Capítulo 5

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Louise

Quando o expediente acabou eu fui embora com a minha enxaqueca dando sinal de vida. Ao chagar em casa eu tomei um remédio e me deitei para melhorar a dor que ficava mais intensa. Até que foi fazendo efeito e eu acabei dormindo.

E ainda durante o trabalho, Charlotte infelizmente não pode almoçar comigo e com Cecília, a recepcionista do primeiro andar, pois seu horário de almoço era diferente do nosso. E depois do pedido de desculpas eu só vi o senhor Oliver umas duas vezes, que foi quando eu levei alguns papeis para ele averiguar.

Achei completamente estranho quando eu acordei e me deparei com o sorriso do senhor Oliver na minha cabeça, tanto que eu tratei de afastar esse pensamento e resolvi ir ao mercado. Minha dispensa estava quase vazia e fazia tempo que eu não comprava algumas guloseimas, já que optei por ser saudável por algumas semanas, mas acho que ser fitness não é para mim.

Tomei um banho e vesti uma calça jeans clara, uma blusa de alcinha preta e uma sapatilha confortável. Fechei tudo e fui andando até o supermercado, pois deixei o meu carro na oficina para concertar o amasso que ficou. O senhor Oliver insistiu novamente quando eu fui em sua sala para pagar o concerto, e eu aceite.

Queria espairecer um pouco também, ultimamente estou ficando meio depressiva por ficar tanto tempo em casa. Eu precisava escutar minhas amigas quando elas dizem que preciso sair mais, me divertir mais. Não brinquei quando disse que minha vida amorosa está um caos. A última vez que sai com um cara foi a três semanas, mas isso não vem ao caso agora.

Entro no estabelecimento pegando um carrinho e começo a pegar tudo que achava ser necessário, não deixando para trás o meu cereal preferido que são aqueles bem coloridos e pego também algumas frutas e pago tudo. O ruim foi ter que carregar todas as sacolas na mão, senti imediatamente falta do meu carro que ajudaria bastante neste momento. Até que Peter, meu vizinho, aparece atravessando a rua e ele me vê ali toda desengonçada tentando manter as sacolas no mão sem deixá-las cair.

_ Acho que você está precisando de ajuda ai. _ Ele diz andando em minha direção.

Sem protestar eu o deixei pegar algumas sacolas, na verdade a maioria, mas para ele não era nem um pouco pesado, pois ele é bem forte, além de alto e bonito, daquele tipo que pode ser até modelo, de tão lindo que é. Ele sorri ao perceber que eu suspirei de alivio e eu sorriu de volta o agradecendo.

_ Nossa, você apareceu na hora certa. Mas espera ai, eu não estou atrapalhando você não, né? _ Perguntei erguendo uma sobrancelha. _ Porque se eu estiver pode devolver as sacolas que eu me viro e você volta a ir a onde ai.

_ Calma, eu só vou ao mercado comprar ovos, mas isso pode esperar. Vou ajuda-lá primeiro.

_ Tem certeza? Eu realmente não quero atrapalhar, Peter.

Ele me olha revirando os olhos e sorri.

_ Tenho, Louise. Mas, cadê o seu carro?

_ Está na oficina. Acabei batendo o carro de leve e amassou um pouco na lateral, mas quarta eu já vou pega-lo.

_ Nossa, você bateu. Como?

_ Ih, uma longa história. Você provavelmente vai me achar a pessoa mais azarada do mundo, se te contasse que eu bati o meu carro com o do meu mais novo chefe, quer dizer, ele bateu no meu carro. O pior é que eu nem sabia que ele era um Williams e acabei gritando com ele no final também. E nós meio que nos conhecemos assim. Bizarro, né? _ Digo dando risada e lembrando de como eu fiquei irritada com o senhor Oliver pelo modo que me tratou e de como eu fiquei surpresa e feliz quando ele veio me pedir desculpas.

A primeira vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora