O moreno andava perdido em seus pensamentos.
Sua mente estava presa nos acontecimentos da noite, a última noite que encontrará o ruivo, afinal, logo após o garoto apresentar-se devidamente, o mesmo sorriu e disse que tinha que ir embora, pois lembrou-se de um compromisso urgente.
No momento o moreno apenas sentiu uma pontada de decepção, mas logo se recompôs e devolveu o sorriso do garoto, mas ele não sabia que aquela seria a sua última conversa e a última troca de olhar com o garoto de fios ruivos.
Desde aquilo passaram-se três meses, e todos os dias o moreno ia até a praça, não se importava se não tinha mais o seu tão amado frio céu de inverno, ele só queria encontrar-se com o pequeno.
Não conseguia parar de pensar na última noite com o menino, se perguntava o porque de ele estar chorando, na visão do moreno, o ruivo parecia alguém feliz, sem problemas nenhum e muito mimado. Ah, mas, como sempre, ele estava errado, até demais.
Cada dia que passava naquele banco, encarando seu livro de astronomia sem lê-lo, suas esperanças sumiam.
Até que um dia resolveu não ir mais naquele lugar, se continuasse com isso sua dor só aumentaria, o garoto já havia sofrido demais a sua vida toda.
A história do moreno era parecida com aqueles dramas, em que a mulher pobre engravida, mas não tem condições de cuidar da criança, então não vê outra opção senão abandona-lo.
O moreno cresceu e viveu sua vida toda em um orfanato, no qual ele era muito grato, mas também onde se sentia inferior aos demais residentes, pois todos conseguiam uma chance de serem felizes ao lado de novas famílias, mas ele não, nenhuma das pessoas que iam ao orfanato, sequer o olhava em seus olhos.
Então cresceu uma criança fria, que se tornou um adolescente, logo após um jovem e, por fim, um adulto que parecia frio como o inverno.
Ele só saiu do lugar no qual o criaram, quando se tornou maior de idade, indo, quase que imediatamente, a uma faculdade para conseguir viver naquele mundo assustador.
O coração frio, porém que fora aquecido pelo sorriso do menino ruivo, não queria mais sofrer. O moreno se obrigou a "apagar" suas memórias artificialmente, ignorando aqueles cinco dias que viverá com o ruivo.
Mas todos tem seu limite, até mesmo aquele garoto frio, e foi quando esse limite estourou que ele foi procurar o garoto, mas a única coisa que sabia era seu nome e sua aparência, o que não ajudava muito.
Mas ele procurou, procurou e procurou, até constatar que Park Jimin nunca existiu.
Aqueles cinco dias não passaram de uma ilusão.
A sensação, tão verdadeira, que Jungkook sentia em seu peito, era só uma ilusão
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Good Night
FantasyOnde toda noite que encontrava Jungkook, Jimin cumprimentava-o com um boa noite. | ShortFic | Jikook |