para todos e por todos,
permeáveis rochas ornamentais que batem em espinhos quebradiços: coração
luto contra o orgulho do meu egoísmo ríspido
pra sentir o que digo
pra dizer o que sintolanço fora da orla da minha nascença
a vida que transgride meus primeiros socorros interior
pra amar a quem vivo
pra viver a quem amoentre a balança dos bons e maus atos
algo impulsivo como o erro
faz-me lembrar do perdão
causado e dado por algo maior
carregado de tempo e amorerro quando digo mais do que deveria
erro quando deveria ter dito mas não digo nada
longe tardo sobre o fardo das minhas escolhas
perto findo sobre os quartos criados para os inquilinos da minha vidainsuficiência: algo que sinto sobre tudo
tudo: algo que sinto sobre sobreviver entre a suficiênciaerro quando tenho que implorar para que alguém me ame
quando digo: te amo
é porquê eu amo
e dou tudo por issoquando digo: te necessito
é porquê necessito de ti
e porquê o cativo dos cânticos do santo
fez-me assim: expressivoentretanto acabado cansado
em esperar por tanto tempo
por esperar conhecimento, entendimento
da falta que vás me fazernão espere por minha partida
porquê logo logo posso ir
e depois não haverá mais tempo
pra reconhecer qualquer sentimento sobre mim.