Capítulo 1

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Dois anos antes

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Dois anos antes.

Ajudei minha mãe a fazer o jantar e logo depois subi para o quarto, era um jantar especial, ela queria comemorar os seis anos de casada com meu pai. Mas naquela noite meu pai não deu as caras em casa, fiquei com a minha mãe no quarto até ela parar de chorar e finalmente ir dormir, ao contrário dela, eu fiquei no sofá da sala esperando meu pai chegar, quando deu seis da manhã o telefone tocou.

Senti meu coração bater mais rápido, eu sabia que era uma má notícia, aquele telefone nunca havia tocando antes. Atendi e fiquei calada por alguns segundos, até que ouvi:

— Alô? Tem alguém aí?! - era a voz de uma mulher, pelo seu tom de voz eu percebi seu nervosismo. - É Rafaela Sanchez?

— Q- Quem tá falando? – senti minha testa começar a soar. — O que você quer?!

— Ah, oi Beatriz... Cadê sua mãe?

— Dormindo. Por quê?

— Beatriz eu sinto muito em lhe dizer isso, mas, seu pai sofreu um acidente ontem a noite. Ele.... Ele não resistiu aos ferimentos, eu sinto muito.

O peso daquela notícia me atingiu em cheio, antes que eu começasse a chorar, minha mãe apareceu no topo da escada e desceu as pressas assim que me viu parada na sala.

— O que aconteceu?! – passou as mão em meu rosto.

Entreguei o telefone para ela e subi para meu quarto correndo. Não fui ao enterro do meu pai, eu não queria ter lembranças dele dentro de um caixão, passei semanas dentro do quarto chorando e sem comer direito, até que em uma manhã de 09 de agosto ela chegou. Tia Maze foi quem alegrou a casa por alguns dias e fez com que eu saísse do quarto, um mês depois ela deixou a máscara cair e se revelou uma pessoa totalmente diferente do que dizia ou demonstrava ser.

Uma certa noite, na hora do jantar ela disse:

— Ele nunca foi o cara certo pra você, Rafaela. Diogo gostava de farra, morreu por dirigir alcoolizado e ainda te deixou sozinha com uma filha pra criar. – virou o copo de suco na boca, e logo depois continuou: - Pelo menos deixou uma boa herança.

— Cala boca! – falei fechando o punho sobre a mesa. — Você nunca trocou uma palavra sequer com meu pai, quem pensa que é pra falar desse jeito dele?!

— Beatriz! – minha mãe me reprendeu, Maze começou a rir. Minha mãe franziu o cenho e perguntou: — Qual é a graça, Maze?

-— Sua filha, sua filha é a graça. Pelo jeito não souberam educar ela também.

Levantei da mesa antes que eu fizesse uma loucura, como jogar o garfo que estava em minha mão nela. Algumas semanas depois minha mãe começou a ficar muito doente, Maze não ajudou em nada, só servia para atacar minha mãe com as palavras, graças a ela minha mãe piorou cada vez mais.

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