Capítulo 1 - Marcas nunca apagam

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Me chamo Nork, sou apenas um garoto de 12 anos trabalhando de escravo para uma casa cheia de mulheres e apenas um homem, todos eles ficam me maltratando e me torturando, não podia dormir direito pelas dores que demoravam séculos para regenerar e pelos gemidos que ecoavam pelas paredes, eles não sabem que quem é torturado aprende a torturar.Estou nessa casa desde meus 5 anos, lembro muito bem da imagem de meus pais morrendo em minha frente logo antes de me contar um grande segredo...

Anos se passaram, agora estou com 16 anos com olheiras mais profundas que tudo nesse mundo, causando nojo a essas mulheres da casa e fazer elas quererem me espancar por isso.

— Você é apenas um garotinho assustado! — Ela dizia rindo me jogando ao chão sentado olhando pra baixo, todas riram de minha situação vendo lágrimas caírem.

Ela tentou encravar uma tesoura em uma cicatriz que eu tinha,quando ela chegou mais perto eu segurei seu braço e ao mesmo tempo sua nuca, desarmando a mesma e fazendo ela bater forte a cabeça no chão, fiz isso repetidas vezes gritando palavrões de ódio, depois algumas mulheres vieram pra cima de mim, com apenas um movimento eu cortava seus pescoços como se fossem ataques retos no vento vermelho, aquele homem importante apareceu nas escadas depois do ocorrido.

— Mas que caralhos aquele inútil está fazendo de novo?! — Ele gritava com raiva saindo de seu escritório e indo para as escadas, onde de lá viu o sangue cobrindo meus cabelos pretos e trapos rasgados que eles chamavam de roupa, minha pele por sorte não teve nenhuma gota, afinal vai saber que DST's elas podiam ter em seu sangue

— O que foi que disse? — Perguntei com a voz fria e olhando para ele com a tesoura ensanguentada, fazia anos que ele não me via soltar uma palavra, até pensava que eu era mudo e me chamava de "Mudinho imprestável", vi o medo em seu olhar, ele tentou correr mas joguei a tesoura que pegou na pate de trás de seu joelho o fazendo cair no chão de dor,me aproximei devagar como um assassino profissional e o vi se arrastando para o banheiro, o peguei pela gola de seu terno de 2.000 peças de ouro e o levantei de novo o pegando pela nuca e mostrando nós dois no espelho

— Olha que belo rostinho você tem, acho que... Devemos olhar as belezas mais de perto... — depois que disse isso bati seu rosto no espelho repetidas vezes até que a sua face tenha se tornado puro esqueleto e sangue.Depois disso vi seu cérebro cair para fora da cabeça, Nojo? Não...Haviam coisas piores nesse mundo.

Saí da casa como um novo homem, frio e medroso... Não sabia o que me esperava, jamais havia saído de casa, mas minhas lembranças não me enganam, lembro-me bem de ter sido arrastado até aqui e fiz o caminho contrário até encontrar minha casa, estava exatamente igual, ou eu pensava estar igual.Quando entrei vi uma família de lobos convivendo ali, ao me verem pularam imediatamente em cima de mim mas me desviei para o lado fazendo todos irem pra fora, mas mesmo assim eles acertaram uma ferida minha que nem me lembrava que estava ali, entrei e tranquei a porta, os filhotes não seriam problema, corri ao banheiro e usei alguns trapos da rouba e faixas pra cobrir meus ferimentos, parecia mais uma múmia, depois fui ao quarto de meu pai e pequei seu manto preto que não tinha mangas, era sustentado apenas pelo pescoço e tirei a camisa começando a usar apenas ele, mas fiquei com as bermudas afinal os ventos provavelmente iriam retirar ele de mim toda hora e ninguém precisa ver isso — Se é que tem alguém nessa floresta — Peguei uma mochila grande e coloquei vários livros que a capa mais me interessava junto de sua katana que ele sempre usava em luta, saí do quarto e ouvi os lobos quebrarem finalmente a porta


— Podem vir pulguentos — Disse já pronto pra lutar atento a tudo em volta

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— Podem vir pulguentos — Disse já pronto pra lutar atento a tudo em volta

Os casal de lobos veio correndo pra cima de mim e pularam em meu rosto ao mesmo tempo, me desviei rolando no chão e passei a katana de raspão na pata de um, pra mim tinha sido algo incrível pra quem apenas segurava um esfregão, mas no lobo nem fez efeito e quando olhei a ferida curou em segundos, o que me fez ficar assustado mas não podia correr, teria que enfrentar qualquer inimigo sozinho daqui pra frente, e se não conseguir nem ferir um lobinho, o que eu poderia fazer lá fora? Preferia morrer aqui do que sofrer vivo.

O lobo veio com tudo pra cima de mim e dessa vez antes que ele me mordesse chutei sua cara fazendo ele voar em cima da sua companheira e filhotes e quebrando a mesa de madeira da sala, aquele lugar estava muito fedido, mas estranhei por que não tinha nenhuma abertura pela casa e a porta estava fechada, como eles conseguiram entrar?

— Aí... Essa doeu — Ouvi um homem desconhecido dizendo

— Quem disse isso? — Fiquei olhando para todos os lados segurando firme a espada

— Bem aqui — Olhei em direção à voz que me levou ao lobo acenando pra mim com a pata

— Espera... O que? — Perguntei meio assustado

— Ah, vai dizer que não sabe o que é um lobisomem? — Ele me disse sarcástico se transformando em um homem junto com a companheira dele

— Lobi o quê? — Perguntei recuando

— Amor... — A loba disse meio preocupada — Eu vi o passado dele, aqui foi a antiga casa dele e essas coisas que ele está usando é de seu pai, ele passou a vida toda como escravo na casa dos Haunters, nunca saiu e nunca viu o mundo como ele verdadeiramente é, estamos em sua casa... — Ela disse meio envergonhada

— Como sabe tudo isso? — Perguntei assustado guardando a espada

— Ele nem sequer sabe o que é magia? — O homem perguntava olhando pra mim e pra mulher

— Nada mesmo, ele até sabe explicar o que essas palavras são, mas nunca viu algo assim

— Devemos ajudar? — O homem pergunta

— Ac...

— Não — Eu a interrompi — Apenas preciso de uma direção para seguir, o resto deixa que eu faço — Os dois se olharam mas sorriram

— Siga sempre ao norte — Ela me disse sorrindo e pegando suas coisas

— Aliás,a casa agora é de vocês — Disse apenas isso antes de ir embora, fazendo ela colocar tudo no lugar

Desculpe por não dizer como sou, me chamo Nork, tenho 16 anos, cabelos pretos quase no fim do pescoço, sempre estão meio bagunçados, tenho 1,73 metro e meus olhos são azul bem forte.

[Nork na mídia]

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