Por volta das 4:37 da manhã, Jonathan chegou na casa de Jessy. O combinado era esse, já que o bairro de Jessy era simples, mas repleto de fofoqueiros. A chegada durante a madrugada facilitaria a viagem. Eles planejaram por dias os lugares que pretendiam ir, para recomeçar como uma família. Batendo a porta de Jessy, que a abre logo em seguida, é possível visualizar quase tudo dentro da residência. O lugar era simples, um mausoléu em uma vila pouco movimentada. Alguns diriam que é um mar de tráfico e bandidos, mas Jessy tinha seus meios de não ser atingida. A pequena residência de dois quartos, sala e cozinha foi um bom disfarce após os problemas com o ex-marido. Ela nunca disse que sairia da cidade, mas que manter-se-ia longe de seus negócios. Um bom plano, considerando que Jessy não era o tipo de pessoa que fosse lá muito inteligente.
Ao entrar na casa, Jessy recebe Jonathan com alegria.
-Bem na hora, meu amor. - Diz Jessy, totalmente desperta. Era costumeiro ficar acordada durante a madrugada.
-Valerie apareceu no meio da briga. -Ele aponta para a perna enfaixada- Ela me bateu no rosto com uma garrafa. A mesma garrafa que Mercedes usou para me furar, e a maníaca da sua chefe ainda chamou um Uber para mim até a rua próxima do Hospital. E eu fui obrigado a pagar! - Diz Jonathan, Claramente descontente com sua situação.
-Bom, ao menos você conseguiu chegar aqui.
-Quando voltei do hospital, eu tive que ir até a frente da casa de Mercedes. Meu carro ainda estava no pátio, mas foi fácil entrar lá. Nem aquele cachorro fodido me incomodou, e ele late para absolutamente qualquer merda.
-Você está meio boca suja, não acha?-Jessy o senta numa poltrona, próxima ao sofá da sala. Ela já trabalhou muito no salão oval e nas diversas repartições da boate de Valerie. Ela sabia como deixar Jonathan tranquilo. - Talvez seja hora de sujar a minha boca.
Jonathan solta um riso de prazer, ao passo que Jessy abre a cinta de sua calça jeans. Jonathan estava preparado para receber um bom serviço gratuito de Jessy, que ele não via há duas semanas. Jessy começa os movimentos, lentos e precisos, de sua língua. Jessy estava começando a engoli-lo quando o jovem Conrado, de sete anos de idade, aparece na porta da cozinha.
-M-mãe? - Diz Conrado, com uma voz mansa.
-Conhnblafdo?- Diz Jessy, tentando tirar a boca do pênis de Jonathan, olhando assustada para o menino acordado.
-O que a senhora tá fazendo? Tá toda bab- Conrado é interrompido por Jessy.
-Eu não disse para ficar no quarto até a hora de sair?!
-Disse, mas eu precisei fazer xixi.
-Tudo bem. -Jessy olha para Jonathan. Ele estava vermelho de vergonha, olhando para o lado oposto.- Volte ao quarto, meu anjo.
Conrado sai, fechando a porta no fim do corredor. Jonathan está roendo a unha do dedão direito, balançando a perna de nervoso.
-Pestinha empata foda, não é?- Diz Jonathan, de bom humor.
-Sempre aparecendo no momento errado. Puxou ao pai.
-É... Pode-se dizer que puxou, não é?- Jonathan soa orgulhoso.
-Venha. - Jessy aponta a mão para Jonathan- Você precisa de um café. Só vamos sair ao amanhecer, de qualquer jeito. - Diz Jessy, graciosamente.
Apesar de sua insanidade, Jessy era extremamente carinhosa com Jonathan. Ao mesmo tempo que Jonathan e Jessy estão se mantendo tranquilos na noite, Valerie estava recuperando-se do inferno mental que enfrentou há poucas horas atrás. Quando Valerie saiu da mente de Mercedes, mal passou 10 segundos de sua queda até acordar com os latidos do Sr.Morrison. Depois de mergulhar e adormecer na banheira, Valerie visualizou o rio Trindade por alguns momentos. Ele encontra-se de baixo da ponte que liga sua cidade com a cidade vizinha. Por ser um rio de três vertentes, ele tem acesso proibido. Contudo, é comum ver adolescentes, pescadores e traficantes de todos os tipos indo lá vez ou outra. Mas ninguém aparece lá por acaso, ou para algo de bom. Diziam que era um lugar milagroso, que concedia desejos a quem pedisse. Valerie não sabia, mas Jonathan já esteve lá.
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Chluv
FantasyValerie Chluv é uma mulher da vida, não apenas por ser uma ex-prostituta dona de uma boate e casa noturna, mas por conhecer muito sobre o ser humano e sobre si mesma... ou conhecia, até uma noite qualquer em que sua vida recebeu uma bela, mas nem tã...