Going Crazy.

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— Eu vi o palhaço.

Acordei ofegante totalmente suada e com medo. Aquilo pareceu um sonho, quero dizer; o pior pesadelo da minha vida. Desde daquele dia do parque, daquele ataque horrível e o pior quando aquela coisa veio me atacar.

Desci as escadas com uma certa fome e advinha?!  Aquela loira do tchan ainda estava com algum garoto aleatório da faculdade, bufei procurando alguma coisa pra comer mas nada eu encontrei. Mas aí lembrei que minha cafeteira preferida estava fazendo entregas domiciliar, fui até meu celular e pedi um café básico com alguns derivados.

Depois disso darei um jeito nessa zona vulgo casa que eu moro, enquanto eu arrumava lembrei da minha prova e deixei meu alarme para despertar no horário para estudar.
Sei que parece muito mas é sempre bom passar a matéria, já que faltava menos de um mês pra acontecer a prova.
Ouço aalguém bater na porta, reviro os olhos já que existia algo chamado campainha lá.

"Que pessoa lerda", penso logo abrindo a porta quase fazendo um O com a boca pelo outro que estava como entregador. Por dentro eu estava em choque em ve-lo, logo lembrei do meu lenço e que ele estava com meu lenço favorito.

E falando no bendito lenço ele citou que estava com o mesmo e eu o fitei por alguns segundos mas logo o respodendo que depois iria pegar no café onde o ele trabalhava.

Ele me fitou com aquele olhar que me fez sentir todo o meu corpo extremecer novamente como aquele dia na cafeteira. Antes que algo mais fosse dito, saio correndo para entrar em casa pegando minha comida e dando o dinheiro em uma pressa insana. Subo correndo até o meu quarto ouvindo meu celular emitir o som do maltido despertador que marcava a hora de começar a estudar.
Depois de duas horas sentada no meu quarto, passando todas as matérias, paro um pouco de ler e fico fitando o livro pensando naquele horror de palhaço. Medo, pensei e logo voltei minha visão para o livro que me fez gritar alto; no meu livro estava escrito não de caneta mas sim de sangue. Era ele, aquele pessadelo. Estava escrito; "aqui todos flutuam."

Joguei aquele livro longe e sai correndo daquele quarto. Eu estava louca, aquilo não era real, não podia ser, não quero que seja.

Os pensamentos em minha cabeça estavam tão bagunçados que quase tinha esquecido que eu devia buscar as crianças na escolinha. E logo após de trocar a camiseta corri para fora de casa. Queria pensar que as coisas estranhas que eu estava vendo era apenas excesso de estudos.

Faltando apenas 10 minutos para a saída dos meninos me sentei em um dos bancos da pracinha que tinha ali na frente da escolina. Uma folha seca caiu em meu colo, sem ligar muito pra ela a joguei no chão. Mas outra caiu, e mais outra e mais duas. Cinco caíram de uma vez, logo depois mais de cinco. Olhei pra cima para saber o que diabos estava acontecendo. Foi quando absolutamente todas as folhas caíram sobre mim. Assustada sai de perto e quando olhei para trás a árvore se encontrava intacta com todas as folhas em seu lugar. E nenhuma delas estava seca.

— Lauren, estamos aqui. — ouvi um voz fina atrás de mim e me virei.

Era o caçula. Sorri aliviada.
Ele aparentava estar animado ao me ver pois o mesmo veio correndo em minha direção, tendo que atravessar a pequena rua. Só que do nada um carro vermelho apareceu acertando o caçula em cheio.
Nada além de um grito desesperado saiu da minha garganta ao ver aquilo. Meus olhos pousaram no carro, mas no lugar onde devia ter alguém tinha um balão vermelho. Aquele maltido balão vermelho.

— Lauren. — alguém me chamava.

Olhei para baixo e o caçula estava ali, sorrindo para mim. Ainda assustada olhei em volta. Não tinha carro vermelho nenhum e muito menos o balão vermelho.

— Você... V-Você está bem? — senti minha garganta seca.

— Sim, e você? — ele arrumava sua mochila em seus ombros.

— Eu não sei. — falei mais pra mim do que pra ele.

Eu já tinha deixado as crianças em casa e agora eu voltava pra casa a pé mesmo. Eu queria chegar logo então comecei a acelerar os passos, mas senti algo estranho atrás de mim.
Um carro passou do meu lado, percebi que na janela de trás tinha uma letra: F.
Outro carro passou e nele também havia outra letra; L.
Outro carro, outra letra; U.
T.
U.
A.
R.

F. L. U. T. U. A. R.

Peguei meu celular que estava no meu bolso e liguei para a primeira pessoa que podia me ajudar naquele momento.

Minutos depois eu estava no táxi, querendo mais que nunca chegar logo. Suspirei e olhei para a janela. Meu Deus, o que era aquilo?
Arregalei os olhos e percebi que tinha um balão vermelho acompanhando o táxi. Pisquei algumas vezes ainda achando que eu estava louca e não vi mas nada. É, eu estou louca.

O taxi já chegava no local de destino e logo paguei o taxista. Desci correndo batendo na porta tentando não mostrar meu real desespero. Deixei um lágrima teimosa cair por tudo que estava acontecendo com minha mente. Por quê eu estava vendo coisas loucas?
Meus pensamentos são quebrados pelo som da porta abrindo e ela aprecendo com um sorriso mínimo no rosto como sempre.

— Olá, Lauren. — ela sorriu e logo me deu passagem para casa.

— Eu preciso desabafar, Felicia.

it: a maldição 》bill skarsgård. Onde histórias criam vida. Descubra agora