It's always like that.

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Acordei com uma puta falta de ar.
Era sempre assim.
Meus pulmões queimavam e eu não sabia se tossia ou puxava o ar.
Caralho, caralho, caralho.
Até então eu estava deitado então logo resolvi ficar de joelhos.
Havia sangue nos meus braços, e nas mãos o tom do sangue era mais forte.
Entrar em pânico não era a melhor coisa a acontecer naquele momento, mas eu entrei. E o meu ataque de asma piorou.
Era sempre assim, então porque diabos eu estava surtando?
O fato de que eu provavelmente matei muita gente me assustava.
Junto com o pânico veio o choro, e eu tive certeza que morreria ali. E tudo que aconteceu comigo foi um apagão.
Mas aí me lembrei que por causa da maldição eu nunca morreria. É, fodeu.

ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤ 7:31AM.

Estacionei a moto em frente ao café que eu trabalhava e peguei a minha mochila de couro. Assim que entro na cafeteiria aquele fodido sino tocou, bufei pois eu odiava mais que tudo aquele sino e ser obrigado a ouvir ele tocando toda puta vez que alguém entra ali me deixa muito irritado.

ー Bom dia, Skarsgård. ー Felicia, minha colega de trabalho, sorria. Ela não cansava de sorrir não?

ー E aí. ー falei enquanto colocava minha mochila em cima do balcão, logo em seguida comecei à procurar minha carteira de cigarro.

ー Cigarros é seu café da manhã? ー ela ainda tinha aquele sorriso irritante nos lábios vermelhos.

Toda manhã eu pegava aqueles cigarros pra tragar um pouco antes do trabalho começar e todo dia ela vinha com aquela pergunta idiota.

ー E se for? ー eu me encontrava de costas pra ela mas eu sabia muito bem que ela tinha rolado os olhos. Aqueles olhos que carregava umas trezentas camadas de maquiagem em cima de si.

Fumei até as 7:47, resultando em 4 cigarros. Me retirei do balcão e caminhei até o quarto dos fundos que era uma espécie de trocador para funcionários.
Joguei a minha mochila do chão e retirei a minha camiseta, e estranhamente senti olhares sobre mim. Olhei em volta mas não tinha ninguém o que me fez dar de ombros e voltar à fazer o que eu estava fazendo.
Mas aí senti os olhares de novo. Não tinha ninguém, pelo menos não exatamente dentro daquela sala, pois eu sabia muito bem que Felicia estava escondida atrás da porta. Fui até lá com a cara mais irritada do mundo.

ー O que você tá fazendo aí?

Ela parecia assustada mas isso não a impedia de vacilar seu olhar sobre minha barriga.

ー Você sabia que é um puta gostoso?

Meu sorriso apareceu nos meus lábios como um som de violino.

ー Sim, eu sabia. Não preciso de ninguém pra me falar isso.

E sua expressão foi de assustada para irritada, senti suas mãos me empurrarem pra trás e a vi sair dali.

ー É, vai. ー falei enquanto fazia um movimento com a mão como se tivesse a expulsando.

Sei que ela não voltaria mais, porém vesti o uniforme bem rápido por preucação.

[...]

Um dos únicos pontos positivos de trabalhar ali, pra mim, era que eu podia escolher as músicas que costumavam tocar em volume ambiente.
Botei This Girl do Kungs vs Cookin pra tocar e comecei a balançar a cabeça ao som batida envolvente.
Só gostava de "pirar" com as minhas músicas apenas quando estava em casa, se é aquilo aonde moro é uma casa.
Era um apertamento que cheirava à cigarro porém era arrumado, ao meu ver.

O café costumava à encher a partir das 9, e o relógio já batia 8:57 então logo tratei de me ajeitar pra atender o primeiro cliente do dia. Felicia estava na cozinha, onde era seu lugar, os dois outros garçons que também trabalhavam ali -e que nunca me importei de saber o nome-, estavam ao meu lado encarando a porta.

O sino tocou e uma senhora de bengala entrou fazendo o sino tocar, bufei. Olhei para os meus colegas e mesmo não me importando com a existência deles eu sabia muito bem que eles não gostavam de atender senhoras mas sim gostosas.

Minha vontade foi de xingar eles mas apenas caminhei até a senhora que acabara de sentar.

ー Bom dia, o que vai querer?

Peguei o bloco e a caneta do meu bolso e esperei ela dizer seu pedido.

ー Eu quero uma cervejinha. ー ela disse com a voz trêmula, típica desses velho.

ー Senhora, aqui não é um bar e sim uma cafeteiria. Não leu a placa lá na frente? ー cocei a cabeça começando a me irritar, era impossível não ver aquela placa. O dono dessa espelunca gastava o dinheiro mais na placa do que nos café.

ー Só vende café aqui? ー ela finalmente me olhou, teve que levantar a cabeça ao máximo pois eu era alto e como era.

ー Café e derivados. ー tentei falar com a maior calma.

ー Então me dê um café e um derivado. ー e toda a minha irritação foi embora quando uma risada minha apareceu depois daquela.

ー Certo, vou trazer o café e o derivado. ー falei ainda sorrindo mas só foi chegar perto dos meus colegas de trabalho que o sorriso sumiu.

ー Eu vi você sorrindo. ー Felicia falou e eu apenas rolei os olhos enquanto entregava o papel pra ela. ー Café e derivados?

ー Café preto, mas bote leite separado caso ela queira. Esse derivados são pães de queijo. A senhora é um pouco ー tentei explicar com gestos mas nem eu sabia exatamente o que estava fazendo.

ー Eu entendi. ー ela riu e foi fazer o que tinha que fazer.

O sino tocou e dessa vez entrou uma garota com o tom de pele muito claro mas não a ponto de ser pálida e algumas madeixas do cabelo colorido.

Eu nem me mexi para atender ela pois um dos meus colegas praticamente se jogou em cima da garota, digo isso porque ela nem tinha se sentado ainda e ele já estava perguntando o que ela iria querer. Com isso ela se assustou e eu sorri. Por que eu sorri? Gostava quando as pessoas se assustava com algo.

[...]

ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤ 9:42PM.

ー Tá sabendo que abriu um parque de diversões aqui na cidade? ー Felicia me perguntou enquanto eu caminhava pra fora da cafeteiria, finalmente o meu expediente tinha acabado.

ー É, eu fiquei sabendo. ー falei com um tom de pouco caso enquanto sentava na minha moto.

ー Tá tarde e eu tô indo pra lá, pode me dar uma carona? ー ela me encarou. Certo, ela era chata porém nunca tinha me pedido nada.

ー Sobe aí. ー falei antes de mudar de idéia.

Senti seus braços rodearam minha cintura e esperei ela se ajeitar para dar partida na moto.

Assim que parei com a moto em frente ao parque senti uma sensação estranha que me fez querer vomitar.

ー Bill, você está quente. ー Felicia estranhou enquanto descia da moto.

ー Acho que é febre. ー menti.

ー Vai pra casa e tome um remédio. ー ela disse preocupada.

Eu sei muito bem qual remédio tomar pra essa "febre" passar.

Ela sumiu entre a multidão e eu desci da moto com dificuldade tanto que cai de bunda no chão. Senti como se tivesse mãos em meu pescoço me sufocando, mas consegui me levantar e correr dali.

10:00PM.

Com todas as palavras eu digo mais uma vez: Fodeu.










OLÁ!!!!!11!!1
Espero que gostem dessa fanfic que eu e minha melhor amiga resolvemos fazer!
Dêem amor para nós, hm?
Bom, eu sou a loveswolverine mas me chamem de Tayla, e vou ser responsável pela parte do Bill (não é o Bill do filme e sim o ator que faz o palhaço, certo?).
E a HeyTaeGi, que é a Larissa, vai ser responsável pela parte da garota que provavelmente vão ser vocês!
Queria agradecer à minha amiga Bianca por ter feito essa capa maravilhosa e com tanto amor!!!!!! ♡
Bom, nos vemos no próximo capítulo.

it: a maldição 》bill skarsgård. Onde histórias criam vida. Descubra agora