Continuo a Querer Morrer.

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Nunca fui boa a escrever sobre mim, para mim. Estou habituada a escrever para alguém, para ela, para tudo no geral, mas nunca para mim. Sempre comecei com "Vim escrever para ti..." ou um simples "Olá...", mas desta vez quis escrever para mim, apesar de não saber o que me quero dizer, para ser sincera, ás vezes nem sei quem sou. Entre Vênus e Saturno eu já nem sei se sou uma estrela. Ás vezes Ainda dói, mas escondo, ás vezes Ainda sinto, mas minto. Sempre preferi escrever a preto, mas agora escrevo a lápis, talvez tenha só medo de errar, apesar de não ter nada em que errar, porque o que me fazia querer ser certa, agora já só me faz querer ser nada. Chego a não saber se voltava a sujeitar-me a tudo o que já vivi só para voltar a ter os momentos bons, sei que sim, que a dor já não me incomoda, mas digo que não, para fingir que gosto minimamente de mim. Larga-me, ou perde-te comigo, dos anéis de Saturno ao embaranhar do teu lençol; Mas ela nunca gostou de espaço, e a tua cama nunca foi também minha. Acende-me mas nunca me apagues, porque se me apagares já não há quem me acenda. Sempre achei que amor era como cigarros, há quem trave a sério, mas são mais o que apenas brincam com o fumo. Acaba por fazer mal de todas as formas. Gostava de fazer de mim mesma a cede insaciável que corre nas minhas veias, mas afinal és tu. E apesar de nicotina ser a minha rotina, eu continuo a querer morrer.

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27/05/2017 

05:4527/05/2017 

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