Descubra agora