por que eu deveria me importar?

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  com minha respiração forte como nunca, eu segurava na mão de deus e na mão de joshua, esse que segurava minha mão e na mão do espírito santo.

  nós chorávamos de medo ao vibrar dos gritos pavorosos do que acreditávamos ser próprio diabo. juravamos que tínhamos entrado numa loja de entretenimento inofensiva e não que tínhamos assinado um contrato com o demônio para passar pela porta do inferno.

  nós continuavamos correndo rápido o suficiente para que o homem da motosserra sequer sonhasse em nos alcançar, e quando achamos a saída, vibramos de alegria e descobrimos – graças à uma queda cômica – que jihoon também havia ido conosco.

  tava um breu lá dentro, a gente não tinha culpa de ver o coitado.

  — mano, nunca mais. — falei respirando fundo enquanto limpava o suor frio que corria pelo meu pescoço. — esse não é o programa de família que vocês tinham me prometido! — resmunguei, me apoiando no banco de madeira.

  — o quê~? — minghao falou manhoso enquanto se apoiava em mingyu.

  — esse é um lugar famoso entre as crianças e suas famílias~. — e o tonto foi na onda dele.

  eu poderia, mas não peguei as pedras de dentro do pote das plantas. meu coração estava acelerado de mais para eu sequer ter vontade de matar essas ratazanas à base de pedrada.

  no fim, eu nem precisei; eles dois e chan foram os próximos à entrar naquele protótipo de inferno. e, bem, eu sei que também não está sendo muito agradável e fácil para eles também porque eles gritavam socorro à cada sete segundos.

se eu pudesse descrever a cena, parecia uma batalha para ver quem alcançava o agudo mais alto.

  olhando em volta, reparei a forma que jeonghan e wonwoo estavam tensos. tentei disfarçar, mas eles estavam assim desde que foram atender uma ligação.

  continuei os encarando para ver se conseguia tirar algo.

  — seungkwan, você realmente está bem, certo? — wonwoo perguntou enquanto o yoon roía suas unhas feito louco.

  ainda estranhando a situação, confirmei com a cabeça.

  mesmo seokmin sendo muito especial, pelo jeito que ele me tratou, duas semanas eram mais que suficientes para ter noção do absurdo que era tudo que havia acontecido.

  — por quê? — perguntei, alheio da situação.

  por estar fora da atração especial do shopping, eu me assustei com o grito abafado de jeonghan.

  — ah, seungkwan. me desculpe! — ele gritou novamente logo depois.

  o que porra yoon jeonghan fez dessa vez???

  — seokmin me ligou. — ele disse dando uma mega pausa dramática que apenas me tirou o chão. — ele perguntou aonde você estava... e eu disse.

  — vacilo. — soonyoung, que antes bebia seu milkshake calado como nunca, finamente decidiu se pronunciar sobre algo depois de quase ter um piripaque dentro do "filme de terror".

  então, seokmin está vindo...

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  assim que minghao, mingyu e chan saíram daquele ponto icônico porém infernal, fomos para a área infantil só para calhar. chan decidiu por conta própria de que iria entrar na piscina de bolinhas, e por conta do fogo de junhui, jihoon acabou tendo de entrar também.

  no fim, todo mundo entrou lá e nós nos sentimos como as novas crianças do pedaço.

  ...estava muito divertido até seokmin chegar com o moletom azul que eu havia presenteado à quatro meses atrás.

  eu, silenciosamente, saí do castelinho, e antes que alguém se desse conta da minha falta, puxei seokmin para a entrada do shopping. pelo menos não teria nenhuma possibilidade de eu ser banido do estabelecimento.

  — seokmin, não me faça ser rude contigo. o que você veio fazer aqui? — perguntei, ofegante pela corrida.

  — eu quero ter nossa amizade de volta, seungkwan. — ele segurou minha mão. — eu estou arrependido.

  ouvir aquelas palavras fez meu sangue ferver. eu não consigo acreditar que esse sem noção veio me impedir o impossível.

  — você não tem o direito de querer nada que venha de mim, filho da puta. você não tem direito de estar arrependido! — gritei, irritado. — você me humilhou, me trocou por e ainda falou mal de mim para alguém pior que eu, e ainda me disse para te esquecer. e eu te esqueci! você deveria ter sumido da face da terra, seokmin.

  — seungkwan! — ele gritou, sério.

  — seokmin, você teve a sua chance. — respirei fundo. — eu esperei por ti por cinco dias úteis e até o resto da semana. eu esperei que você estivesse apenas fazendo uma brincadeira de mal gosto. mas, não, você apenas sumiu da minha vida. — senti as lágrimas de ódio começarem à transbordar pelos meus olhos. — agora, se passaram duas semanas, e você me vem com essa cara de pau dizendo que está arrependido?

  — eu estava tendo um tempo difícil. — ele tentou se explicar.

  — você costumava pedir minha ajuda, e não falar mal de mim em tempo assim. — mas eu rebati sua explicação. — pode parecer egoísta da minha parte, mas por que eu deveria me importar?

  antes que ele pudesse dizer algo, eu logo me adiantei.

  — agora que eu me conformei, você resolveu voltar dizendo que o arrependimento bateu na sua porta. mas, eu não sei o que você veio fazer aqui quando você me pediu para te esquecer. — disse calmo, tentando controlar minha dor de cabeça. — acredito que não valeu a pena me perder. parabéns, agora é a sua vez de sofrer. — sorri. — passar bem, meu antigo rei.

  e então, como uma diva plena, eu saí dali sem dizer nada. quando eu entrei dentro do shopping, percebi que meus amigos haviam reparado no meu sumiço e tinham procurado por mim. eles haviam escutado tudo, e deu para perceber isso pela cara de orgulho do seungcheol e do jeonghan.

  — fico feliz que tenha se recuperado por completo, seungkwan. — e como uma mãe faria, joshua me parabenizou. — você deu na cara dele.

  — amor, você não acha que vai se arrepender depois? — hansol perguntou, me abraçando por trás.

  — não. — sorri. — deixa ele sofrer e saber que eu tô curtindo para valer. — ri das reações de soonyoung e chan. — se depender de mim, ele vai enlouquecer.

  — vocês não tinham me dito que eu tinha saído para passear com uma naja. — mingyu falou enquanto comia um pedaço da casquinha de wonwoo.

  — ei, vamos na praça de alimentação de novo? tô com fome. — minghao perguntou e seungcheol concordou plenamente.

  — eu pago para vocês. — jihoon falou, tirando sua carteira do bolso.

  — oh, grande jihoon! — fiz uma reverência, animado.

  está tudo bem. eu estou bem.

yey, acabou!¡!
obrigada à quem ficou até aqui, estou soft and sad, acho vou chorar aaaa

queria saber como vocês se sentiram ao longo da fic e aqui no final
saber se vocês gostaram, sabe hehe

eu queria dizer mais, só que eu não sei o que dizer, então é isso,,,

fiquem bem, bebês :D

não me importo [😟]; seokkwanOnde histórias criam vida. Descubra agora