sou fardo, fato
quando tento mas falhosou hipocrisia entre o escárnio
quando tento mas tardosou mais do que se pode ver
quando sou muito menos no pouco que o espelho me prevererro, erro
certo, é certosou menos demais pra ser pouco
quando grito e acabo me perdendo aos longos períodos mornosquebro, quebro
barro, é barropago o pato
quando ele ainda é meudesejo ser mudado
entres os flashes de luz no noturno breutudo se repete
quando o bom e, o ruim terá o mesmo fimtudo se repele
quando confundo ‘não’ com o ‘sim’tudo se repete
quando eu não me perdootudo se repete debaixo do sol
de novo e de novomeu dedo deve apontar somente para mim
no espelho digo: “por que as coisas tem que ser assim?”sem respostas, choro
olho pra em meu rosto e, me tocoajoelho e converso
e ele me diz doces pensamentos de pazlevanto e me deito
me acordo em meu leitoquem era ontem
morre hojedobro meus rodados traços
pago por meus pecadosdecidido em torno da verdade
em busca de liberdadetodos nós somos iguais
buscando por diversos idéiasquem tem os mesmos
se ajudem, se cuidemquem tem ao outro se permite a ter tudo
sem rótulos e sem massagem
estou entre os pioressem hipocrisia
o bem que faço desde em ralo de piaé tudo muito pouco perto do que eu posso fazer
pó e só
só pó, somente póatenciosamente gero alívio em meu fardo quando escrevo
minha visão sobre mundo é: “nós precisamos de nós, até quando nós mesmos precisamos nos olhar em frente ao espelho e concertar o que nos destrói, que são nós, é apenas nós mesmos”
fugir não é a solução
devo me enfrentar e frequentar a verdade mais vezessem mentiras, sem arrodeios
com direção a ser diretoerro, só erro
erro às vezes porque queronão é rude falar e viver a verdade
rude é mentir para os outros e para siviver oscilando é morrer aos poucos
somos efêmeros mas o que importa é eterno: tudo o que provém da bondadedescarto, trocando tudo pelo certo
não quero nada que seja passageiro
absolutamente nada, e mais nada.