Capítulo 3

7 2 0
                                    


Harry Styles

Ainda olhava a porta por onde aquele pequeno ser bundudo havia saído, sua voz ecoava na minha cabeça como uma música chata de comercial viciante.

Céus, quem era aquele ser?

Louis Tomlinson...

Balancei a cabeça de um lado pro outro, afim de tirar esses pensamentos.

Acabei de conhecê-lo!

Caminhei a passos lentos até Gemma, que me olhava com um sorriso malicioso e ri deixando um beijo em sua bochecha.

- O que foi? - perguntei com minha melhor cara de inocente.

- Vejo que se interessou em Louis... - comentou risonha, ri de sua especulação e neguei.

- Ele é interessante, mas provavelmente nunca mais verei ele, e é seu enfermeiro.

Por que diabos eu estava dando desculpas?

- Ele também é o melhor amigo de Niall, vira e mexe está lá em casa, ao contrário de você, que só vem me visitar quando estou em uma cama de hospital, com seu sobrinho. - sua cara de triste me fazia sentir culpado, por pouco tempo, afinal ela era uma ótima atriz de drama.

- Verdade. Então, como está meu pequeno? - perguntei olhando o ser que agora dormia calmamente em seu colo, ri de sua cara de indignação diante a minha indiferença, peguei o pequeno no colo tomando todo cuidado pra não quebrar a criança no meio.

- Como se chama? - perguntei ainda olhando em seu rostinho, era lindo. Uma mistura perfeita de Niall e Gemma.

- Alex, Alex Styles James Horan.

Escutei a voz de Niall se fazer presente no quarto, e sorri encarando meu cunhado que parecia um palhaço, não tira o sorriso do rosto.

- Belo nome. - comentei entregando ele a Niall, que ficou todo abobalhado, ri negando com a cabeça e fui até Gemma, beijei sua cabeça e me despedi da mesma, alegando ter que cuidar da minha criança também.

- Ela tem quatorze anos Harry! - exclamou ela em tom indignado.

- Ainda é minha bebê, bom, quando já estiver em casa levo ela lá pra conhecer o pequeno Alex, até Gemma, tchau Niall, cuida bem deles em. - Falei deixando um beijo na cabeça cabeludinha de Alex e acenando para Niall. Ele assentiu acenando de volta, tomando cuidado para não deixar a criança cair.

  Sai do quarto seguindo pelo corredor destraido com uma mensagem de Ruth, e acabei tombando com alguém no corredor, levando a pessoa a derrubar vários papéis que carregava.

  Me abaixei para ajudar a pegar.

- Me perdoe, estava completamente distraido, não te vi...

  - Tudo bem... - aquela voz.

  Levantei o rosto para ter certeza de que quem estava ali realmente era quem eu pensava, e quando encontrei seu olhar sobre mim senti algo estranho passar em meu corpo, como um choque.

Bizarro.

Pigarreei me levantando com alguns papéis na mão e lhe entreguei, ele organizou em seus braços e me olhou.

  O que dizer?

Ficamos uns bons cinco minutos apenas nos encarando, sem dizer absolutamente nada.

  Constrangedor.

- Ahn... acho que... e-eu vou... - apontou para o corredor, provavelmente para onde estava indo antes de o gigante aqui derruba-lo.

- Oh... não, desculpe... bom, até mais. - disse acenando, vi ele acenar de volta e se afastar, seguindo para seu lugar.

  ATÉ MAIS?

Quis me afogar em uma privada quando repensei minhas ações, bufei seguindo para o estacionamento.

  Precisava tirar aquele ser da minha cabeça.

Aquela voz...

  Aquela bunda, que se destacava bem naquela calça.

Céus, eu sou um pervertido!

- Tomara que eu morra. - bati minha testa no volante, causando um barulho extremamente alto da buzina. O que causou a minha pré morte de susto.

  Decidi ir logo pra casa, Ruth já estava chegando e eu estava com fome, liguei o carro pronto para ir embora quando olhei para o lado, vi um pequeno ser chutar o pneu de seu suposto carro, parecia irritado, abri a porta sem pensar duas vezes e segui até ele, parei a alguns passos de distância. 

- Algum problema? - perguntei, vi Louis dar um pequeno salto no lugar.

- Ahn... meu carro não funciona...

Olha aí o destino me ajudando, sorri apontando para meu carro, na qual ele olhou surpreso.

- Quer uma carona? - perguntei com uma sobrancelha levantada, passei a língua em meus lábios e vi quando seu olhar acompanhou esse movimento.

- C-claro...

Sorri o acompanhando até meu carro.

  Acho que estou ferrado.

 Por acaso...Onde histórias criam vida. Descubra agora