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Korean
9:46 PM
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Quando cheguei em frente a minha casa desliguei o carro e ali fiquei perdida em meus pensamentos relembrando do que havia acontecido a pouco, logo ouvi batidas no vidro. Instintivamente, virei meu rosto em direção ao som. Assim que meus olhos encontraram o autor das batidas, senti meu coração acelerar descontroladamente, quase como se fosse saltar pela boca. A sensação era intensa, uma enxurrada de emoções que eu não conseguia controlar. Borboletas pareciam voar de maneira desenfreada dentro do meu estômago, criando um turbilhão de nervosismo e excitação.

— Safira, sai do carro, por favor. — A voz grave de Namjoon soou abafada pelo vidro fechado, mas ainda assim clara o suficiente para que eu entendesse cada palavra.

Sem hesitar, destranquei a porta e saí do carro. Meu corpo parecia agir por conta própria, atraído por uma força invisível que emanava dele. Caminhei em sua direção com as mãos levemente trêmulas, tentando entender o que estava acontecendo comigo. Por que aquela proximidade repentina estava mexendo tanto comigo? Na empresa, eu conseguia agir normalmente, mas agora parecia impossível manter a compostura.

— Tenho algo para te dizer. — Ele segurou minhas mãos delicadamente, ignorando o leve tremor nelas. Seus olhos encontraram os meus, intensos, como se pudessem enxergar minha alma. — Algo que eu já deveria ter te dito há muito tempo.

Ele deu um passo à frente, encurtando a distância entre nós. Sua respiração estava pesada, e eu podia sentir o calor que emanava dele, mesmo sob a brisa fria que antecedia a chuva.

— Eu sei que pode parecer estranho, ainda mais depois do que aconteceu na empresa há uma hora. — Namjoon fez uma pausa, engolindo em seco. Suas mãos, que seguravam as minhas, estavam ligeiramente suadas. — Mas eu não consigo mais guardar isso pra mim. Nem sei como consegui segurar por tanto tempo.

Havia uma sinceridade crua em sua voz. Seus olhos brilhavam, levemente marejados, enquanto ele continuava:

— Sempre admirei você. Sempre. Desde o momento em que pus os olhos em você. Eu tentei encontrar alguém que me completasse, mas, com o tempo, percebi que esse alguém esteve ao meu lado o tempo todo.

Ele soltou minhas mãos e segurou meu rosto com delicadeza, seus dedos roçando levemente minha pele.

— O que eu estou tentando dizer é que eu gosto de você. E não é algo recente... Eu sinto isso desde o momento em que nos conhecemos.

Antes que pudesse terminar, a chuva começou a cair, fina, mas o suficiente para nos molhar. Ele hesitou, mas eu não. Sem pensar duas vezes, me aproximei e o beijei com intensidade, enlaçando seu pescoço com meus braços. O beijo era desesperado, cheio de sentimentos acumulados.

Quando o ar nos faltou, nos afastamos apenas o suficiente para nos encarar.

— Safira, eu não posso dizer com todas as letras que te amo... — Ele sorriu de lado, respirando fundo. — Mas faltam poucas letras para isso. Desde que te conheci, soube que só seria verdadeiramente feliz se fosse ao seu lado.

Sua declaração me fez sorrir. Antes que pudesse responder, ele me puxou novamente para um beijo, e dessa vez não havia mais hesitação. O frio da chuva contrastava com o calor dos nossos corpos.

Corremos para dentro da minha casa, rindo e completamente molhados. Assim que fechamos a porta, percebi como ele estava irresistível. Seus cabelos desgrenhados pela chuva e as roupas encharcadas moldando seu corpo musculoso faziam meu coração disparar novamente.

Redefinindo O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora