Redefinindo O Amor

2°

Seul,Korea

4:37 AM
10° C

O dia passou rapidamente, trazendo consigo uma madrugada fria do lado de fora da clínica. O ambiente climatizado e quentinho fez com que eu adormecesse por um longo período. Estava exausta, com um turbilhão de pensamentos na cabeça, mas a cadeira acolchoada ao lado dele me trouxe uma sensação de conforto e segurança, como se tudo fosse ficar bem.

Quando abri os olhos, ainda relutante, percebi que minha cabeça estava escorada no ombro do CEO Kim. Ele dormia profundamente, com uma expressão tranquila e serena. Eu sabia que não era certo me sentir tão confortável assim, mas aproveitei o momento o quanto pude. Meu olhar vagou por todos os traços de seu rosto coreano, começando pelos olhos puxados, que, quando abertos, lembravam os olhos de um dragão atento e pronto para qualquer coisa. Sem perceber, meus olhos acabaram fixando-se em seus lábios carnudos e convidativos.

Repreendi-me mentalmente e levantei rapidamente. Caminhei arrastando os pés até a cafeteira ao lado da clínica, sentindo o vento gelado contra meu rosto. Tinha certeza de que, se me sentasse novamente ao lado dele sem um pouco de cafeína, eu adormeceria mais uma vez... ou talvez fizesse algo de que realmente me arrependeria.

Quando voltei, ele ainda dormia. Dessa vez, sua cabeça estava levemente inclinada para o lado, com os fios escuros caindo sobre a testa. A cena me fez parar e observá-lo por alguns instantes. Ele parecia tão fofo dormindo daquela forma que acabei me perdendo no tempo.

— Consegue ser bonito até dormindo... — murmurei sem perceber.

Foi quando notei que ele estava me encarando, com uma expressão sonolenta e um olhar cansado.

— Agradeço o elogio. — Ele sorriu, quebrando minha compostura.

— Boa madrugada. — Sorri, claramente corada, e entreguei-lhe um cappuccino.

Ele pegou o copo com delicadeza, deixando que seus dedos longos roçassem brevemente os meus.

O clima ficou levemente estranho entre nós, mas não durou muito. O doutor logo apareceu com um sorriso no rosto, anunciando que Yankee ficaria bem e que poderia ter alta, acompanhado de analgésicos próprios para cachorro que garantiriam sua recuperação.

O CEO Kim insistiu em me acompanhar até em casa, já que ainda era de madrugada, e deixou claro que não aceitaria um “não” como resposta. Acabei aceitando, relutante. Ele se ofereceu para dirigir, sugerindo que eu ficasse mais à vontade, e, para ser honesta, foi até melhor assim.

No carro, conversamos sobre nossas vidas pessoais. Descobrimos que ambos adorávamos visitar museus e passear pelos parques de Busan nas horas vagas. A conversa foi tão leve que nem percebi quando chegamos à minha casa.

Namjoon me ajudou a carregar Yankee, que, ainda sob o efeito da anestesia, estava muito pesado para que eu conseguisse levá-lo sozinha.

— Vou colocá-lo aqui no sofá. Assim ele terá mais espaço. — Ele sorriu, ajeitando Yankee cuidadosamente no acolchoado preto.

— Muito obrigada por tudo. Você não precisava ter ficado comigo lá. — Sorri, tímida.

— Ora, vamos parar com essas formalidades, hum? — Ele sorriu, revelando suas covinhas já conhecidas. — Já estamos juntos há tempo suficiente para dispensar tanta formalidade, pelo menos fora da empresa.

— Certo, Namjoon. — Sorri timidamente. — Mas ainda assim, agradeço pela gentileza.

— Não precisa agradecer. Mas, se realmente quiser me agradecer... — Ele sorriu de forma sugestiva. — Gostaria que você me acompanhasse em um jantar na quarta-feira, às oito.

— Bom, vou ver se a Sra. Chang pode ficar com o Yankee nesse dia, mas não garanto nada. — Respondi com um sorriso educado.

— Se não der, podemos remarcar para a próxima semana. Assim, você terá mais tempo para se organizar. — Ele me olhou de cima a baixo, deixando-me nervosa por alguns instantes. — Os investidores podem esperar. Afinal, você e Jimin são as estrelas por trás das nossas coleções.

— C-claro. — Sorri sem graça.

— Você sabe que minhas reuniões só têm sucesso quando você ou Jimin estão presentes.

[...]

Acordei depois de algumas horas, já pela manhã, e fui com a Sra. Chang até a delegacia registrar o boletim de ocorrência. Depois, decidi tirar o dia de folga, tanto para descansar quanto para comprar os remédios de Yankee e ensinar a Sra. Chang como medicá-lo. Assim, eu poderia retornar ao trabalho tranquilamente no dia seguinte.

Em casa, cuidei do Yankee com todo o carinho que ele merece. Comprei seus sachês favoritos e passamos o dia juntos. Na verdade, eu assisti desenhos sozinha, pois ele dormiu profundamente, ainda sob o efeito dos medicamentos.

Já era tarde da noite quando meu celular tocou. Era ele. Atendi rapidamente para não deixá-lo esperando.

— Oi.

— Que tal sairmos para jantar hoje? — Sua voz soava séria.

— Não tenho com quem deixar o Yankee. — Respondi firme.

— Já resolvi isso. Tenho alguém de confiança para cuidar dele. É uma reunião de negócios, e eu preciso de você lá. — Ele insistiu.

— Vou pedir para o Jimin ficar com ele. Tenho certeza de que ele não se importará.

— Engraçado, tivemos a mesma ideia. — Ele sorriu do outro lado da linha. — Passo aí em uma hora.

Antes que eu pudesse responder, ele desligou.

Suspirei, encarando Yankee por um instante. Deixei um beijo amoroso no topo da cabeça dele e me arrastei até o banheiro para tomar um banho demorado.

Não fazia ideia do que vestir para a ocasião, mas sabia que precisava ser algo feito por nós. Imaginei que Namjoon queria que eu chamasse a atenção dos investidores... provavelmente, esse era o motivo de ele insistir tanto na minha presença.

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Estou tentando não ir rápido demais kkk

Espero que esteja do agrado de vocês, Estou me esforçando ao máximo para entregar o melhor para vocês e me perdoem por algum erro de ortografia. Obrigada por lerem até aqui💜

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