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Korean
9:03 AM
9° C






















Depois que conheci o Jimin, não me senti mais tão sozinha. Parecia que finalmente tinha encontrado alguém que nunca me faria mal ou me abandonaria. — Disse, observando a paisagem pela janela enquanto quebrava o silêncio que havia se instalado entre nós. — Mas eu nunca imaginei que ele se sentia assim por mim também.

Namjoon continuava concentrado no trânsito, mas sua voz soou calma e cheia de carinho:
— Olha, eu não sou muito de reparar em detalhes, mas vocês dois sempre chamaram minha atenção ao longo desses anos. — Ele fez uma pausa breve antes de continuar: — Muitas vezes vi você chegar atrasada, e ele sempre te acobertava. "Ela está no banheiro, Sr. Kim", ou "Ela foi buscar uns tecidos no depósito", ele dizia. — Um sorriso escapou de meus lábios enquanto ele falava, mas continuei encarando a rua. — Ele te ligava toda vez que você estava doente, preocupado com você...

Pelo reflexo no vidro, percebi o sorriso no rosto dele.
— Eu não sei nem um terço do que vocês passaram juntos, mas sei de uma coisa. — Namjoon parou o carro no semáforo e virou o rosto na minha direção, segurando meu rosto com tanta gentileza que meu coração aqueceu. — Você é a única família que ele tem. E sei que você sente o mesmo por ele. Eu nunca faria nada para separar vocês dois. — Ele sorriu de lado. — Queria ter algo assim um dia. — Finalizou quase como um sussurro.

— Namu… — sussurrei emocionada, sentindo meus olhos marejarem. Me inclinei para beijá-lo, mas um som alto nos interrompeu: o carro de trás buzinando impacientemente.

— Sempre tem algo para atrapalhar quando é minha vez de ganhar ou fazer algo. — resmungou, arrancando com o carro.

Ao chegarmos em casa, ficamos um tempo em silêncio, apenas respirando o momento. Foi quando rompi o silêncio:

— Namu… — comecei, sentindo minhas bochechas esquentarem. — Você quer dormir aqui hoje?

Notei o espanto em seu rosto pelo convite repentino, mas logo a surpresa deu lugar a uma expressão de pura felicidade.

— Eu adoraria. — respondeu com um sorriso largo.

Entramos e logo avistamos Yankee, meu cachorro, cabisbaixo, olhando para o potinho de ração vazio.
— Ah, meu amorzinho! — murmurei, acariciando sua cabeça. — Namu, pega o saco de ração, por favor. Está ali na prateleira.— Estranho o potinho dele estar vazio.

— Você chama isso de potinho? — perguntou, fingindo indignação.

— Ué, e não é?

— Isso é uma bacia! — ele riu.

— Olha só, você parece uma geladeira Electrolux e eu nunca disse nada.

— G-geladeira?! — Ele me encarou confuso enquanto me entregava o saco quase vazio.

— Isso mesmo, geladeira. — Fiz uma pausa, sorrindo. — E, falando nisso, preciso comprar mais ração amanhã.

— Podemos comprar juntos. — Ele sorriu, exibindo as adoráveis covinhas que tanto me encantavam.

— Sabia que não é educado se convidar assim? — Respondi, sarcástica, me aproximando dele até que nossos rostos ficassem a poucos centímetros de distância.

— V-você me deixa nervoso. — Ele gaguejou, corando. — Só você me deixa assim. — Ele entrelaçou os braços em minha cintura, me puxando para mais perto.

Redefinindo O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora