30.º Capitulo - No ninho

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Afinal Stephen não estava assim tão enganado...o Tio Ben tinha más intenções em relação a ele e mentiu-lhe quanto à castração quimica, mas isso, ele ainda não sabia.

Hoje chegava a sua querida Helena e a casa cheirava a baunilha e talco. Sentia-se uma sensação de bem estar e harmonia...Stephen tinha colocado música ambiente e em alguns sitios da casa pediu a um decorador que colocassem peças Zhen para melhorar o ambiente e tornar o local o mais relaxante possivel. Stephen quis ir receber Helena à porta do prédio e esta irradiava felicidade: - Bom dia Stephen! E deu-lhe um beijo.

- Olá Helena. Vais gostar da casa, tenho a certeza...eu preparei o nosso ninho.

- Que querido! "Ninho"?

- Sim, a nossa familia tem uma casa e é lá que vamos viver felizes!

Subiram no elevador e os olhares que trocavam era de paixão e desejo. - Tinha tantas saudades tuas Stephen!

- Eu também...Agora vamos estar juntos e saborerar estes momentos.

Quando ele lhe abriu a porta, Helena ficou deslumbrada com o aspeto da casa. Já não parecia aquele apartamento moderno tipico de um homem solteiro...tinha pormenores mais femininos e até uma decoração mais apropriada para receber uma criança. Nada pontiagudo, com objectos de classe mas com cores claras e carpetes decorativas mas sóbrias.: - O nosso quarto é este, que tu já conheces, com umas pequenas alterações...

- Que lindo Stephen! Isto é tudo para mim?

- Claro...não estou a ver aqui mais ninguém. Para nós...afinal eu também cá estou. E tens de ver o quarto do bebé!

- Tu já fizeste o quarto do bébé...mas nós ainda não sabemos o sexo...

- Isso não importa...é o quarto do nosso bebé...seja uma menina ou menino...vais gostar, tenho a certeza.

O quarto estava decorado com papel de parede verde seco clarinho e o mobiliário era lacado a branco, com pormenores de roupa de cama em sépia, verde e amarelo. - Estás a ver...não há cores que comprometam...

- Que giro...que fofo. Está um escanto. Foste tu que decoraste?

- Foi...nem sabia que tinha jeito para tal...embora confesso que pedi uma ajudinha. Queres comer alguma coisa?

- Não! Já tomei o pequeno almoço em casa.

- Queres tu dizer em casa da tua mãe. A tua casa é esta agora.

- Ok Stephen...eu ainda tenho que assimilar que vamos fazer uma vida de casal...

- Vamos tentar recuperar o nosso tempo perdido.

- Eu....não sei se....posso fazer amor contigo! Tenho que falar com o médico.

- Qual é o problema? A gravidez ser de risco tem a ver com os teus valores de sangue e a pressão arterial.

- Pois essa! Sabes muito bem que nós não fazemos aquilo de forma tranquila...somos muito vorazes e a minha pressão pode subir.

- Tens razão. Primeiro está a tua saúde e a do bebé...Isso quer dizer que vamos fazer abstinência? Acho que vou morrer aqui e agora...

- Tem calma Stephen. Eu vou ligar ao médico...depois saberemos.

- Eu queria muito estar contigo...fazer amor contigo...eu desejo-te tanto.

- Eu estou a ficar "gorda".

- Tu está grávida...é bem diferente de se ser gorda.

- Eu acho que tu estás muito tenso....ainda tens continuado com os pesadelos?

Amar sem preconceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora