Dia 3

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E lá estavam eles novamente, as pessoas da cidade comemorando mais uma festa de final de ano.

O ano novo, onde todos se vestiam de branco e tomavam champanhe, afim de comemorar o começo de um novo ano.

Mas o ruivo não entendia o porque que eles comemoravam qualquer besteira, não que isso lhe incomodasse, na verdade, ele se sentia feliz, pois nessa época do ano, poderia comer o quanto quisesse.

Ele estava caminhando até a sua preciosa e querida praça, sendo engolido por um cachecol que havia ganho de sua avó.

Um pouco antes havia nevado, então as ruas estavam cheias de neve, o que dificultava o andar do pequeno menino pelas ruas. Ah, mas não desistiria de ver o seu céu do melhor ponto da cidade, o céu fica mais lindo ainda após nevar.

Quando finalmente chegou a praça, viu seu "companheiro de banco" sentado lendo seu livro de sempre.

Ao notar a presença do pequeno ergueu seu olhar para encara-lo, o moreno logo soltou uma leve risada ao ver o estado do ruivo. Seu cachecol engolia-o, haviam luvas, grandes demais para suas pequenas mãos e a neve marcava metade de suas curtas pernas.

- Eu pensei que não ia vir hoje, companheiro de banco. - O moreno permaneceu com um sorriso no rosto. - Boa noite.

- Eu não consegui vir mais cedo por causa da neve, boa noite. - O ruivo sentou-se no banco, do lado oposto do moreno.

- Você perdeu o céu no seu melhor momento. O céu fica lindo quando neva. - O moreno dizia com um sorriso, que mostrava seus dentinhos de coelho, e um brilho, que demonstrava felicidade, em seu rosto.

O pequeno pacote queria poder ver aquele lindo sorriso para sempre, com toda certeza, havia julgado o de orbes pretas errado, afinal, ninguém com um coração frio conseguiria sorrir de forma tão honesta e contagiante.

- Ah, mas valeu a pena, o céu fica mais lindo ainda depois de nevar. - O ruivo sorriu também, transformando seus olhos em uma linha, e mostrando seus dentinhos levemente tortos.

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