Capítulo 4: A magia é revelada Parte 1: Segredos místicos

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*Narração - Autores*
     Tomando a decisão de manter as coisas escondidas de seus três alunos, para tentar protegê-los por mais tempo, Ashton decide apenas ignorar a pergunta de Kamdor, pronto para responder apenas dizendo que era hora de ir embora, quando ouviram a voz de Dacre chamando por eles, enquanto era seguido por Kayra.
     - E aí, pessoal? Como vocês estão? Espero que bem. - ele chegou com seu jeito animado, que costumava usar, mas no fundo não sabia exatamente como agir. Kamdor percebeu a garota que o seguia, assim como Luxor.
     - O'Connor. - Kamdor a cumprimentou de maneira não muito amistosa.
     - Haymond. - ela respondeu, da mesma forma, logo depois olhando para Luxor e fazendo o mesmo, porém chamando-o pelo primeiro nome. - Oi, Luxor. - disse sorrindo.
     - E aí, Kayra? - ele respondeu, também sorrindo.
     - Ewing! - Dacre exclamou, olhando para sua amiga e os dois jogadores. - Mas pode chamar de Dacre também, não ligo, não.
     - O que vocês querem? - Kamdor o ignorou, usando uma voz que mostrava não estar feliz em encontrá-los.
     - Com essa atitude, acho que você não vai aceitar se eu disser que a gente só veio fazer amizade, não é? - Dacre respondeu.
     - A gente só quer algumas informações, que vocês com certeza podem nos dar. Então para de agir como uma criança birrenta e responde o que a gente precisa saber, pra isso acabar logo, tá legal? - Kayra tomou a frente de Dacre e encarou o capitão dos Bulls.
     - A gente não tem nada pra falar com vocês. - ele respondeu.
     Ashton e Hunter trocaram olhares, sabendo exatamente o que os dois queriam deles e vendo a maneira como eles se rejeitavam, sem nem mesmo dar chances de esclarecerem as coisas.
     - Kamdor. - Hunter o chamou.
     - Agora não, Hunter. - Kamdor respondeu, sem olhar para trás, onde o garoto o chamava. - É melhor vocês darem o fora daqui. A gente não tá afim de confusão.
     - Sério? Porque não é o que tá parecendo. - Dacre o desafiou. - Tá se achando o maioral, né, jogadorzinho?
     - Gente, qual é? Não precisa disso. - Luxor falou, tentando ficar entre eles, mas acabou falhando.
     - Eu não tô me achando nada, mas tenho certeza de que se eu tiver que provar que posso quebrar a sua cara, eu não vou hesitar por um segundo. Então é melhor você abaixar a bola e fazer o que eu tô falando. - Kamdor disse, se aproximando dele e o encarando, fazendo Luxor, que tentava impedi-lo de se aproximar do outro garoto, ser empurrado para o lado.
     - Kamdor... - Hunter chamou pela segunda vez, sendo ignorado.
     - Essa eu vou pagar pra ver. - Dacre respondeu, se aproximando de Kamdor.
     - Para com isso, Dac. Não vale a pena. - Kayra disse ao amigo, puxando-o para trás, pelo braço.
     - Diz isso pro esquentadinho aí. - ele a respondeu.
     - Parem com isso. - foi a vez de Luxor falar. - Com tanta coisa estranha que aconteceu aqui vocês vão deixar uma rivalidade besta, de time de escola, falar mais alto?
     - Concordo com o Luxor. - Kayra disse.
     - Eu não ligo pra essa estupidez de futebol, você sabe disso. - Dacre se virou para sua amiga. - Esse idiota que começou. - apontou.
     - Para com isso, tá parecendo uma criança. - ela respondeu.
     - Eu vou te mostrar quem é o idiota. - Kamdor anunciou e partiu para cima de Dacre, porém foi logo interrompido por uma voz, chamando seu nome.
     - Kamdor! - Hunter gritou, recebendo atenção do garoto.
     - O que?! - Kamdor gritou de volta.
     - São eles. - Hunter finalmente pode dizer o que queria. - Água e ar. Olha o pescoço dele.
     Kamdor fez o que Hunter disse, meio confuso, até que viu o triângulo apontando para baixo no pescoço de Dacre. Sua reação foi deixar o queixo cair, por não ter percebido antes. Luxor fez o mesmo. Dacre olhou para eles de forma estranha e, sem saber o porque, tampou sua marca, ficando com uma feição engraçada, aos olhos de Kayra. Hunter decidiu mostrar sua própria, abaixando a gola de sua camiseta. Vendo sua ação, Dacre tampou os olhos de Kayra, que pode ver, por segundos, a marca do garoto. Ela deu uma cotovelada nas costelas de seu amigo, que se contorceu de dor, liberando seus olhos.
     Logo depois Luxor girou o punho, para que pudessem ver a marca dele. Kamdor, apesar de tudo, resolveu virar o rosto e revelar a marca atrás de sua orelha. Surpresa com aquilo, Kayra apenas pôde pensar em puxar um pouco o top de torcida para revelar sua marca, ficando de costas para eles. Dacre apenas olhava com os olhos arregalados, sem saber o que dizer ou como agir.
     - O que significa tudo isso? - ela perguntou, ao ficar de frente para eles novamente.
     - Acho que ele é a melhor pessoa pra explicar isso. - Hunter disse, virando na direção de Ashton, que recebeu a atenção de todos.
     Percebendo que seu plano de manter escondido tudo o que deveria falar não poderia prosseguir com aquela situação, Ashton tomou a decisão de dizer tudo o que fosse necessário naquele momento. Suspirando ele abaixou a cabeça, levando as mãos à cintura, ficando assim por algum tempo. Quando voltou a olhar para eles, ergueu sua mão na mesma direção. O vento começou a soprar forte e a rodar em volta do pequeno grupo. Os adolescentes ficaram assustados. Hunter imaginou que Ashton estivesse tentando se livrar deles, para que não precisasse dar satisfações sobre nada, então começou a recitar um feitiço de proteção, que mesmo não sendo terminado, foi quebrado pelo professor, em questão de milésimos. Uma camada branca, formada pelo vento, começou a se formar em volta deles e, quando perceberam, seus pés saíram do chão por instantes e logo em seguida estavam no chão.
     Todos, com exceção de Hunter e Ashton, caíram no chão. Quando olharam em volta perceberam que não estavam mais no estacionamento da US, mas sim no meio de uma floresta desconhecida. Ashton abaixou o braço e começou a andar, deixando-os um pouco para trás. Dacre ajudou Kayra a levantar, assim como Kamdor fez com Luxor. Hunter apenas olhava na direção em que seu professor de história havia ido, enquanto o quarteto olhava em volta. Nada daquilo parecia familiar, nem mesmo real. Por que disso? Achando que estavam mais loucos do que podiam estar, eles puderam ver criaturas que deduziram serem fadas voando ali perto, assim como pequenos dragões voando sobre suas cabeças. Tudo aquilo parecia encantado.
     - Tá bem... Onde que a gente tá? - Kamdor perguntou.
     - Eu não faço a menor ideia. - Hunter respondeu.
     Como num passe de mágica, suas marcas começaram a queimar novamente, porém era uma dor insuportável desta vez. Não aguentando aquilo eles caíram sobre seus joelhos, com feições que comprovavam o quão forte aquela sensação de dor era. Suas marcas e seus olhos brilhavam intensamente. Todos podiam perceber o brilho vindo dos olhos de cada um. Flashs daquela floresta vinham em suas mentes, assim como um caminho que levava até uma cabana de estilo medieval. E então, quando já estavam deitados no chão, após se contorcerem de dor, tudo aquilo acabou, assim como a luz se apaga quando é desligado o interruptor. Ashton apareceu logo em seguida, os encontrando caídos, olhando uns para os outros, com feições de choque no rosto.
     - O que vocês estão fazendo aí parados? - ele perguntou simplesmente. - Vão me seguir pra conseguir respostas ou não? - e então começou a voltar pelo caminho de onde veio.
     Todos se entre olharam, até que Luxor deu de ombros e começou a segui-lo. Hunter foi logo atrás, deixando mais atrás Kamdor, Dacre e Kayra. Não demoraram para perceber que o caminho pelo qual estavam seguindo seu professor era o mesmo que estava nas visões que tiveram há pouco. Durante o caminho puderam ver vários tipos de criaturas místicas que normalmente são encontradas em livros de contos de fadas. Momentos depois eles estavam de frente a mesma cabana, de estilo medieval, que viram no momento de tortura. Ashton entrou, deixando-os do lado de fora, enquanto esperava que seus alunos o seguisse. Os cinco pararam do lado de fora, hesitando em seguir o homem mais velho.
     - É sério mesmo que vai ficar aí fora com caras de tontos? - ele perguntou, colocando a cabeça para fora.
     - Você quer mesmo que a gente entre numa cabana, no meio do mato, com você, depois de ter trazido a gente pra cá sem nosso consentimento? - Dacre perguntou.
     - Tudo bem. Como quiserem. Podem ficar a vontade e virar lanche de dragões. - saindo completamente da cabana, cruzando os braços sobre o peito.
     - Tá falando daquelas coisinhas que a gente viu pelo caminho? - Kamdor perguntou.
     - Não. - Ashton respondeu de maneira simples. Foi então que um enorme dragão passou voando sobre onde estavam, projetando uma enorme sombra sobre o local, produzindo uma rajada de vento poderosa. - Tô falando desses aí. - ele disse, apontando pra cima, com um sorriso enorme.
     Com aquele argumento não havia debate a ser feito. Eles praticamente correram para dentro, quase que passando por cima de Ashton. Lá dentro perceberam que o local não era exatamente como se esperava, dentro de uma cabana. De alguma forma, estranha, aquilo era bem semelhante a uma caverna e muito maior do que a cabana aparentava ser. Todos olhavam ao redor, vendo potes de vidro, que continham coisas variadas em cada um deles, desde líquidos coloridos a materiais que eles julgavam serem estranhos para uma pessoa guardar em potes. No centro havia uma grande mesa redonda, que parecia emergir do chão, como se fosse uma grande rocha esculpida. Nela haviam os símbolos, que cada um carregava em seus corpos e ao centro algo que se parecia ser um globo, ou só metade de um, onde apenas uma fumaça branca rondava o interior. Nas extremidades da "sala" haviam o que poderiam chamar de bancadas, dispostas ali . Tudo era incrível e estranho ao mesmo tempo. Ashton se posicionou atrás da mesa, todos os olhares se voltaram para ele. Imaginavam que ele começaria a explicar o que queriam.
     - E então? - ele perguntou.
     - Acho que é você quem tem que falar algo. - Kamdor respondeu.
     - O que exatamente vocês querem saber?
     - Você tá brincando? - Dacre perguntou abismado. - Cara, tem dragões voando lá fora, a gente entrou em uma cabana, no meio de uma... sei lá, floresta encantada, que por dentro é uma caverna gigante, a gente foi atacado por um louco mascarado, temos poderes, nossos olhos brilharam, nossas marcas de nascença são praticamente iguais, com exceção da do jogador aqui... E você ainda quer que a gente diga o que exatamente a gente quer saber?
     - Queremos respostas pra tudo de estranho que aconteceu hoje. - Kayra afirmou.
     - Por favor, senhor Hamilton. Precisamos saber o que significa tudo isso, ou eu vou acabar tendo um treco. - Luxor se pronunciou.
     Ashton riu levemente da sinceridade do garoto. Ele olhou para Hunter, que permanecia calado desde que entraram. Aguardou um pouco mais, esperando que dissesse algo, mas não conseguiu nada.
     - E você? - perguntou.
     - Tudo o que preciso saber tenho aqui. - Hunter levantou o pergaminho.
     - Então você sabe por que eu escolhi dar o pergaminho pra você, enquanto ainda existem outros Voltors descendentes de dominadores da terra? - Ashton perguntou, recebendo o silêncio como resposta. Ele sorriu. - Tudo bem, então vamos ao que interessa.
     Todos olharam fixamente para ele, que andou pela sala, dando a volta por trás da mesa, se apoiando contra ela e olhando diretamente para o globo que ficava ali. Ele estendeu a mão sobre o objeto.
     - Praeteritum revelabitur et occultum mysticum evigilabunt. - ele conjurou, fazendo com que a fumaça branca, dentro do globo, começasse a girar, revelando imagens do passado. - Há centenas de anos, existiu um clã chamado Voltor, o qual todos nós descendemos. Vivíamos em aldeias, onde praticávamos nossas magias com liberdade e harmonia. Mas sempre existe aquele que deseja mais. Dominador da luz, Saxer queria mais poder do que poderia ter um dia. Foi então que o caos começou. - então o globo se escureceu e num tipo de explosão, voltou a mostrar imagens dos Voltors e de boa parte da humanidade, fora do reino místico, sofrendo pela ira de Saxer. - Sua luz se transformou em trevas, escuridão. Ele dominou todos os feitiços proibidos pelos anciões e começou sua caçada por medo de inocentes. Mas principalmente por almas, que fortaleciam seus poderes e transformava em soldados, que aterrorizavam a população. Saxer formou um exército com sete generais ao seu lado, que se alto denominam como Sinners. Seus poderes são alimentados pelos conhecidos sete pecados capitais. - a imagem deles foi mostrada. Todos olhavam atentamente as imagens, chocados com o que viam. - Cinco guerreiros, que costumavam ser próximos de Saxer, se uniram para derrotá-los, assim subjugando os Sinners a viverem no vazio pela eternidade, enquanto Saxer continuou a enfrentá-los sozinho. Esses cinco dominavam os mesmos elementos que vocês. Terra, - ele olhou para Hunter - água, - olhou para Dacre - ar, - para Kayra - fogo, - para Luxor - e, aquele que pode dominar todos os elementos, o herdeiro. - finalizou olhando para Kamdor - Juntos eles lutaram até o fim de suas forças pra impedir que Saxer se saísse vitorioso. Foi então que lançaram o feitiço de aprisionamento em Saxer, o sentenciando a vagar pelo vazio por eras. Mas ele conseguiu diminuir seu tempo de estada e sua prisão foi reduzida a quinhentos anos. Sem saídas, Galleon, o herdeiro daquela época, lançou a seguinte profecia: "O tempo se separará, se dividirá e se aperfeiçoará. Se erguerão grandes civilizações e, assim, no primeiro dia, do sexto mês, em 500 anos, nascerá o herdeiro. Aquele com a habilidade de controlar todos os elementos, e com ele nascerá outro, que o colocará a prova, testando seus maiores medos e pavores. No mesmo dia Saxer se libertará, e assim a humanidade terá quem a defenda do conquistador.".Logo após proferir essas palavras Galleon deixou que a morte o levasse. E agora a profecia está se realizando. Vocês são os descendentes de cada um daqueles guerreiros, tendo seus poderes místicos como herança de séculos atrás.
     Nenhum deles tinha palavras a serem ditas no momento, apenas olhavam abismados para Ashton, que esperava qualquer reação dos garotos. Tiveram tempo para tomar um ar e tentar processar o que acabou de ser dito.
     - Isso... isso é loucura... Quer dizer... - Kamdor começou a dizer, sendo incapaz de terminar. - Eu não sei nem o que dizer. - disse passando a mão em seu cabelo.
     - E por que nossas marcas queimavam daquele jeito? Porque nossos olhos brilharam em cores diferentes? - Luxor questionou, os outros concordaram com a cabeça.
     - Durante toda a vida de vocês, até agora, é normal vocês terem algumas reações místicas, com isso me refiro a usarem sua magia de forma indireta, sem que percebam que estejam fazendo isso. É uma maneira de seus poderes sinalizarem que estão despertando. Quando atingem 16 anos de idade eles se despertam completamente e vocês podem ter um domínio maior sobre ele. As marcas terem essas reações é um efeito colateral do despertar místico dentro de vocês, assim como os seus olhos brilharem intensamente, como aconteceu. Isso também ajuda a vocês se identificarem entre os não místicos. Quando tiveram contato com outro Voltor escolhido vocês se conectaram, então a reação era esperada. - Ashton olhou para Hunter. - Não tinha nada disso no seu pergaminho, não é? - ele sorriu. Hunter apenas revirou os olhos.
     - Mas eu não tive contato com nenhum deles. - Luxor observou.
     - Mas esteve em contato com a energia mística que emanou deles. - o professor explicou.
     - E por que só ele recebeu o pergaminho? - Kayra questionou.
     - Depois de uma tentativa de entregar um dos pergaminhos, não pude correr o risco de deixar que os outros pergaminhos caíssem em mãos erradas. Por isso Hunter foi o único a receber. Foi o primeiro, de vocês, que eu encontrei. - Ashton explicou.
     - E os nossos? - Dacre perguntou. Ashton suspirou.
     - Sentem-se nos lugares onde estão seus símbolos místicos. - Ashton apontou para a mesa, indo até Hunter, estendendo a mão para ele. - O pergaminho. - relutante, Hunter fez o que foi dito, entregando seu pergaminho a ele.
     Ashton o abriu e colocou sobre o símbolo da terra, na mesa, deixando que Hunter sentasse ali. Quando o garoto o fez, o pergaminho, seus olhos e sua marca brilharam por um instante e pararam logo em seguida. Todos olhavam espantados.
     - Com toda essa situação que tá acontecendo, não vou mais poder esconder isso de vocês. - Ashton disse, caminhando até o outro lado da mesa, ficando entre Kamdor e Kayra. - Durante todo esse tempo escondi tudo na tentativa de protegê-los, mas agora é a hora de todos saberem o destino que foi guardado pra vocês por séculos. Vocês foram os escolhidos de cada um dos corajosos guerreiros que enfrentaram Saxer. O destino de vocês é finalizar o que eles começaram. - ele disse diretamente. - E pra isso todos precisam aprender e aperfeiçoar seus feitiços.
     Foi então que os pergaminhos restantes surgiram dos símbolos da mesa, estando abertos, assim como o de Hunter. Quando pararam de brilhar, os garotos não tiveram tempo de respirar direito, pois todos tiveram as mesmas reações de novo, seguida pela visão dos guerreiros lutando contra Saxer. Porém, desta vez, as reações e visões foram mais intensas, puderam ver com mais detalhes, principalmente os rostos de cada um dos guerreiros a quem descendiam. Logo as visões chegaram ao fim. Eles voltaram a realidade com a respiração pesada e olhares assustados.
     - Vocês assumirão o lugar deles agora. Apenas recitem o feitiço em seus pergaminhos.
     - Transformatio occultus mysticam membrana release. - todos disseram em uníssono.
     E então seus pergaminhos se transformaram em um aparelho estranho para eles. Cada um continha seu símbolo gravado dele. Lembravam a celulares antigos.
     - Esses são seus morfadores místicos. Com eles vocês terão um poder aumentado, algo que pode fortalecê-los ainda mais, do que quando estiverem em sua forma normal. Basta dizer o que está na tela de seus morfadores e vocês desbloquearão esse "Power Up". - Ashton orientou.
     - Mas... e todos os feitiços que tavam no pergaminho? - Hunter perguntou apressado - Eu não tive tempo de praticar todos.
     - Todos os feitiços estão aí dentro, eles não deixaram de ser os pergaminhos, só estão mais atualizados... - respondeu - E estilosos. - completou. - Apenas pensem na ocasião e no tipo de feitiço que gostariam de fazer e o cântico aparecerá na tela.
     - E pra que vamos usar isso? Não é só prender esse tal de Saxer no nada, que nem aquele cara fez? - Kamdor perguntou.
     - Aquele cara, seu ancestral, se chamava Galleon e você não estaria aqui se não fosse por ele. - Ashton disse um pouco irritado. - E não é tão simples assim. Saxer não vai permitir que aquilo aconteça facilmente outra vez. Ele com certeza vai estar preparado. Além disso, seus morfadores funcionam como varinhas, então quando não estiverem em sua forma Ranger, poderão usá-los para ampliar seus poderes.
     - Forma Ranger? - Luxor perguntou.
     - Sim, vocês serão conhecidos como os Power Rangers. Heróis conhecidos por décadas.
     - Então quer dizer que cada um de nos já tava predestinado a se tornar um... Power Ranger, por causa de cada um daqueles guerreiros que vimos? - Hunter questionou, se lembrando do que seu professor havia dito antes de contar tudo.
     - Exatamente. - ele respondeu simplesmente.
     - Então você não escolheu nenhum de nós? - o garoto questionou novamente.
     - Não. - Ashton respondeu sorrindo. - Na verdade, apenas um de vocês. Os outros foram escolhas dos outros guerreiros. - explicou - Então estão respondidas todas as perguntas. - Dacre levantou a mão - Sim?
     - Você disse que os poderes despertam completamente aos 16, né? - ele recebeu o aceno positivo de Ashton - Mas eu tenho 17 e só percebi isso hoje.
     - Espera... O que? - o homem mais velho estava surpreso. - Você não notou nada de estranho acontecendo durante esse um ano que se passou? - Dacre balançou a cabeça negativamente. - Como?
     - Sei lá! - Dacre exclamou, dando de ombros.
     - Você tem um grande problema de falta de atenção. - Ashton murmurou. - Parece que isso é tudo.
     - Espera! - Kayra se pronunciou, ela estava de cabeça baixa, parecia pensativa. Então ela se levantou e deu alguns passos para longe da mesa, permanecendo de costas para todos. - Nas visões que tivemos... Podíamos ver claramente cinco guerreiros enfrentando Saxer, mas não conseguíamos ver seus rostos. - então ela se virou para encará-lo. - Mas agora pudemos ver o rosto de quem era o guerreiro que dominava nossos elementos.
     - Sim. - Ashton disse.
     - Eu vi você. - Kayra disse com a voz firme. Ashton sorriu, olhando para o chão e depois para ela. Ele balançou a cabeça.
     - Sim, você tem razão. Eu era um dos cinco guerreiros que lutou contra Saxer, há quinhentos anos atrás. - ele se afastou da mesa, levantando um pouco de sua camiseta para mostar sua marca do ar, que ficava um pouco acima de sua pelve, do lado direito.
     - Foi por isso que você disse nós, enquanto nos contava a história. Porque você tava lá - Hunter observou, recebendo o aceno positivo do ancestral - Como você sobreviveu a todos esses anos? - perguntou.
     - Pra poder impedir Saxer também tive que usar alguns feitiços proibidos. Mas era realmente necessário.
     - Então quer dizer que somos parentes? Que você me escolheu? - a garota perguntou.
     - Não posso dizer que você veio de uma linhagem minha, porque nunca tive filhos, mas veio do meu irmão. Então isso meio que me torna seu tio. E sim, eu a escolhi. - ele sorriu.
     - E quem é você? - Kamdor perguntou.
     - Eu sou Ashmond, um guerreiro Voltor do ar. Lutei ao lado do escolhido Galleon e de nossos companheiros Elliot, Voltor da água, Melchior, Voltor da terra e Daphne, Voltor do fogo, para impedir que o mal derrotasse a humanidade. Agora com meus companheiros em um sono eterno, fiz a promessa de impedir que Saxer seja o dominador de tudo o que tem vida e pra cumprir essa promessa preciso da ajuda de vocês, nossos descendentes.
     Foi nesse momento que um vento estranho soprou dentro da sala, o que era estranho, já que não haviam saídas de ar pra causar um vento como aquele, além do corredor que levava para fora da cabana. Todos tiveram sua atenção voltada para o globo no centro da mesa, para encontrar a imagem de Saxer causando o caos em Uper Side.
     - Chegou a hora de agirem. - Ashton disse.
     A hora, enfim, havia chegado.

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Sentimos muito pela demora da publicação, mas pra se criar uma história requer algum tempo.
Após o terceiro capítulo estar completo entraremos em um pequeno (eu acho) hiatus para a produção e continuação dos próximos capítulos.
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⏰ Última atualização: May 31, 2018 ⏰

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