Devoção a São Miguel Arcanjo

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    Deus exalta os humildes e resiste aos soberbos, dizem as Escrituras Santas. Quer no Antigo Testamento, quer no Novo, São Miguel foi sempre muito amado e venerado pelo povo de Deus. O Senhor o constituiu guarda e protetor da nação israelita, como se lê no profeta Daniel: "Surgirá Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos do seu povo" (Dn 12,1).
       E quando da tomada da cidade de Jericó, São Miguel aparece a Josué e diz-lhe: "Eu sou o chefe dos exércitos do Senhor." Caindo Josué por terra, exclama: "Que manda o Senhor ao seu servo?"
Retorquiu-lhe o Arcanjo: "Tira o calçado de teus pés, porque o lugar em que te encontras é santo" (cf. Js 5,14-16).
       E ao falar dos séculos futuros e sobretudo do que há de acontecer perto do Juízo final, o anjo enviado por Deus ao Profeta Daniel diz-lhe estas palavras: "Naquele tempo surgirá Miguel, o grande príncipe que protege os filhos do teu povo. Será esse um período de angústia tal, que não terá havido outro semelhante desde que existem nações até aquele tempo. Ora, dentre a população do teu povo, serão salvos todos os que se encontrarem inscritos no livro da vida eterna" (Dn 12).
     As intervenções de São Miguel em favor do povo de Deus, no Antigo e no Novo Testamento, motivaram da parte da Igreja, desde o princípio, uma especial veneração por esse arcanjo que ela sempre considerou e honrou com um culto especial, como guarda e protetor da família divina no seu peregrinar por este mundo até a casa do Pai. Em documentos oficiais dos Sumos Pontífices e de modo especial no culto litúrgico, Miguel é honrado como protetor e guarda da Igreja e como padroeiro dos agonizantes; também é ele quem leva as almas dos que deixam este mundo ao trono de Deus para o julgamento.
A Igreja, de que ele é o protetor e guarda, a família divina, que somos nós, os cristãos, invocam-no como advogado de defesa na vida e na hora da morte.

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