Não faço a mínima ideia do porquê de continuar viva. Faço tudo errado.
Imagino muito, espero muito, acredito muito; Tem sido assim, partir a cara, os dentes, o corpo, a mente, até aprender, revigorar e cair novamente.
Apaixonar-me, magoar, ser magoada, com ou sem intenção, apenas vivo, sem perder a vida com medo de. É horrível, doloroso e provavelmente vai ser sempre assim. Já não sei se é pior abraçar a ferida, ou querer viver com ela.
Amar a mim mesma nunca foi um ato egoísta, mas nunca me trouxe nada de bom. Acho que percebi que não depende só de mim.
A felicidade é tão simples. Porque é que eu estou assim? Felicidade é um pedaço de alegria, um gole de vinho ou até uma música que arrepia. Um abraço com saudade, um beijo com amor. É andar de mão dada, encostar a cabeça no ombro durante o cinema. É cheiro de café acabado de tirar. Felicidade é uma ferida que sara, mas as minhas nunca fecharam e o meu amor está transformado em guerra.
Quando se ama tem se o dever de ajudar esse alguém a ser a melhor versão de si mesmo. E, tanto quanto me esmaga dizer isto, a tua melhor versão pode não me incluir.
Talvez eu ainda viva pela vontade de sentir o teu cheiro da minha camisa, a tua boca na minha e aquela frieza no peito que dá quanto te vou ver. É tudo o que eu mais quero, mas querer não é puder, logo fico por aqui.
Costumo escrever todos os dias, e na primeira página de hoje escrevi "Não costumo confiar em ninguém...". Fiquei de cabisbaixo, lágrimas nos olhos e um leve sussurro escapou-me: "Eu confiei tanto em ti..."
Quero sempre sair quando chego porque desaprendi como ficar há muito tempo. Pelo menos parece muito tempo.
Digo sempre "Olá, Amo-te", mas não me faças promessas que não vais cumprir, não me digas que não volta a acontecer quando volta, não me digas que vai ficar tudo bem, quando não está nem vai ficar.
Todas as teorias que isto diz sobre mim já nem importam.
Esta era a minha frase: Canta para mim, para eu dormir. Mas sabia que assim que amanhecesse, todas as células do meu coração não iam querer viver. E eu também não quero, até agora nunca quis.
Não consigo ver um amanhã, nem depois. Então eu digo "Olá, Amo-te" agora. A toda a hora. Até conseguir ver de novo qualquer outra coisa para além de ti quando amanhece, e o sol nasce na glória das músicas e pensamentos que me rondam de manhã.
E por isso eu fico.
No fim aprendemos que tudo pode ser vivido de uma vez só. Uma recaída faz te querer dar um abraço forte. E aí eu percebo a expressão que diz que amando se abraça o mundo, porque, pelo menos aqui e agora, tu és o meu mundo. Começaste por tocar no pior em mim, talvez como forma de dizer que me aceitavas de qualquer maneira ou jeito. Azar desde criança, sempre a última a ser escolhida, tanto no volei como no Amor... É cedo de mais para o dizer, ou tarde de mais para fugir.
Quero dormir e não acordar.
Não aguento mais uma troca de argumentos, nervos ou discussões. Não quero ser o meio amor de ninguém. Já não quero ser ninguém.
Caga gota de sangue provoca uma dor agonizante, não sei ao certo se é o meu psicológico a tocar no meu físico ou o Contrário.
Mas sei que já estive muito perto do fim, podia já nem aqui estar, e posso voltar a estar, basta querer.
Mas parei ali por ti, fim era a minha palavra favorita, mas sabia que não podia, por ti eu não podia.
E foi ali que eu soube que era Amor para a vida toda.
Mas amor não envolve guerra.
Estou farta de lutar, somos nós contra o mundo, ou nós contra nós?
Apesar de tudo não insisto, está nãos tuas mãos, Amo-te mas desisto.
22:57
21/09/2017
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23 e 37
RandomTextos, ou lá o que queiram chamar. Só coisas que eu escrevo nas aulas ou assim. Não sei.