Adventure Park.

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Me mexi na cama de um lado pro outro procurando de onde vinha aquele som insuportável, levei minha mão até meu criado mudo fazendo o causador de toda indignação voar para longe fazendo cair no chão, bufei de raiva e acabei me levantando daquela cama completamente desorganizada. Fui até meu espelho que se encontrava ao lado do criado mudo, e fiquei ali por alguns minutos encarando minha face totalmente inchada pelo motivo óbvio; passei a noite como babá de 3 irmãos mas conhecidos como capetinhas que não me deixaram pregar o olho a madrugada inteira.

Depois de todas as minhas higienes matinais, pego minha mochila em com umas flores e com um tom escuro ao fundo e fui descendo as escadas da "minha casa", que era nada mais nada menos que uma república de universitários onde eu e mais 3 pessoas moravam. Eu não tenho intimidade com praticamente ninguém daquela casa, estou mais focada em estudar pra minha faculdade de publicidade e no meu trabalho de babá da cidade. Sim muitos me chamavam para cuidar de seus filhos por eu ter uma paciência incrível, não sei como mas tenho esse dom de cuidar de pequenos anjos.

ー Bom dia, baby  ー aquela voz suave que vinha do garoto de cabelos loiros que se encontrava na cozinha soou em meus ouvidos.

ー Bom dia Luke, qual a da alegria matinal? ー sorrio e olho pro outro que estava tão feliz, até parece que teve uma noite melhor que a minha.

ー Sempre estou feliz, tá? ー ele coloca a mão no peito figindo está ofendido. ー Mas quero dizer que meu sorriso está no meu belo rosto por um belo motivo, o parque de diversões está aqui. ー Ele dar um breve berro mostrando toda sua felicidade por um mero monte de metal com várias cores no tanto infantil.

Revirei os olhos mostrando minha "felicidade" para o outro que logo entendeu.

ー Que legal pra você, só sei que vou aproveitar pra dormir muito. ー levo minha mão até meu cabelo colocando uma mecha atrás da minha orelha. ー Agora vou na cafeteria, hm? ー sorrio mínimo para o outro, sentindo um cheiro de queimado da cozinha.

ー MEU DEUS, MEUS OMELETES, NÃO. ー ele saiu correndo até a cozinha me deixando na sala tendo um breve ataque de riso.

Na rua sigo andando devagar já que a cafeteria não ficava longe da minha casa, logo tenho um breve contato visual com ela. Chegando na porta abro a mesma fazendo aquele som do sino percorrer todo o local. Olho para o balcão e vejo um homem, como posso dizer, belo porém sério demais, mudo meu olhar para escolher uma mesa para me sentar e quase dou um grito quando dois outros garçons quase "me atacam" perguntando o que eu queria.

Apenas os ignorei e fui seguindo pra sentar em alguma mesa perto da janela de vidro, fiquei olhando o movimento até que uns dos garçons que me atacaram anteriormente veio anotar meu pedido.

ー Hm, eu vou querer um capuccino americano com alguns pães de queijo. ー apenas disse pausadamente para ele entender e não me perturbar mais.

ー Vai querer mas alguma coisa, gatinha. ー ah meu Deus, não creio que esse idiota me chamou assim.

ー Vou sim, sabe. Eu quero que você suma da minha vista junto com seu vocabulário ridículo. ー digo tudo calmante mas com um olhar fuzilante naquele cara.

Ouço uma risadinha de fundo tanto sarcastica. Virei para ver e nunca me senti tão perdida como aquele momento, o olhar
do que estava perto do balcão era tanto incrível ainda podia ver ele com um sorriso nos lábios. Sinto meu corpo queimar por dentro, mas antes que eu tivesse um ataque de sei lá o que, ouço meu celular e vi que era uma mensagem que para minha infelicidade dizia que era para cuidar dos três capetinhas e ainda por cima levar eles para o monte de lata vulgo parque de diversões.
Yupi!

Bufei com aquela mensagem, eu sabia que aqueles meninos iriam me deixar louca. Apenas revirei os olhos e bloqueei meu celular e o guardei no bolso do meu casaco em seguida.

O garçon veio logo em seguida com o meu pedido. Comi tudo rapidamente e deixei o preço de tudo na mesa e sai em direção a porta sem ao menos perceber meu lenço na coloração vermelha cair no chão da cafeteria.

Vou andando até a porta e logo saio do local, ouvindo aquele sino tocar novamente. Saio apressada para pegar as crianças na casa da senhora Yasser, não demoro muito pois a casa da senhora era proxima a cafeteria.
Ao chegar na porta do local tem um bilhete denominado a mim, pego o tal bilhete e o abro; era apenas as entradas do parque com só algumas linhas escritas pela senhora Yasser que dizia o seguinte:
"Meu bem, estas são as entradas pra você e os meninos. Volto as 6:00am, beijos minha querida."

Entro na casa e lá estavam os três capetas.

A sorte da senhora Yasser era que devido à alguns problemas hoje não teria aula na faculdade, assim eu ia poder passar o dia todo com as crianças.

ー Lauren, será que você pode me ajudar com a atividade que minha professora mandou pra casa ontem? ー o caçula me pediu enquanto eu colocava minha mochila em cima do sofá.

ー Ajudo sim, neném. ー sorri enquanto bagunçava o cabelo dele. ー Aliás, vou ajudar todos porque sei muito bem que vocês também tem atividade pra fazer.

Eles resmungaram e eu ri.
A tarde foi toda assim, comigo ajudando eles nas tarefas fazendo algumas pausas pro almoço e lanche.

Esperei dar o horário de irmos ao parque e arrumei todos eles. Sai até a calçada com eles e logo fiz parada para um táxi.
A viagem até que foi normal tirando a parte que o taxista ficou falando que eu era muito nova pra ter filhos, apenas revirei os olhos.

ー Chegamos. ー disse o taxista.

Dei o dinheiro da corrida e fui seguindo com as crianças para a entrada do parque. Senti uma dor no peito e respirei fundo parando um pouco. Olhei em volta e senti que algo estava erado, não sei o que era mas estava.

Deixei isso pra lá pois não queria preocupar os meninos e sabia que a noite seria longa nesse monte de metal colorido.

it: a maldição 》bill skarsgård. Onde histórias criam vida. Descubra agora