Cristiano VIII

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DEZ FRASES DE KURT COBAIN:

"Sim... Espero que tenha um tempo pra mim.

Sim... espero aminha vez.

Sim... eu não vou te decepcionar"

Quando eu acordei, ela me fitava. Estava segurando minha mão com força, o nó de seus dedos estava branco. Eu murmurei um agradecimento, ela pediu silêncio em um gesto.

- você tem que descansar.

- você deve estar muito orgulhosa de mim. Apanhar sem chamar minha mãe.

Ela sorri.

Eu não me lembro de ter dormido de novo, mas aquele sorriso foi tudo que recordei horas depois quando levantei novamente, dessa vez ninguém segurava minha mãe e eu estava mais disposto, levantei-me e me fitei no espelho.

Graças a Deus.

No fim, quem sofreu mais foi o meu estomago, o rosto sofreu apenas uma seria lesão na testa, mas esta o cabelo cobria. Eu ainda era Kurt.

- Você esta ai- era Heloisa. Ela estava com uma camisola de seda e fumava um cigarro. Como uma estrela de Hollywood dos anos sessenta. Eu penso em meu rosto que arde, em meu estomago que parece enrugado e encolhido e desisto de qualquer segunda intenção.

- se aquilo fosse um duelo por você eu teria ganhado.

- se fosse um duelo pela beleza infinita eu teria ganhado- ela sopa fumaça e meus olhos ardem- fique à tarde comigo. Eu posso cuidar de você.

- você precisa é cuidar de si mesma- eu digo, vejo minha jaqueta jeans na cabeceira e apanho. A enfermaria era clara demais e limpa demais. Eu precisava sair dali- eu sei que somos namorados. Mas, eu preciso...

- Você nunca será meu. É dele primeiro. Kurt. Tudo que você diz. Kurt. Tudo o que você pensa. Kurt. Morra por ele! Apanhe por ele! Quem remendou essa sua pele, foi Kurt? Não. Quem beijou essa sua boca? Ah, faça-me o favor.

Percebo que estou na minha segunda discussão por causa do meu ídolo e tento achar uma saída- não. Foi você. Eu estou grato, juro. Mas, quer dormir, ler... Relaxar um pouco. Estar inteiro quando ficar com você.

Ela era louca. Maluca mesmo. Riu alto como se nada tivesse acontecido- eu sei. Eu nunca pensei nada diferente. Me deu um beijo e eu sai de lá com uma pulga atrás do coração.

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Quando eu estava quase caindo no sono, eu tive uma lembrança velha. Eu não pensava nela há anos e talvez se não fosse esse golpe da sonolência, nunca mais lembraria. Meu primeiro beijo. Na época eu era um garoto de treze anos que fora criado pela MTV e possuía tantas camisas xadrez quanto um médico tem jalecos.

Eu recém tinha começado a cantar na rodoviária lá perto de casa. Era como tocar em casa, mas só que com a sensação de humilhação em lente de aumento. Alguns paravam e jogavam pequenos valores. Alguns davam notas de dez e eu sorria com empolgação.

Havia dias bons de cinquenta reais, havia dias ruins de dez. Mas, sempre dava de comprar um hambúrguer e um refrigerante para tomar com os garotos da rua.

Naquele dia, aconteceu algo diferente. Duas garotas pararam enquanto eu tocava, elas deviam ter a minha idade, mas pareciam bem mais velhas. Elas usavam saltos maiores que seus pés- é só por algodão nas pontas- usavam sutiãs maiores- ponha papel higiênico- e estavam maquiadas feito uma aquarela.

Os plagiadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora