O lobo

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LÚCIO

Ela estava ainda mais linda do que na última noite. Como combinado, estava vendada e eu fazia um esforço absurdo para conter a transformação. Estava muito excitado, mas não ao ponto de ser tomado pela fera em mim. Eu conseguia controlá-la, até certo ponto. Às vezes, simplesmente dava-lhe lugar quando sentia a mínima excitação. Hoje, não seria o caso. Hoje, seguraria o máximo que pudesse.


KAREN

- Lúcio?

- Olá, docinho. - A sua voz me confortou, embora meu coração pulsasse em meus ouvidos. - Você está uma delícia, sabia?

Senti que subiu na cama e tremi, nem sei bem se de excitação ou de medo, ou ambos.

- Vendei direito, como me pediu.

- Eu sei. - Ele se aproximou e segurou a minha cabeça entre suas mãos. - Eu confio em você e quero que confie em mim. Agora, vou beijar e amar cada parte desse corpinho lindo, e então, vou te fazer gemer, tremer e me pedir para te comer com força.

Minha calcinha, que já estava molhada, tornou-se imprestável.

Gemi contra a sua boa e dissolvi inteira, quando ele a invadiu com a língua mais grossa do que eu conseguia lembrar. Suas mãos deslizaram dos meus ombros para os pulsos e tornaram a subir, puxando a camisola junto.

Eu sentia a excitação crescer, vertiginosamente, a cada frase sussurrada, a cada contato entre nossas peles. Sabia que estava me admirando e eu também queria admirá-lo, mas combinado era combinado e eu não iria traí-lo.

Quando as mãos quentes de Lúcio me tocaram, foi um choque. Ele segurou a minha cintura e me forçou a deslizar pela cama, até deitar. Fechei os olhos por trás da venda, para não ceder à tentação de olhá-lo e meus sentidos foram apurados. Ele me cheirava, esfregando seu rosto contra a minha pele e suas mãos tinham um toque diferente, ásperas em algumas partes e macias em outras. Fiquei intrigada com aquilo. Não havia percebido seu toque assim.

Queria toma-lo, arranhar suas costas, agarrar-me à ele, mas me contentei com seus dentes arranhando a minha pele sensível, com seu corpo forte esfregando-se ao meu. Instintivamente, ergui o quadril em busca de mais contato, em busca do seu sexo em minha intimidade. Ansiava por isso, necessitava tê-lo dentro de mim.

- Lúcio... Quero você...

Ele avançou sobre mim e colocou a boca em meu ouvido. Sua respiração era ruidosa, forte, profunda e violentamente excitante. Podia sentir seus lábios úmidos contra meu lóbulo, enquanto as unhas arranhavam minhas costas. Então, por fim, Lúcio deitou-se sobre mim e eu senti seu membro entre minhas coxas. Meu coração disparou e, mesmo sabendo que deveria me preocupar com o tamanho que senti ali, tudo o que eu consegui pensar era que o queria inteiro em mim.

Me ofereci, me esfreguei e arfei, arqueando as costas quase em desespero. Lúcio escorregou pelo meu corpo e senti algo que pareciam pelos macios. Não lembrava dele ter tantos pelos em seu corpo e, nessa hora, senti um foco de pavor na boca do meu estômago. Lembrei da mulher da lanchonete e de suas histórias mirabolantes, lembrei do pelo sobre a minha cama, lembrei de Edmeia, me dizendo para evitá-lo... E quando estava prestes a mandá-lo sair de cima de mim, ele atacou minha intimidade de forma voraz. Eu gritei de tesão.

Sua língua áspera era exatamente igual ao meu sonho, seus dentes arranhando a carne delicada, a língua me penetrando e sugando, fiel àquele sonho que, agora eu sabia, havia sido real. Me abri e esfreguei meu sexo contra o rosto dele, gemendo alucinadamente diante do crescente prazer que ele me dava. Lúcio agarrou minha bunda e mergulhou ainda mais fundo, como se quisesse me devorar e eu afundei em um gozo tão intenso quanto longo.

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