prólogo

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  eu termino de secar meu cabelo sedoso, meu celular – que estava na ponta do meu criado mudo – estremece, me deixando nervoso e me fazendo sair correndo antes que uma tragédia acontecesse. com o celular já em minhas mãos, checo as notificações acumuladas, vendo rapidamente algumas fotos horríveis em que fui marcado e percebo que seokmin havia me mando uma mensagem.

  engulo em seco, tentando me recompor após um leve ataque de felicidade, mas logo entro no chat de nossa conversa, ignorando as mensagens no grupo da família que provavelmente se resumiam apenas em 'bom dia', 'boa tarde', 'boa noite', e ofensas contra qualquer coisa que não fosse tradicional.

  hétero fedido: hey, kwonnie

  hétero fedido: podemos nos encontrar na cafeteria que o chan prometeu nunca mais ir porque lhe dava azar?

  hétero fedido: preciso te dizer uma parada que está presa na minha garganta faz um bom tempo

  minha respiração ficou pesada e eu fiquei ansioso, me veio diversas ideias sobre o que ele queria falar, mas tudo parecia tão surreal que me fazia ficar triste. depois de escolher o que iria falar, para não me embolar e mudar de ideia depois, logo digitei as palavras e enviei.

você: oi, seokkkkk

você: eu também tenho algo para te dizer, para falar a verdade

hétero fedido: oh

você: a cafeteria que você está falando é a do pai do jeonghan?

hétero fedido: si

você: ah, então beleza. você já está lá?

hétero fedido: não, vou sair agora

hétero fedido: a gente se vê lá, tchau boo

você: tchau lee

  me sento em minha cama, respirando fundo enquanto apertava a gola da minha camisa, tentando controlar um pouco meus batimentos cardíacos mesmo que aquilo fosse burrice, eu não posso fazer isso. molhei meus lábios e fechei meus olhos, tentando procurar alguma explicação lógica para o que estava acontecendo, não fazia sentido apenas pensar que aquilo era um sonho – ou um pesadelo.

  abri meus olhos para a realidade e fui trocar de roupa, uma roupa melhor mas que ainda era informal, pus meu celular no bolso e sai do meu quarto, desci as escadas calmamente porque minha mãe havia convidado algumas amigas. cumprimentei todos ali presente e sai de casa, pegando minha bicicleta e descendo a ladeira.

  a cafeteria do tio yoon não é longe da minha casa, principalmente se eu for de bike, por isso eu estou com medo de ir rápido de mais e chegar antes do seokmin, eu vou acabar ficando ansioso pela sua chegada e vou acabar bebendo litros e mais litros de café, nada saudável para alguém que está tentando largar esse vício. por isso, eu tentei ir numa velocidade baixa, até parando às vezes para cumprimentar as pessoas da vizinhança.

  por conta do dia nublado, pude sentir meu cabelo balançar ao vento, era refrescante e me passava uma boa sensação, boas energias. o dia estava belo, todos pareciam muito felizes. o vento sussurrava em meus ouvidos, dizendo que tudo ficaria bem, aquele seria um bom dia para todos.

  já confiante, cheguei na cafeteria, prendi minha bicicleta e cumprimentei soohyun e hayi que conversavam no caixa. eu procurei seokmin, mas ele não estava ali, mas era impossível ele ainda não ter chegado.

não me importo [😟]; seokkwanOnde histórias criam vida. Descubra agora