Beach house

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- Mercedes ela acabou de acordar.... Sim.... É eu sei, mas...- minha mãe da um longo suspiro e passa a ouvir o que minha madrinha falava. Revira os olhos e leva a mão livre até as têmporas.- Okay, certo você venceu. Ela vai, mas só depois do ano novo.... Tá tá.... Tchau... Beijo.... Se cuide você também.

Minha mãe chegou a uns 40 minutos, enquanto eu ainda falava com minha madrinha. Entreguei-lhe o celular e ela teve um pequeno surto com o pedido de minha Dinda.

- Relaxa mãezinha.- a envolvo em um abraço.- Olha pelo lado bom.

- E qual seria?- se afastou um pouco, somente pra encarar meus olhos.

- Um "aborrecente" a menos para se preocupar.

Dei risada e ela me acompanhou.

- Pior que o Chris está dando trabalho por três.- meu sorriso foi morrendo aos poucos.

Dei apenas uma risadinha sem humor, me soltei do seu abraço e fingi que estava arrumando algo em minha mochila, apenas para desviar meus olhos dos seus.

- Isso é normal mãe. Ele sempre deu trabalho.

- Só que agora está muito pior Lauren.- Se aproxima, entregando meu celular.- Aquela garota estragou ele. Ela é uma cobra. Duas caras. Antes era um amorzinho agora nem olha na minha cara.- minha mãe está claramente irritada com a situação.- Não suporto ela, vive querendo ser melhor que todo mundo, andando de nariz empinado com cara de cu.- olho para ela com os olhos arregalados. Eu nunca vejo minha mãe falar palavrão.- Quando na verdade ela não tem onde cair morta. Não me entenda mal, não tenho nada contra pessoas humildes, mas ela não é humilde. Ela é mesquinha e interesseira.

- Mãe calma.- apoio às mãos em seus ombros e olho em seu olhos.- Vai ficar tudo bem. Não precisa se preocupar. Okay? Se você estiver certa, uma hora ele vai notar isso.

Ela apenas assentiu e suspirou pesadamente.
Minha mãe está sendo sugada por essa situação, se eu pudesse fazer algo...

- Enfim.- apoiou uma das mãos em meu ombro, e estampou um sorriso nos lábios.- Vamos?

Suspirei forçando um sorriso.

Hora de voltar para casa.

Saímos do hospital, entramos em seu carro e eu logo liguei o som.

O trajeto iníciou silencioso, mas logo notei que esse não era o caminho de casa.

- Mãe?- ela me olhou de canto de olho rapidamente, e eu entendi que é para que eu continuasse.- Nós nos mudamos nesse meio tempo que eu "estava fora"?

Minha mãe solta uma breve gargalhada, e eu reviro os olhos.

- Não filha. Faltam apenas três dias para o ano novo. E uma colega minha nos convidou para passar a virada lá em sua casa de praia.

- Convidou só nós duas?- engulo em seco fecho os olhos com medo da resposta.

- Eu, você e a mamãe.- discretamente suspiro aliviada.- Seu irmão vai ficar com aquela lá. E sua avó está atarefada hoje, então só virá amanhã.

Passamos o resto do caminho em silêncio.
Até a brisa do mar adentrar pela janela e senti-la em meu rosto. Olho pela janela e avisto um portão dourado enorme, e logo atrás uma mansão branca muito linda.

- Mãe quem é essa sua amiga?

- Patricia Cresco. A minha socia lá no escritório.

- Ata agora faz sentido. Porque uma casa da porra dessa.

Ela dá risada e para a frente do portão. Um cara alto vestido em um terno bem alinhado vem até minha mãe diz algumas coisa que eu presto atenção. Não me julgue por ser desatenta, a casa é muito foda. O portão logo abre e o carro volta a se movimentar.

Escape! Fear! Love?! (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora