A fogueira

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Todos que chegam no centro não deixam de reparar a multidão que se forma em volta do resto de algo que aparentemente foi uma fogueira.
Sebastian então desce da carroça e seguem em direção ao aglomerado de pessoas e se depara com restos de brasas ainda semi acesas, mas não é o povoado e muito menos a fogueira que lhe chama atenção e sim o cesto para recém nascido que se encontra intacto no meio da brasa.
Juntamente com sua filha Iasha abre sua tenda e coloca seus queijos para mostruário, Sebastian os ajuda e logo que termina deixa Helen com Isolda e segue por uma trilha que quase ninguém nota.

-Olha Helen o que ganhamos do papai, Albert mostra uma bola feita de coro de gado.
-Que legal! -Responde entusiasmada ao ver um brinquedo de verdade.- Eu posso brincar com vocês?
-Olha você é menina e meu pai disse que meninas não brincam de bola pois é coisa de menino.
No mesmo instante que Albert termina a frase, Thomas tira de suas mãos e a entrega, que entende como um convite, e juntos passam a manhã brincando.

-Chegou cedo Sebastian, nem preparei meu chá matinal. Aborda Vaiola.
-Cheguei. Em que você precisa de mim hoje? Retruca ele.
-Calma Sebastian que pressa toda é essa? Não estou vendo Helen. Diz Vaiola procurando a pequena.
-Ela ficou com uma amiga. -Diz em tom grosseiro.- Diga logo como posso lhe ser útil.
-Ótimo, seu trabalho hoje é ir na cidade e me trazer tudo que está nessa lista. Vaiola lhe entrega um pedaço de tecido com alguns escritos juntamente com algumas moedas. Em seguida tira de uma caixa velha dois objetos idênticos, mostra para Sebastian e os devolvem à caixa, entrega para ele e diz:
-Um deles é para Helen sua irmã, o outro entregue a minha filha, somente elas podem tocar nesses objetos fora da caixa.
Sebastian pega a caixa guarda no bolso e concorda, e sai em direção ao centro.

A cidade dormeOnde histórias criam vida. Descubra agora